sexta-feira, 28 de junho de 2013

Boa noite!

Você sabia?


Dermatologia Integrativa: Um Olhar Integral ao Paciente

A dermatologia integrativa, prática da dermatologia que se propõe a ampliar o olhar ao paciente, observando não somente os fatores físicos, mas os emocionais e psíquicos que interferem na saúde de sua pele, foi tema da conversa com a dermatologista Cristiane Benvenuto, de São Paulo (SP).

Tal abordagem terapêutica, que surgiu nos Estados Unidos na década de 70 e que vem ganhando força por aqui, parte do pressuposto de que determinadas doenças da pele decorrem de fatores emocionais ou são agravadas por eles. Assim, o dermatologista de abordagem integrativa utiliza-se de profundo conhecimento do seu paciente, para trata-la ‘além da medicalização’. Para tratá-lo como um todo.

“Muitas doenças cutâneas apresentam claramente fatores psicológicos em seu desencadeamento ou agravamento (…). A doença e seu tratamento dependerão, portanto, de um profundo entendimento dos fatores pessoais (…) que podem afetar o curso da doença, a aceitação do tratamento e, finalmente, a obtenção da saúde e do bem-estar desejados.”

Confira a entrevista:

Instituto Oncoguia – O que quer dizer dermatologia integrativa?
Dr. Cristiane – A dermatologia integrativa é a prática da dermatologia em que o foco do tratamento é o paciente e não apenas a doença que ele apresenta. A pessoa é tratada como um todo, composto por corpo, mente e espírito. A doença e seu tratamento dependerão, portanto, de um profundo entendimento dos fatores pessoais (crenças, estilo de vida, fatores psicológicos e sociais) que podem afetar o curso da doença, a aceitação do tratamento e, finalmente, a obtenção da saúde e do bem-estar desejados. O tratamento segue as bases da medicina convencional (alopática), mas pode ser associado a técnicas complementares, integrando diversas abordagens terapêuticas para atender as necessidades do paciente.

Instituto Oncoguia – Fale sobre a história da dermatologia integrativa, ou seja, do momento em que a dermatologia passou a considerar os aspectos psíquicos do ser humano enquanto fatores ligados à saúde da pele.
Dra. Cristiane - A medicina integrativa surgiu formalmente na década de 70 em instituições de ensino americanas. Aos poucos foi sendo disseminada e adotada pelas diversas especialidades médicas, o que poderia ser um paradoxo, já que em suas bases está a visão holística do paciente. Embora falemos em dermatologia integrativa, não será examinada apenas a pele do paciente. A pele é o motivo pelo qual o paciente procura o profissional, mas seu tratamento dependerá da abordagem do paciente como um todo.  Costumo ver isso, em parte, como um resgate da antiga medicina em que o médico conhecia a pessoa, sua família, suas necessidades e tomava decisões baseado nesse conhecimento e nessa forte relação.

Instituto Oncoguia – A dermatologia integrativa é, então, uma abordagem multidisciplinar em saúde?
Dra. Cristiane – Quando nos propomos a ver o paciente como uma grande unidade formada pela interação de aspectos físicos e emocionais, é clara a necessidade da abordagem multidisciplinar. O médico cria um forte vínculo com o paciente e procura levá-lo a perceber o seu poder interior de restabelecer o equilíbrio do organismo, de buscar e participar ativamente de sua cura, mas dificilmente conseguirá atingir esse objetivo sozinho. Outros profissionais, médicos e não médicos participam trazendo sua expertise e visão, podendo ser incluídos no tratamento, por exemplo, práticas como a acupuntura, o relaxamento e a meditação.

Instituto Oncoguia – É comum, hoje, encontrar-se médicos dermatologistas que optem pelo viés integrativo da dermatologia? Esse conhecimento e prática vêm sendo ampliados no Brasil? 
Dra. Cristiane – Sim. Nem sempre o profissional rotula seu trabalho como dermatologia integrativa, mas utiliza abordagens de tratamento que levam em consideração aspectos emocionais, físicos e sociais de seus pacientes. Muitas doenças cutâneas apresentam claramente fatores psicológicos em seu desencadeamento ou agravamento. Por muito tempo esses fatores foram ignorados na prática médica, mas nos últimos anos cada vez mais estudos vêm trazendo evidências de sua importância no processo da doença. Também são cada vez mais comuns estudos dos efeitos das terapias complementares no tratamento dos pacientes. Quanto mais evidências forem geradas nesses estudos, maior será a adoção desta abordagem pelos médicos.

Instituto Oncoguia – Em uma abordagem integrativa da dermatologia, a relação médico paciente é um fator preponderante para a efetividade do tratamento? Por quê?
Dra. Cristiane – Na medicina como um todo a relação médico-paciente é fator preponderante. Na verdade a relação de qualquer terapeuta com seu paciente é essencial no tratamento. Essa relação permite que o médico entenda melhor o que está ocorrendo com seu paciente e escolha uma terapia que faça mais sentido para aquele indivíduo, de acordo com suas características físicas, psíquicas e sociais, seus valores e crenças. Por outro lado a adesão ao tratamento também exige que o paciente confie plenamente em seu médico e se sinta à vontade para questionar suas orientações.

Instituto Oncoguia – Um paciente com câncer de pele ou portador de lesões pré-cancerosas pode ser tratado dentro da abordagem da dermatologia integrativa?
Dra. Cristiane – Certamente. Desde que a abordagem recomendada pelos estudos científicos convencionais não seja retardada ou abandonada por isso. É importante reforçar que a abordagem integrativa não ocorre no lugar na medicina convencional, ela complementa e amplia a abordagem convencional.

Enfrequecimento


Solidão parece enfraquecer o sistema imunológico 


Nova pesquisa descobriu que pessoas que se sentem sozinhas estão mais sujeitas a quadros de inflamação e de ativação de vírus que costumam se aproveitar do sistema imune enfraquecido


A solidão pode enfraquecer o sistema imunológico de uma pessoa e deixá-la mais vulnerável a contrair doenças que vão desde herpes até as relacionadas a quadros de inflamação crônica, como artrite reumatoide e diabetes tipo 2. Foi o que concluiu um estudo apresentado neste sábado no encontro anual da Sociedade para Psicólogos Sociais e da Personalidade, na cidade americana de Nova Orleans.
Para realizar a pesquisa, a equipe, coordenada por Lisa Jaremka, da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, se baseou nos dados de pessoas que haviam participado de dois estudos diferentes. Em um deles, foi avaliada a saúde de 200 mulheres de 51 anos em média que haviam concluído o tratamento contra o câncer de mama de dois meses a três anos antes do início da pesquisa. No outro, participaram 134 adultos saudáveis com excesso de peso.
Vírus O estudo de Lisa Jaremka foi feito em duas etapas. Na primeira, as 200 mulheres que sobreviveram ao câncer de mama responderam a um questionário desenvolvido pela Universidade da Califórnia, Los Angeles, que mede o nível de solidão que uma pessoa sente. Além disso, os pesquisadores analisaram amostras de sangue dessas participantes, especialmente os níveis de anticorpos contra os vírus Epstein-Barr, que provoca a mononucleose, e o citomegalovírus (CMV), que pertence à família do vírus do herpes e da catapora. De acordo com os autores, ambos os vírus são comuns em humanos e podem permanecer inativos no organismo do indivíduo infectado. No entanto, quando ativados, resultam em níveis elevados de anticorpos, mesmo que não produzam sintomas característicos das doenças que provocam.
Segundo os resultados, as mulheres que se sentiam mais solitárias foram as que apresentaram os maiores níveis de anticorpos contra ambos os vírus, o que caracteriza a reativação do vírus, e esse quadro foi associado a uma presença maior de sintomas como dores e fadiga.
Proteína A segunda parte da pesquisa da Universidade do Estado de Ohio foi feita os com 134 adultos com excesso de peso e com 144 mulheres entre as que foram curadas do câncer de mama. Esses indivíduos também tiveram suas amostras de sangue analisadas, mas nesse caso os pesquisadores olharam para os níveis de proteínas que, em grandes quantidades, estão relacionadas a quadros de inflamação no organismo capazes de desencadear doenças coronarianas, diabetes tipo 2, Alzheimer, artrite reumatoide e comprometimento cognitivo.
A equipe também submeteu esses participantes a uma situação estressante: eles precisaram resolver uma questão matemática na frente de uma câmera de vídeo e de três jurados. Logo após essa atividade, os pesquisadores deram aos participantes um composto chamado lipopolissacarídeo, molécula que é encontrada em bactérias e é capaz de provocar uma resposta imune no nosso organismo.
Os autores, então, descobriram que aqueles que ficaram mais estressados e também relatavam sentir mais solidão (que é uma forma de stress) foram os que apresentaram os maiores níveis da proteína interleucina 6, que é associada a quadros de inflamação, em resposta à situação de stress. Esse resultado foi semelhante tanto para os adultos com excesso de peso quanto para as mulheres que se curaram do câncer.
"É evidente que a má qualidade de vida, em especial a solidão, está relacionada a uma série de problemas de saúde. Nossa pesquisa é importante para mostrar que pessoas sozinhas estão em maior risco de saúde do que aqueles que são mais socialmente ativas", diz Jaremka.
Fonte: Medicina Executiva

Pacto Nacional


 SDH lança Sistema Nacional de Promoção de Direitos e de Enfrentamento à Violência LGBT

Data: 27/06/2013
27/JUN/13 - SDH lança Sistema Nacional de Promoção de Direitos e de Enfrentamento à Violência LGBT
Ministra Maria do Rosário assina portarias para criação de Sistema LGBT e do Comitê de Gestores e Gestoras 

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) apresentou, nesta quinta-feira (27), em Brasília, o segundo Relatório Sobre Violência Homofóbica 2012. Na ocasião, também foi lançado o Sistema Nacional de Promoção de Direitos e de Enfrentamento à Violência contra LGBT. A divulgação dos dados ocorreu na manhã desta quinta-feira (27), na sede da SDH.

A ministra Maria do Rosário, da SDH/PR, destacou a importância de atuar em prol das políticas de defesa e promoção dos direitos da população LGBT de forma articulada. "O país tem que avançar com a aprovação de leis que assegurem os direitos da pop. LGBT", afirmou.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e o ministro Antônio Patriota, das Relações Exteriores, prestigiaram o evento.

Sistema LGBT - Criado por meio de portaria, o Sistema LGBT tem como objetivo articular as diferentes experiências de política públicas para proteção e promoção dos direitos dessa população. A ideia é combater os determinantes econômicos, sociais, culturais e ambientais da violência que atingem a população LGBT efetivando políticas afirmativas, através da ampliação do diálogo e da articulação interfederativa, promovendo a equidade de direitos. O modelo foi construído com a participação

Juntamente com o Sistema, a ministra Maria do Rosário assinou a portaria que cria o Comitê de Gestores e Gestoras LGBT. Com aproximadamente 35 membros, o colegiado congregará todas as coordenações LGBT de estados e municípios.

Conheça mais detalhes sobre o Sistema Nacional LGBT.
O coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBT, Gustavo Bernardes, explicou que o Pacto Nacional LGBT se dará através dos termos de cooperação técnica, a criação de Centros de Promoção e Defesa e a criação de Comitês de Enfrentamento à LGBTfobia, com participação do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

 Com o lançamento do Sistema e do Comitê, a expectativa é de que mais estados e municípios façam a adesão, criando os conselhos, coordenações e políticas LGBT locais.

Assessoria de Comunicação Social

Viver sem limite


 Minas Gerais e mais 15 municípios do estado aderem ao Plano Viver sem Limite

Data: 26/06/2013
 
O Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República SDH/PR, e o Secretário de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Geais, Cássio Soares, assinaram nesta terça-feira (25), em Belo Horizonte (MG), o termo de adesão do estado ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite. O evento ocorreu às 15h na cidade administrativa sede do governo mineiro.

Durante a adesão, o Secretário Nacional falou da importância do Viver sem Limite para os Estados. “O Plano Viver sem Limite, além das ações que estão previstas para ocorrer até 2014, que já estão em implantação, deixa o legado nos Estados que é a indução pela elaboração e efetivação dos planos estaduais como é o caso do Minas Inclui”, afirmou.

Para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência em Minas Gerais, no eixo Acesso á Educação, já foram entregues 2.098 kits de atualização para Salas de Recursos Multifuncionais e 62 veículos para o Transporte Escolar Acessível com mais de 8 milhões investidos. Repasse de R$ 2.027.384,70 para o Programa Acessibilidade na Educação Superior – Incluir.

Para a Atenção à Saúde mais de 8 milhões foram liberados para implantação de 4 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). E um Centro Especializado em Reabilitação (CER) para pessoas com deficiência: física, auditiva, intelectual e visual na cidade de Diamantina. Após a adesão do Estado, outras ações serão implementadas e os investimentos ampliados.

Antes da solenidade de adesão do Estado ao Plano, o Secretário Nacional participou de um evento com prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais no auditório do Banco do Brasil, em Belo Horizonte, para a pactuação de 15 municípios mineiros ao Viver sem Limite, entre eles Uberlândia, São João Del Rei, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas. 

Minas Gerais é a 23º Estado a aderir ao Plano Nacional. De acordo com os dados do Censo 2010, há em Minas Gerais 4.432,456 pessoas com deficiência. O número corresponde a 22.62 % da população do Estado, que é de 19.597,330 pessoas.

Viver sem Limite - Lançado pela presidenta Dilma Rousseff em novembro de 2011, o Viver sem Limite é um conjunto de ações, coordenadas pela Secretaria de Direitos Humanos, com parceria de mais 15 ministérios e do Conselho nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). Estas ações estão estruturadas em quatro eixos: Acesso à Educação, Atenção à Saúde, Inclusão Social e Acessibilidade. O investimento é de R$ 7,6 bilhões, até 2014.

Assessoria de Comunicação Social

Sequenciamento

 
25/06/2013

Pesquisadores querem incluir sequenciamento parcial de DNA no SUS

Com informações da Agência Fapesp

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vão avaliar a viabilidade, por meio de uma análise detalhada de custos, de incluir no Sistema Único de Saúde (SUS) um método específico de sequenciamento de DNA para ajudar no diagnóstico de doenças genéticas.

Embora reconheçam que o método não é totalmente preciso, eles acreditam que pode haver ganhos financeiros para o sistema de saúde.

Conhecida como sequenciamento completo do exoma, a técnica permite ter acesso à sequência da parte do genoma - cerca de 2% - que contém as informações para a produção das proteínas vitais para o funcionamento do organismo. Além de mais rápida, é bem mais barata que o sequenciamento tradicional.

"Corremos o risco de perder alguma informação ao sequenciar apenas o exoma, mas a relação custo-benefício, no momento, é muito vantajosa. Pode ser que isso mude quando cair o custo do sequenciamento completo do genoma humano," disse Iscia Lopes-Cendes, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

"Aqui na Unicamp, atualmente, conseguimos fazer o sequenciamento do exoma humano completo por cerca de R$ 1.700. Já o sequenciamento completo do genoma sairia em torno de R$ 30 mil", contou Lopes-Cendes.

Éxons
Segundo a pesquisadora, a maioria das mutações causadoras de doenças está localizada nos éxons, as partes dos genes responsáveis por codificar os aminoácidos. Os éxons são separados por seções de DNA conhecidas como íntrons - antigamente considerados como DNA-lixo - que são muito maiores.

"Hoje já se sabe que a sequência de DNA contida nos íntrons tem sim função, principalmente regulatória, e também pode sofrer mutações. Porém, as mutações nessas regiões são mais raras," disse Lopes-Cendes.

No âmbito da pesquisa acadêmica, o sequenciamento do exoma já se consagrou como uma ferramenta importante e ajudou a identificar mutações causadoras de diversas doenças, como malformações cerebrais e distúrbios metabólicos, além de formas hereditárias de epilepsia e malformações do córtex cerebral.

"Mas, neste novo projeto, a ideia não é procurar novas mutações e sim usar os dados já existentes na literatura científica para fazer o diagnóstico de doenças em que há forte suspeita de uma alteração genética", explicou.

Recursos, recursos
"O sequenciamento do exoma também é bem indicado para doenças com sintomatologia complexa, em que não se tem ideia muito clara de onde poderiam estar localizadas as mutações causadoras e, por isso, seria necessário testar inúmeros genes", explicou Lopes-Cendes.
Para alguns desses pacientes, o diagnóstico precoce permitirá adequar o tratamento e torná-lo mais eficiente. Já no caso de enfermidades para as quais não há terapia específica disponível, afirmou a pesquisadora, o sequenciamento do exoma poderá contribuir reduzindo o gasto com exames desnecessários e diminuindo a ansiedade dos doentes e suas famílias.

"Esses pacientes, muitas vezes, ficam durante anos rodando por diversos centros de saúde, consultando especialistas e sendo submetidos a exames caros. Isso sobrecarrega o SUS e causa grande frustração nas famílias. Então, mesmo que não tenha impacto no tratamento, o diagnóstico precoce é importante e economiza recursos públicos. É justamente isso que queremos analisar objetivamente por meio de metodologia apropriada para a avaliação de custo-efetividade de novas tecnologias que podem ser incorporadas ao SUS", afirmou Lopes-Cendes.

Atualmente, no Brasil, esse tipo de teste para diagnóstico é oferecido apenas por serviços privados, o que limita o acesso dos pacientes. "Não conheço nenhum sistema público de saúde do mundo que tenha realizado um estudo de custo-efetividade para avaliar esse novo método de diagnóstico. Isso nos motivou a realizar a análise de forma sistematizada", contou a pesquisadora.

Reunindo saberes


26/06/2013

Nanotecnologia reúne saberes para cuidar da sua saúde

Com informações da Agência Fapesp







Nanotecnologia reúne saberes para cuidar da sua saúde
A nanotecnologia trabalha manipulando fármacos e processos celulares em nível molecular. [Imagem: Nanomedicine]
Fronteira do conhecimento
Ela já funciona muito bem para cânceres de pele que não têm outros tratamentos, ou cujo tratamento convencional seria drástico demais.

Na lista de próximos alvos estão Parkinson, epilepsia, Alzheimer e vários outros tipos de tumores agressivos.

O agente de alta tecnologia para combater essas condições é na verdade resultado da junção de três áreas de pesquisa situadas na fronteira do conhecimento - nanobiotecnologia, fotoprocessos e engenharia de tecidos.

Estas são áreas em que vários grupos brasileiros estão alcançando destaque internacional, entre eles a equipe da USP em Ribeirão Preto (SP), por meio do Centro de Nanotecnologia Engenharia Tecidual e Fotoprocessos aplicados à Saúde.

Neste mês, a revista Nanomedicine fez um convite para que os pesquisadores Antônio Cláudio Tedesco e Fernando Lucas Primo fizessem se editorial da publicação sobre as potencialidades da junção das três áreas em busca de novas formas de cuidar da saúde.

Nanobiotecnologia, fotoprocessos e engenharia de tecidos
A nanobiotecnologia desenvolve os chamados nanocarreadores, partículas que funcionam como veículos em escala nanométrica capazes de levar os medicamentos diretamente até alvo do tratamento.

Isto permite usar doses muito menores, evitando efeitos colaterais indesejáveis e obtendo melhor resultado do medicamento.

Além de transportar medicamentos quimioterápicos, no caso do câncer de pele, os nanocarreadores também são usados para levar até o alvo biológico pigmentos sensíveis à luz para a realização da fototerapia - ou terapia fotodinâmica - cujo objetivo é matar as células malignas.

A técnica é um sucesso no tratamento do câncer de pele, e agora pesquisadores brasileiros estão começando a testá-la em cobaias para combater o câncer cerebral.

A engenharia de tecidos entrou em cena quando, recentemente, o mesmo grupo brasileiro mostrou que o fotoprocesso pode ser usado para estimular a regeneração dos tecidos - na chamada fotobiomodulação.

Tal princípio pode ser útil no tratamento de cicatrizes, queimaduras e câncer.

E a engenharia de tecidos vai além: os cientistas já trabalham no desenvolvimento de um modelo tridimensional de pele artificial, que possa ser usado como enxerto para tratamento de queimaduras ou se tornar a base para o estudo de patologias cutâneas e problemas de cicatrização.

Metas para o futuro
A meta para o futuro é desenvolver um curativo com células-tronco para ajudar a reduzir o dano causado por cirurgias para a remoção de tumores cerebrais.

"Usando ferramentas da nanobiotecnologia, desenvolvemos diferentes sistemas de veiculação para diferentes tipos de fármacos. Esses nanocarreadores ou nanoveículos variam de acordo com o alvo biológico e com a patologia a ser tratada, sendo capazes de promover um tratamento mais específico e eficaz," explicou Tedesco.

"Na linha de engenharia tecidual, trabalhamos com reconstrução de órgão, no caso, a pele. Por último, desenvolvemos estudos com fotoprocessos, tanto aplicados em fototerapia - para matar as células no caso do câncer - como em fotobiomodulação, para estimular a regeneração de tecidos e estimular respostas biológicas, concluiu o pesquisador.

Doenças negligenciadas x iniciativa mundial


27/06/2013

Cientistas aprimoram remédios contra doenças negligenciadas

Com informações da Agência USP

Uma iniciativa mundial nascida de uma parceria internacional que reúne cientistas, indústria e representantes governamentais, pretende combater de forma mais eficaz as doenças negligenciadas.

São as chamadas "doenças dos pobres" porque, ao afetarem populações de baixa renda, com pouco potencial para pagar pelos tratamentos, são pouco interessantes para as indústrias farmacêuticas, já que praticamente não dão lucro.

É nesse nicho que pretende atuar o grupo denominado M3MD (Molecules, Materials and Medicines for Neglected Diseases), que conta com o trabalho de pesquisadores de várias partes do mundo, incluindo Índia, África do Sul, Argentina, Irlanda, Estados Unidos, México, Canadá e Brasil.

Os cientistas brasileiros paricipantes do M3MD são: Alejandro Ayala (Universidade Federal do Ceará), Chung Man Chin (Universidade Estadual Paulista), e Javier Ellena (Instituto de Física de São Carlos).

Melhorar os remédios
O objetivo do grupo M3MD é transformar os medicamentos destinados às doenças negligenciadas existentes no mercado e transformá-los em versões melhoradas, com propriedades farmacocinéticas reforçadas, tendo em vista o bem-estar dos pacientes - anulando os efeitos colaterais - e a eventual solução dos seus problemas de saúde.

Este trabalho de engenharia de novas fórmulas sólidas de fármacos, embora complexo do ponto de vista laboratorial, consiste numa ideia simples.

Para combater qualquer doença, o primeiro passo é "desenhar" um fármaco que mostre eficácia no combate a esse alvo. Outro passo importante é transformar esse "desenho" - que não é mais do que uma molécula - em um fármaco que, principalmente no caso das doenças negligenciadas (Malária, Doença de Chagas, etc.), seja majoritariamente apresentado na forma de sólido, um comprimido, por exemplo.

Ou seja, não basta tratar a doença, mas é necessário fazê-lo com medicamentos sólidos - se esses medicamentos fossem injetáveis, isto traria problemas relacionadas com armazenamento, aplicabilidade e segurança, todos problemas muito sérios em áreas muito pobres.

Um dos grandes problemas dos fármacos sólidos é que eles não se dissolvem tão bem no corpo dos pacientes, impedindo a interação do medicamento com o organismo.

"O que estamos fazendo é trabalhar para minimizar ou anular as dificuldades de solubilidade desses medicamentos no organismo e neutralizar os efeitos colaterais nos pacientes. Estamos fazendo a aplicação da tecnologia do estado sólido às indústrias farmacêuticas", descreve o professor Javier Ellena.

Primeiros resultados
O desenvolvimento do trabalho do grupo M3MD tem sido rápido e eficaz.

"Neste momento, temos um medicamento contra a AIDS, completamente desenvolvido por nós, cuja patente está sendo tramitada no Instituto Nacional de Patentes-INPA", conta o pesquisador.

"É um medicamento que se apresenta cinco vezes mais eficaz do que aquele que está no mercado. Ou seja, é possível produzir o mesmo comprimido com cinco vezes menos matéria-prima e com uma eficácia largamente superior, com melhor absorção pelo organismo, neutralizando efeitos colaterais e fazendo com que o paciente ingira menos quantidades de químicos fármacos", garante Javier.

Outro exemplo é o Mebendazol, medicamento bastante utilizado para o controle de parasitas no organismo humano e que é consumido principalmente em zonas pobres, onde os índices de higiene e de salubridade pública são baixos. Nosso medicamento, que está esperando ser patenteado será várias vezes mais eficaz", explica Javier Ellena.

O M3MD também atua no combate à Doença de Chagas.

Uma das iniciativas do grupo é promover, ainda este ano, entre os meses de Novembro e Dezembro, um encontro com as indústrias farmacêuticas nacionais, explicando todo este trabalho e seus resultados, dando inclusive ênfase à questão de segurança nacional, já que as matérias-primas e a maioria dos medicamentos comercializados no Brasil vêm do exterior, com graves problemas na área do controle de qualidade.

Terapia Fotodinâmica


28/06/2013

A luz que mata as bactérias nos dentes

Redação do Diário da Saúde







A luz que mata as bactérias nos dentes
O fotossensibilizador não tóxico é colocado sobre a área infeccionada e, após ativado por uma fonte de luz, faz a limpeza do local eliminando bactérias, fungos e vírus de maneira indolor. [Imagem: USP]
A Terapia Fotodinâmica, que já se mostrou eficaz para tratar o câncer de pele, agora está se mostrando uma ferramenta a mais na luta contra a resistência das bactérias aos antibióticos.
A terapia fotodinâmica - também chamada de PDT (sigla em inglês para Photodynamic Therapy) - consiste em usar uma substância química - chamada fotossensibilizador - capaz de deixar a bactéria sensível à luz.
O uso da PDT na odontologia está diretamente associado ao controle microbiológico.

O fotossensibilizador não tóxico é colocado sobre a área infeccionada e, após ativado por uma fonte de luz, faz a limpeza do local eliminando bactérias, fungos e vírus de maneira indolor.

Além do baixíssimo custo, outra grande vantagem da terapia fotodinâmica é que ela dispensa o uso do antibiótico, cujo uso indiscriminado causa aumento na seleção dos microrganismos, tornando-os mais resistentes aos medicamentos.

Para o professor Vanderlei Bagnato, do Instituto de Física da USP em São Carlos, ainda que se mobilize a indústria farmacêutica para o desenvolvimento de antibióticos mais complexos, não é possível garantir a eficácia dos tratamentos. Os esforços devem ser, portanto, direcionados ao desenvolvimento de terapias paralelas.

A terapia fotodinâmica é uma opção viável em um ambiente em que "é preciso começar a combater infecções localizadas sem drogas sistêmicas para eliminar a possibilidade de estarmos produzindo doenças que resistam aos antibióticos", alerta.

Além disso, como se trata de "uma terapia economicamente viável, sua implementação nos sistemas básicos de saúde pode se tornar uma realidade beneficiando a saúde da população", destaca a professora Martha Ribeiro, que trabalha diretamente com o uso das terapias de luz na odontologia.

Ela ressalta ainda que a técnica pode ser aplicada ao tratamento de cárie, doenças periodontais (na região de implantação e suporte dos dentes), candidíase (infecção por fungo) e infecções endodônticas (que atingem a polpa dentária ou sistema de canais radiculares e tecidos adjacentes).

Funciona mesmo

 
28/06/2013

Treinamento em compaixão funciona de fato

Redação do Diário da Saúde






Treinamento em compaixão funciona de fato
O treinamento da compaixão foi comparada a um grupo controle que aprendeu a reavaliação cognitiva, uma técnica onde as pessoas aprendem a reformular seus pensamentos para sentir-se menos negativos. [Imagem: byheaven / Fotolia]
Mentes saudáveis
Até agora, pouco se sabe cientificamente sobre o potencial humano para cultivar a compaixão.
Assim, a compaixão, o estado emocional de cuidar e querer bem a outras pessoas, sensibilizando-se com seu sofrimento, tem sido assunto quase exclusivo das religiões.

Mas um novo estudo mostrou que adultos podem ser treinados para se tornarem mais compassivos, efetivamente se importando e cuidando melhor dos outros.

"A nossa questão fundamental foi: 'Adultos podem aprender e ser treinados em compaixão? Podemos nos tornar mais compassivos se praticarmos essa forma de pensar? Nossas evidências apontam que sim," resume Helen Weng, do Centro de Investigação de Mentes Saudáveis da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA).

Aprendendo a ter compaixão
No estudo, os pesquisadores treinaram voluntários em meditação da compaixão, uma técnica budista para reforçar os sentimentos de cuidado em relação a pessoas que estão sofrendo.

Na meditação, os participantes imaginavam um momento em que alguém sofria, e então desejavam que seu sofrimento foi aliviado, com frases como: "Que você possa estar livre do sofrimento. Que você possa ter alegria e bem-estar."

Os participantes praticaram a compaixão para diferentes categorias de pessoas, por um ente querido, um amigo ou membro da família, consigo mesmos, por um estranho e, finalmente, por alguém com quem tivessem um conflito, uma assim chamada "pessoa difícil", como um colega de trabalho problemático ou companheiro de quarto.

O treinamento da compaixão foi comparada a um grupo controle que aprendeu a reavaliação cognitiva, uma técnica onde as pessoas aprendem a reformular seus pensamentos para sentir-se menos negativos.

O verdadeiro teste para ver se o treinamento da compaixão realmente funcionava foi feito em duas etapas: em uma disputa onde os participantes deviam dar dinheiro para outras pessoas em dificuldades, e por exames de ressonância magnética, para ver como o cérebro dos diferentes participantes reagia a cenas de sofrimento de outros.

"Nós descobrimos que as pessoas treinadas em compaixão eram mais propensas a gastar seu próprio dinheiro de forma altruísta para ajudar alguém que foi tratado injustamente do que aqueles que foram treinados em reavaliação cognitiva", disse Weng.

Mente e cérebro
A medição da atividade do cérebro - feita desde o início até o final do treinamento - revelou que as pessoas mais altruístas apresentaram o maior número de mudanças no cérebro ao ver o sofrimento humano.

Constatou-se, nas pessoas que se tornaram mais compassivas pelo treinamento, um aumento nas atividades do córtex parietal inferior, uma região envolvida na empatia e na compreensão dos outros.

O treinamento em compaixão também aumentou a atividade no córtex pré-frontal dorsolateral e na intensidade de sua comunicação com o núcleo accumbens - regiões do cérebro envolvidas na regulação da empatia e das emoções positivas.

6 dicas caseiras


Trate seis desconfortos do dia a dia com remédios naturais

Azia, enjoo, tosse e até afta podem desaparecer com receitas simples

Por Minha Vida

Nem sempre é preciso apelar para a farmácia na hora de resolver um problema. Às vezes, a solução é bem mais simples e está bem ali, na fruteira de casa.

A eficiência dos remédios naturais é velha conhecida da sua avó e das gerações passadas, mas tem se perdido atualmente em parte, devido à facilidade em encontrar serviços que funcionam 24 horas.

Sem dúvida, não é o caso de tentar cuidar da sua saúde sozinha. A opinião de um especialista é fundamental sempre que você nota algo estranho no seu corpo.

Mas quando o mal-estar parece simples, as dicas caseiras podem aliviar bastante um inconveniente que, dali a pouco, desapareceria.

Com a ajuda da nutricionista Flávia Morais, da rede Mundo Verde, o MinhaVida apresenta uma lista de soluções simples e eficazes contra sete problemas muito comuns do dia-a-dia. Acompanhe abaixo.

de 6
Taça com chá de gengibre e pedaços de gengibre em volta - Foto Getty Images
Azia
Receita: Comer gengibre

Por que funciona: estudos mostram que o gingerol e shogoal presentes no gengibre são eficazes no controle de náuseas.

Riscos: contra indicado para pessoas com hipersensibilidade ao gengibre ou seus componentes. Dormencia na língua e olhos inchados após comer a raiz são sinais de alergia. 

jarra com suco e um abacaxi ao lado - Foto Getty Images Cólica Menstrual
Receita: suco de abacaxi com couve

Por que funciona: a bromelina do abacaxi atua como antiinflamatória e os nutrientes cálcio e magnésio da couve são relaxantes musculares.

Riscos: pessoas hipersensíveis ao abacaxi não devem tomar.

copo com suco de maracujá - Foto Getty Images Insônia
Receita: Suco de maracujá adoçado com mel de laranjeira

Por que funciona: o maracujá é famoso por suas propriedades calmantes, sendo indicado para combater insônia, agitação, irritação e ansiedade. O mel de flor de laranjeira também tem propriedades calmantes.

Riscos: Pessoas diabéticas não podem consumir o mel, assim como menores de 1 ano de idade pelos riscos de botulismo.

colher com linhaça - Foto Getty Images Intestino preso
Receita: Aumente o consumo de fibras. Inclua a semente de linhaça em sucos ou frutas.

Por que funciona: as fibras aumentam o volume do bolo fecal facilitando sua eliminação.

Riscos: pessoas que aumentam o consumo de fibras também precisam beber mais líquidos, senão há o risco da prisão de ventre piorar.

mulher fazendo bochecho - Foto Getty Images Afta
Receita: Fazer bochechos com água e própolis ou aplicar o spray diretamente sobre a afta

Por que funciona: o própolis tem função analgésica, cicatrizante e antiinflamatória

Riscos: não existem contra indicações ao uso do própolis

pote de mel com colher - Foto Getty Images Tosse
Receita: Mel de eucalipto com gotas de própolis

Por que funciona: o mel ajuda na expectoração e diminui a irritação da garganta. O própolis é anti-inflamatório

Riscos: Pessoas diabéticas não podem consumir o mel, assim como menores de 1 ano de idade. 

Ciclo de Discussões




Na próxima quarta-feira, dia 03 de julho, às 14:30, a RedeNutri realizará a sexta sessão do Ciclo de Discussões. Com o tema "Acordos bilaterais: governo-setor privado para redução do açúcar nos produtos industrializados", a sessão contará com a participação de Eduardo Nilson (CGAN/DAB/SAS/MS) e Rosely Sichieri, professora titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 

Serão debatidos alguns aspectos relacionados aos acordos governo-setor privado para promoção/proteção da saúde da população.  

Para ter acesso à discussão, acesse o canal da RedeNutri no youtube:http://www.youtube.com/redenutri 

Não fique fora dessa! Será uma ótima oportunidade para debater o tema e tirar suas dúvidas.  

Controle do tabagismo


ENSP auxilia na construção de relatório sobre tabaco

Publicada em
Tatiane Vargas

A Escola Nacional de Saúde Pública, por intermédio do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab/ENSP), auxiliou na construção do Relatório da Pesquisa ITC Brasil sobre Publicidade, Promoção e Patrocínio de Tabaco, que faz parte do Projeto Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco. O relatório apresenta, entre outros aspectos, a promoção de estratégias baseadas em evidências científicas para o controle da epidemia do tabagismo. A coordenadora do Cetab/ENSP, Vera da Costa e Silva, e a também pesquisadora do Centro, Valeska Carvalho Figueiredo, foram responsáveis por auxiliar na construção do relatório que busca ainda identificar áreas específicas para fortalecer as restrições sobre a publicidade, promoção e patrocínio do tabaco no Brasil.


O relatório descreve o impacto das políticas de controle do tabaco implementadas no Brasil, relativas ao artigo 13 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que obriga as partes a aplicarem uma proibição abrangente da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco. Além das pesquisadoras do Cetab/ENSP, para sua elaboração, o relatório contou com a colaboração da pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a psicóloga Cristina Perez, que, recentemente, apresentou a dissertação de mestrado profissionalizante em Saúde Pública pela ENSP Análise da interferência da indústria do tabaco na implementação das advertências sanitárias nos derivados de tabaco no Brasil, e de pesquisadores de outras instituições.

A publicação tem como foco as políticas públicas brasileiras relacionadas ao artigo 13 do tratado, que obriga os Estados Partes a implementarem a proibição total da publicidade, da promoção e do patrocínio do tabaco. Especificamente, ele apresenta os resultados do Projeto Internacional de Avaliação da Política para o Controle do Tabaco (o Projeto ITC) no Brasil - um estudo de coorte de fumantes e não fumantes, conduzido em 2009 (Onda 1) e em 2012-2013 (Onda 2) sob a coordenação do Instituto Nacional de Câncer - e os estudos encomendados pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr) e conduzidos pela empresa de pesquisa Datafolha no Brasil entre 2008 e 2011.

Esses estudos avaliam as medidas das políticas públicas brasileiras de restrição das atividades da indústria do tabaco em três áreas principais: as formas diretas e indiretas de publicidade, de promoção e do patrocínio do tabaco; a publicidade nos pontos de venda; e a publicidade e promoção por meio das embalagens e rotulagens. Seu principal objetivo é fornecer evidências para informar gestores, ativistas, pesquisadores, entre outros, se as políticas públicas implementadas pelo Brasil para reduzir e eliminar a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco têm sido bem-sucedidas tanto ao longo do tempo como em comparação com outros países. Ele se destina a informar gestores para a definição de futuras medidas de controle do tabaco no Brasil e informar as organizações não governamentais para que apoiem esse trabalho.
Para a elaboração do relatório, foram realizadas pesquisas em uma amostra aleatória de adultos fumantes e não fumantes em três cidades do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) para o Projeto de Controle do Tabaco Internacional (Projeto ITC). Além disso, vários estudos foram encomendados pela Aliança de Controle do Tabagismo, Brasil (ACTbr), entre 2008 e 2011. Outras instituições como University of Waterloo, International Tobacco Control Policy Evaluation on Project (ITC), Ministério da Saúde, Ministério da Justiça e Fundação do Câncer também auxiliaram na elaboração do relatório.

Segundo os organizadores do relatório, as evidências científicas demonstram claramente que a publicidade aumenta o consumo de tabaco, em especial atrai os jovens para começar a fumar, e continuar a fumar regularmente. Dessa forma, a proibição abrangente da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco é necessária para reduzir essa tendência. O Brasil tem implementado muitas políticas para restringir a publicidade, promoção e patrocínio do tabaco nos últimos 25 anos; porém, a indústria do tabaco cada vez mais utiliza formas inteligentes de contornar as proibições, explorando lacunas das leis e intensificando esforços nessas áreas.

Desafios, sucessos e recomendações
Os resultados da pesquisa (Onda 1 e 2) sugerem que, embora o governo brasileiro tenha promulgado um quadro legislativo forte para restringir a publicidade, promoção e patrocínio do tabaco no Brasil, são necessários mais esforços para conter violações das indústrias de tabaco no que diz respeito às proibições da publicidade e para fechar brechas na legislação. O relatório apresenta ainda sucessos e desafios do Brasil na implementação de estratégias eficazes para coibir a publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, bem como fornece recomendações para estratégias futuras  a fim de orientar os formuladores de políticas de controle do tabaco para a proibição total da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco.

Com relação aos sucessos, o relatório destaca as fortes medidas adotadas pelo Brasil no sentido de coibir a publicidade, promoção e patrocínio do tabaco. Outro ponto destacado é em relação aos brasileiros, fumantes e não fumantes, que apoiam uma regulamentação mais forte para os produtos de tabaco, incluindo a proibição de exposições de tabaco nos pontos de venda e a implementação das embalagens simples. Outro sucesso apontado pela publicação é o desenvolvimento de advertências ilustradas fortes e emocionalmente envolventes, bem como a exigência para que as advertências tenham uma cobertura de 100% do verso da embalagem, no qual o Brasil é líder mundial.

O relatório aponta também desafios para o Brasil, entre eles, promover o cumprimento e execução da lei relacionada à proibição da publicidade nos pontos de venda; diminuir a visibilidade dos produtos de tabaco nos pontos de venda, principalmente em lojas de varejo localizadas próximas a escolas, nas quais os produtos ficam expostos próximos de doces, uma forma de atrair os jovens; e não contribuir para a normalização do hábito de fumar por meio de filmes e novelas.

Por fim, o relatório contribui com recomendações, por exemplo, implementar fortes aplicações de proibições da publicidade, promoção e patrocínio do tabaco, incluindo sanções mais duras para as violações; educar os varejistas e o público sobre as táticas da indústria do tabaco para promover seus produtos entre o público jovem, e os malefícios de tais estratégias no que diz respeito ao consumo de tabaco entre eles; criar uma nova lista de advertências ilustradas para reduzir a etiqueta externa de aviso, entre outras recomendações.

Proqualis


Segurança do paciente influencia modelo de governança hospitalar

Publicada em
O Programa Nacional de Segurança do Paciente (Proqualis), lançado pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para reduzir a incidência de eventos adversos nos serviços de saúde no país, foi tema de reportagem na coluna Opinião Pública, do Jornal Diário da Manhã, de Goiás.

 O texto menciona o estudo desenvolvido pelo Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente da Fiocruz (Proqualis), cujos resultados revelam que de cada dez pacientes atendidos em hospitais, um sofre evento adverso. A pesquisa ainda aponta que, no Brasil, a incidência de tais incidentes é de 7,6%, e 66% poderiam ser evitados por meio de medidas de segurança do paciente.

Leia a reportagem completa aqui ou no campo anexo ao lado.

Veja se seu município foi contemplado


Disponibilizamos dia, 28 de Junho - 14 Novas Normas
Pelo Gabinete do Ministro - GM
PORTARIA Nº 1.280, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica habilitado o Município de Acarape (CE), a receber o incentivo financeiro de investimento para implantação do componente Sala de Estabilização (SE).
PORTARIA Nº 1.281, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica habilitado o Município de Várzea Alegre (CE) a receber o incentivo financeiro de investimento para implantação do componente Sala de Estabilização (SE).
PORTARIA Nº 1.282, DE 27 DE JUNHO DE 2013

Fica habilitado o Município de Barra Velha (SC) a receber o incentivo financeiro de investimento para implantação do componente Sala de Estabilização (SE).
PORTARIA Nº 1.283, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Os recursos federais destinados às Secretarias de Saúde do Estado do Amapá (AP), do Estado do Amazonas (AM), do Município de Bocaiúva (MG), do Município de Cubatão (SP) e do Estado da Bahia (BA), previstos nos anexos da Portaria nº 1.968/GM/MS, de 11 de setembro de 2012, da Portaria nº 2.635/GM/MS, de 20 de novembro de 2012, da Portaria nº 3.130/GM/MS, de 28 de dezembro de 2012, e da Portaria nº 3.174/GM/MS, de 28 de dezembro de 2012, passam a vigorar na forma do Anexo a esta Portaria.
CONSULTA PÚBLICA Nº 24, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica aberto o prazo de 30 (trinta) dias para envio de comentários e sugestões ao texto da proposta de Resolução que dispõe sobre a comunicação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA dos casos de descontinuação ou suspensão temporária de fabricação ou importação de medicamentos, reativação de fabricação ou importação, e dá outras providências, conforme Anexo.

Pela Secretaria de Estado de Saúde - SAS

PORTARIA Nº 693, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica deferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Hospital de Itamarandiba, CNES nº 2135949, inscrita no CNPJ nº 21.153.960/0001-61, com sede em Itamarandiba/MG.
PORTARIA Nº 694, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica indeferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Hospital de Cantagalo, CNES nº 2267713, inscrita no CNPJ nº 29.236.841/0001-84, com sede em Cantagalo/RJ.
PORTARIA Nº 697, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica deferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Fundação Paulo VI, CNES nº 2139065, inscrita no CNPJ nº 16.985.970/0001-23, com sede em Jordânia/MG.

PORTARIA Nº 701, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica deferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Associação Beneficente Santa Rosa de Lima, CNES nº 2234424, inscrita no CNPJ nº 97.448.294/0001-50, com sede em Arroio do Tigre/RS.
PORTARIA Nº 702, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica indeferido o pedido de Concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Associação Beneficente Hospitalar São Rafael Arcanjo, CNES nº 2252058, inscrita no CNPJ nº 04.062.415/0001-40, com sede em Boqueirão do Leão/RS.
PORTARIA Nº 703, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica deferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na área de Saúde, à entidade Santa Casa de Misericórdia de São Luiz do Paraitinga, CNES nº 2079690, inscrita no CNPJ nº 60.315.462/0001-20, com sede em São Luiz do Paraitinga/SP.
PORTARIA Nº 705, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica indeferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na área de Saúde à Real Sociedade Portuguesa de Beneficência, CNES nº
2078465, inscrita no CNPJ nº 46.030.318/0001-16, com sede em Campinas/ SP.

PORTARIA Nº 706, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica deferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Irmandade de Misericórdia do Jahu, CNES nº 2791722, inscrita no CNPJ nº 50.753.631/0001-50, com sede em Jaú/SP
PORTARIA Nº 707, DE 27 DE JUNHO DE 2013

Fica deferido o pedido de Renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Instituição Assistencial Emmanuel, inscrita no CNPJ nº59.150.318/0001-00, com sede em São Bernardo do Campo/SP.
PORTARIA Nº 708, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica deferido o pedido de Concessão do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área de Saúde, à entidade Obras Assistenciais Casa do Caminho, CNES nº 2180766, inscrita no CNPJ nº 20.060.331/0001-24, com sede em Araxá/MG.
PORTARIA Nº 710, DE 27 DE JUNHO DE 2013
Fica aprovado, na forma do Anexo desta Portaria, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Artrite Reumatoide. Parágrafo único. O Protocolo, objeto desta Portaria, que contém o conceito geral da artrite reumatoide, critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e de exclusão, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

Tecnologia a favor da saúde


Avanços tecnológicos melhoram a qualidade de vida dos diabéticos

Thamires Andrade
Do UOL, em Chicago*
Reprodução/Clube do Diabetes Na imagem, um glicosímetro antigo que media os níveis de glicose no sangue com uma quantidade muito maior de sangue do que a necessária nos aparelhos atuais
  • Na imagem, um glicosímetro antigo que media os níveis de glicose no sangue com uma quantidade muito maior de sangue do que a necessária nos aparelhos atuais
Há mais de 30 anos, a psicóloga Graça Camara tomou um susto quando recebeu o diagnóstico de que sua filha, com um ano e três meses, tinha diabetes. Nem o próprio pediatra desconfiou do quadro de diabetes da criança que estava "prostrada", segundo a mãe, e foi internada em coma na UTI de um hospital infantil.

Naquela época ainda não existiam glicosímetros no Brasil, o que dificultava ainda mais o tratamento da doença, que exige uma monitoração dos níveis de glicose no sangue constantemente. De acordo com os endocrinologistas ouvidos pelo UOL Saúde, o avanço tecnológico no tratamento melhorou não só a qualidade de vida dos pacientes, mas também a monitoração e a administração da insulina.

A endocrinologista Denise Reis Franco, membro da diretoria da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), conta que antes dos glicosímetros existerem, a única maneira de medir a glicose era fervendo a urina em um tubo de ensaio. "Era necessário ferver um reagente com 10 ml de urina e conforme a mudança da cor é que se calculava quanto de insulina era necessário tomar. Imagina fazer esse procedimento quatro vezes ao dia?", relembra também Mauro Scharf, endocrinologista e chefe do serviço de endocrinologia pediátrica do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba.

A psicóloga conseguiu fazer sob encomenda um glicosímetro para medir os níveis de glicose de sua filha. "O aparelho era tão caro que a empresa que eu trabalhava fez um financiamento do valor para mim e ele funcionava com pilhas e energia elétrica ao mesmo tempo", descreve Graça. Como as tiras para a medição também tinham custo elevado, ela fazia as medições eventualmente. "Além disso, não havia lancetas para fazer a punção do sangue para medição. Tinha que usar agulhas descartáveis imensas e em um bebê com menos de dois anos de idade. Era um sofrimento", relata.

Para Scharf, a medição de forma rápida, prática e indolor é um dos pilares para que o paciente possa aderir ao tratamento. "Antes era preciso colocar 0,5 mililitros de sangue do paciente para fazer a medição e atualmente só é preciso 0,3 microlitros. Isso pode parecer besteira, mas pra um paciente que vai se picar de quatro a sete vezes ao dia isso é importante", destaca. Em outras palavras, a quantidade de sangue necessário para aferir os níveis glicêmicos diminuiu mais de 1.500 vezes.

A rapidez da monitorização também é um fator importante para evitar a angústia dos pacientes. "Nos aparelhos mais antigos o tempo para aferir a glicemia era longo e, enquanto o resultado não aparecia, os pacientes ficavam tensos e com medo de passarem mal. Nos aparelhos atuais esse resultado é dado rapidamente", destaca.

Aplicação mais precisa
A aplicação da insulina, medicamento necessário no tratamento de todos pacientes com diabetes tipo 1 - doença autoimune em que o pâncreas para de produzir esse hormônio, também evoluiu com o passar do tempo. "Antigamente era usada uma seringa de vidro e uma agulha intramuscular, ou seja, além de doer, era necessário esterilizar todo material a cada aplicação", revela Franco.

Membro da diretoria da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), Franco explica ainda que essa evolução ajudou a diminuir o estigma com relação à doença. "Antes era preciso preparar uma seringa e aspirar a insulina e isso chocava um pouco as pessoas. Hoje você só tira uma caneta e aplica. Além de ser mais fácil, a precisão do medicamento aplicado também é maior", destaca.

As agulhas também ficaram mais finas e o isopor com gelo para levar a insulina também não faz mais parte do dia a dia dos diabéticos. "Atualmente, apenas a insulina que está fora do uso fica dentro da geladeira e isso faz com que o tratamento seja mais fácil, pois o paciente não precisa levar mais a caixa com gelo pro hormônio", explica Franco.

Outros aparelhos também contribuem com a precisão na hora de aplicar a insulina, como as bombas. O sistema funciona com a infusão subcutânea e a cada três dias é necessário trocar o cateter. "A bomba é programada para liberar a insulina basal e a ultrarrápida e, quando o paciente tem alguma indisposição, como diarreia ou vômitos, é possível desligar o aparelho", destaca a endocrinologista.

Ainda que seja mais precisa, o que também ajuda a evitar episódios de hipoglicemia, problema que ocorre com os diabéticos tipo 1, que pode levar a inconsciência, convulsão e até a morte, o custo desse aparelho ainda é alto. "A bomba é para poucos, pois o custo é elevado e varia de R$ 15 a 18 mil. E ainda é preciso arcar com a manutenção, pois é preciso trocar o cateter e sensores. Mensalmente o custo dessa tecnologia varia de R$ 1.500 a R$ 2.000 reais", afirma Scharf.

Os adesivos sem fio ainda não estão disponíveis no Brasil, mas são outra opção para os diabéticos que fazem uso da insulina. "Esse aparelho contém um reservatório de insulina que é programado via wireless e bluetooth. Os pacientes devem trocar o patch a cada três dias e o custo é um pouco mais barato que o das bombas de insulina", conta o chefe do serviço de endocrinologia pediátrica do Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba.

Aparelhos com insulina inalada que já foram retirados do mercado também estão passando por novos testes de segurança e estudos para se tornam uma nova alternativa para os diabéticos que precisam tomar insulina de ação rápida antes das refeições. "Ao invés de aplicar a insulina, o paciente coloca a cápsula, assopra e inspira. É bem rápido e igual às bombinhas de asma", explica Franco.

Aplicativos
Além dos glicosímetros tradicionais, que já diminuíram bastante de tamanho desde sua invenção, os diabéticos também contam com a ajuda dos aplicativos para facilitar o dia a dia. "Com eles é possível colocar os dados da medição de glicose e enviar para o médico para que ele possa acompanhar mais de perto o paciente", destaca Franco.

Outra função comum nos aplicativos disponíveis para iPhone e Android são a contagem de carboidratos a cada alimentação. "O paciente coloca o que vai comer e o programa conta quantos carboidratos tem em cada alimento. Esse cálculo é determinante para saber a quantidade de insulina que deve ser tomada", explica a endocrinologista.
  • O glicosímetro iBGStar funciona acoplado no smartphone e pretende unir a monitorização ao benefício dos aplicativos
Previsto para ser lançado no fim deste ano ou início de 2014, o glicosímetro iBGStar pretende unir a monitorização ao benefício dos aplicativos. "Hoje em dia, os jovens são muito conectados e estão sempre com os smartphones na mão. Esse glicosímetro é pequeno e é acoplado ao celular. Para fazer a medição será preciso baixar um aplicativo e ele vai fornecer gráficos para acompanhar o tratamento e enviar os dados ao médico", explica Scharf.

Além disso, ao medir os níveis de glicose no sangue não será possível apagar essa informação, evitando que os pacientes, especialmente os mais jovens, mintam a respeito dos números da doença. "Os pais dão os medicamentos certinho para as crianças quando elas são pequenas, mas quando o paciente fica jovem, muitos param de tomar a insulina porque não querem engordar, por exemplo, e isso atrapalha o tratamento", afirma.

O iBGStar já é vendido nos Estados Unidos e o custo varia de 30 a 40 dólares, segundo Scharf, o preço não vai variar muito dos glicosímetros já vendidos no Brasil.

Na opinião de Graça, que acompanhou a evolução do tratamento do diabetes, o acesso a esses novos recursos tem ficado mais acessível para a população. "O governo também tem fornecido os glicosímetros e as fitas para fazer a medição, pois hoje não dá pra aceitar o tratamento da doença sem testes de glicemia. No entanto, ainda há muito o que melhorar com relação aos custos ", declara.

Não há restrições alimentares para os diabéticos além de evitar o açúcar. MITO: além do açúcar, diabéticos precisam tomar cuidado com o consumo de carboidratos, encontrados em produtos como batatas, massas, pães, tortas e, em especial, os feitos com farinha branca. "Uso uma metáfora: o acúçar é um tijolo; o carboidrato é como uma parede feita de tijolos. O corpo desfaz essa parede para usar os tijolos", explica o endocrinologista Felipe Gaia. Assim como o açúcar, os carboidratos não estão completamente vetados da dieta, mas devem ser ingeridos com moderação
 
Individualização do tratamento
Uma nova recomendação que a ADA (Associação Americana de Diabetes) defende é tornar o tratamento dos diabéticos ainda mais individualizado. "A ideia é que os tratamentos não sejam iguais, pois é preciso levar em conta aspectos como idade, tempo de evolução da doença, presença de outras patologias, adesão do paciente ao tratamento, entre outros", defende Isabela Bussade, endocrinologista e orientadora científica da Pronokal.

Marcos Antônio Tambáscia, endocrinologista e chefe da disciplina de endocrinologia da faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), também ressalta que a condição financeira do paciente também deve ser avaliada antes da prescrição do tratamento. "A tendência é a individualização, é cada paciente usar uma droga diferente e conseguir controlar a glicemia e reduzir o peso", destaca.

A psicóloga Graça reconhece que os médicos estão mais preparados para ajudar os pacientes na educação com diabetes, mas defende que todos saibam o quanto a individualização do tratamento é importante. "O preparo dos profissionais de saúde com relação à importância dessa prescrição que deve ser focado para cada paciente é necessário para melhorar ainda mais o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes", opina.

* A repórter viajou a convite da Sanofi
Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/ciencia/2013/06/28/avancos-tecnologicos-melhoram-a-qualidade-de-vida-dos-diabeticos.htm

Aprovada


Anvisa aprova vacina contra HPV para mulheres de todas idades no Brasil

Do UOL, em São Paulo 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar a indicação da vacina Papilomavírus humano 16 e 18 (recombinate) para meninas a partir de 9 anos, sem limite de idade.


A medida estende a indicação da vacina para prevenir o Papilomavirus humano, anteriormente permitida para mulheres de 10 a 25 anos, a mulheres acima dos 25, possibilitando que estas tenham acesso à imunização contra o HPV com objetivo de prevenir o câncer de colo do útero.

Com a mudança, basta que a paciente leve um pedido de seu médico em laboratórios da rede privada para ser vacinada. Já pela rede pública, há poucas cidades no país que disponibilizam a medicação.

A Anvisa frisa que a medida só vale para a vacina produzida pela GlaxoSmithKline, já que a solicitação da ampliação da idade partiu deste laboratório.

Cervarix, nome pelo qual é conhecida internacionalmente a vacina, oferece 93,2% de eficácia na proteção contra as lesões pré-cancerosas no colo do útero, pois  imuniza contra os tipos de HPV 16 e 18, mas também oferece proteção ampliada contra   outros tipos como 31 e 45, os principais causadores do câncer do colo do útero.

"Esta medida é extremamente relevante, pois permite à mulher, independente da idade que ela tenha, a oportunidade de se prevenir contra o segundo tipo de câncer mais prevalente em mulheres no país e um dos poucos que efetivamente pode ser evitado", afirma o gerente médico para vacinas da GSK, Otávio Cintra.

O câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte em mulheres. De acordo com a OMS, o Brasil tem aproximadamente 69 milhões de mulheres com 15 anos de idade ou mais, com risco de desenvolvê-lo. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) estimou, no ano passado, 17.540 novos casos de câncer do colo do útero a cada 100 mil mulheres e mais de 4.800 mortes em decorrência da enfermidade.

Um dos principais motivos para essa alta incidência é o aumento no número de mulheres vítimas do HPV (papiloma vírus humano), que é relacionado com praticamente 100% dos casos da doença.

"Hoje observamos um crescimento preocupante da infecção por HPV em todo mundo, incluindo o Brasil. Ampliar o acesso à prevenção da infecção pelo vírus é fundamental para evitar novos casos", explica o presidente da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, Garibalde Mortoza Junior.

Estudos recentes demonstram que, além de 100% de eficácia contra os HPVs 16 e 18, a vacina oferece proteção adicional, específica, contra infecções persistentes causadas pelo HPV 45 e 31, que são os tipos mais comuns do vírus causadores de câncer do colo do útero no mundo.

Essa proteção ampliada possibilita 93% de proteção contra as lesões associadas a este tipo de câncer. Os HPVs tipos 16, 18, 31 e 45 juntos são responsáveis por aproximadamente 90% dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo.
Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/ciencia/2013/06/28/anvisa-aprova-vacina-contra-hpv-a-mulheres-de-todas-as-idades-no-brasil.htm