A Política Nacional de Atenção Integral
às Pessoas com Doença Falciforme (CGSH/DAET/SAS/MS) comemora no em 19 de
junho, o dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. Essa
data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 22 de
dezembro de 2008.
A doença falciforme (DF) é de origem
africana, é uma das principais doenças genéticas do mundo, sua principal
característica é a alteração do glóbulo vermelho do sangue (hemácias),
essas células alteradas tomam a forma de foice e não circula facilmente
pelos vasos sanguíneos, esse bloqueio na circulação impede a chegada do
oxigênio aos tecidos, o que desencadeia uma série de sintomas.
Por ter
sua origem na África, a DF é mais comum na população afrodescendente. O
que justifica ser uma das doenças genéticas mais presentes em muitos
países, justamente naqueles que receberam fortes contingentes de povos
africanos desenraizados de seu país para o trabalho escravo. No Brasil,
devido ao processo de miscigenação que marca sua população, a DF
apresenta, já nos primeiros anos de vida, manifestações clínicas
importantes, o que representa um sério problema de saúde pública no
país.
Dados da triagem neonatal mostram que no
Brasil, em 2014, nasceram 1.166 crianças acometidas pela DF e 66.069
com hemoglobina S (traço falciforme). É uma doença grave, ainda sem
cura, que pode trazer implicações sérias e até mesmo levar a morte caso
não tenha assistência adequada. O diagnóstico precoce, o acompanhamento
regular com equipe multiprofissional, além de suporte social, pode
reduzir muito e até evitar os agravos e complicações da doença.
A prevalência da DF é alta; no entanto,
80% das pessoas acometidas podem ter suas intercorrências e necessidades
atendidas com boa resolubilidade na Atenção Primária.
A doença falciforme tem uma
variabilidade clínica muito grande, cursando de forma diferente de
pessoa para pessoa, mesmo entre irmãos podem existir diferenças.
Enquanto uma criança tem mais infecções, outra apresenta mais crises de
dor e outra pode passar longos períodos sem desenvolver nenhuma
complicação.
Entre os cuidados necessários estão o
tratamento rápido de infecções, manter o calendário de vacinas em dia,
evitar desidratação e atividades físicas muito intensas.
Para as dores são usados tratamentos de hidratação e analgésicos. As demais complicações exigem um tratamento mais específico.
A Política de Atenção Integral às
Pessoas com Doença Falciforme é uma iniciativa do governo federal, a
cargo do Ministério da Saúde, após antiga reivindicação do movimento de
homens e mulheres negras do Brasil, clamando por cuidados que aumentasse
a expectativa de vida com qualidade às pessoas com a doença. Sendo um
direito de todos e dever do Estado, esse cuidado foi inserido no SUS.
Mais informações sobre a manifestação da doença e política de
atendimento podem ser obtidas no site: www.saude.gov.br/bvs.
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