Disponível nova edição da 'Ciência & Saúde Coletiva'
Autor: RedeNutri Published At: Qua 19 de Jun, 2013 13:14 BRT (157 Leituras)
Edição de junho já está disponível online
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A edição de junho de 2013 (vol.18 n.6) da revista Ciência & Saúde Coletiva, da qual a pesquisadora da ENSP/Fiocruz Maria Cecília Minayo participa como editora-chefe, já está disponível on-line. Esse número divulga os avanços no campo de estudos sobre "Trabalho e Educação na Saúde", por meio de um conjunto de trabalhos distribuídos em dois blocos, trazendo a reflexão conceitual e o debate político na área. O primeiro contém artigos que abordam diversos aspectos acerca do trabalho em saúde, enquanto o segundo apresenta artigos que analisam questões relativas à educação em saúde.
Essa edição foi desenvolvida no âmbito do GT Trabalho e Educação na Saúde da Abrasco, criado em 1993, que reúne um conjunto de pesquisadores e docentes de várias instituições de graduação e pós-graduação, voltados ao estudo das políticas e modelos de formação de pessoal e da problemática relativa ao trabalho no setor, que incluem: tendências do mercado de trabalho, políticas e gestão do trabalho no âmbito dos sistemas público e privado, valorização e promoção da saúde do trabalhador da saúde. Também contou com o apoio do Departamento de Ciências Sociais da ENSP.
Entre os diversos artigos publicados, sete têm a participação de pesquisadores da Escola. Confira, abaixo, a participação da ENSP no novo número da revista Ciência & Saúde Coletiva, uma publicação da Abrasco.
O artigo A dimensão gestionária do trabalho: aspectos da atividade de cuidado, de autoria dos pesquisadores da ENSP Simone Oliveira e Jussara Brito, e Denise Alvarez, da Universidade Federal Fluminense, trata da questão da transformação dos mundos do trabalho, com foco no setor saúde, a partir da perspectiva ergológica, cujo objeto de reflexão e análise são as atividades humanas. Primeiro busca-se mostrar as transformações que são operadas no desenvolvimento da própria atividade, enfatizando os debates de normas e valores presentes em situações do trabalho em saúde, com base em pesquisas que abordaram as atividades de cuidado. Posteriormente, discute-se a circulação de valores que se dá em um espaço tripolar, em que a atividade é um dos polos, indicando as tensões que a atravessam e explorando a coexistência de diferentes temporalidades que cercam os mundos do trabalho.
Em Relação contemporânea entre trabalho, qualificação e reconhecimento: repercussões sobre os trabalhadores técnicos do SUS, os pesquisadores da ENSP Nilson do Rosario Costa e Isabel Lamarca analisam a configuração da força de trabalho civil ativa do governo central brasileiro nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). O artigo associa a condição da força de trabalho do governo central brasileiro às mudanças na coalizão governamental. A residual participação do Ministério da Saúde (MS) na prestação direta de serviços públicos influenciou na trajetória declinante da força de trabalho federal.
A trajetória da política nacional de reorientação da formação profissional em saúde no SUS é o título do artigo produzido pelos pesquisadores Henrique Sant’Anna Dias, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, e Luciana Dias de Lima e Márcia Teixeira, da ENSP. Nele, eles analisam a política nacional de reorientação da formação profissional em saúde, desenvolvida a partir de 2003, e seus antecedentes. Também destacam marcos e transformações no percurso temporal da política de 1980 a 2010, elementos de continuidade e mudanças e conexões existentes entre iniciativas anteriores e a política atual.
Os autores Soraya Almeida Belisário e Raphael Augusto Teixeira de Aguiar, da Universidade Federal de Minas Gerais, Isabela Cardoso de Matos Pinto, Solange Veloso Viana, Marcelo Eduardo Pfeiffer Castellanos e Terezinha de Lisieux Quesado Fagundes, da Universidade Federal da Bahia, Tania Celeste Matos Nunes, da ENSP, Célia Regina Rodrigues Gil, da Universidade Estadual de Londrina, e Guilherme Torres Corrêa, da Universidade de São Paulo, publicaram dois artigos na revista.
O artigo Implantação do curso de graduação em saúde coletiva: a visão dos coordenadores tem como objetivo apresentar a visão dos coordenadores desses cursos sobre o processo de sua criação e implementação, com destaque para seus elementos contextuais e processuais.
Já no outro artigo Estudantes de graduação em saúde coletiva – perfil sociodemográfico e motivações foram enfocados os Cursos de Graduação em Saúde Coletiva (CGSC), que consistem em uma nova modalidade formativa no campo da Saúde Coletiva, visando formar profissionais focados nas principais necessidades em saúde da população brasileira e no Sistema Único de Saúde.
Reestruturação produtiva e seu impacto nas relações de trabalho nos serviços públicos de saúde no Brasil, artigo produzido pelos pesquisadores da ENSP Maria Inês Carsalade Martins e Alex Molinaro, mostra, por meio de uma revisão crítica da produção científica sobre as mudanças no mundo do trabalho e seu impacto na organização e produção dos serviços de saúde no Brasil, a fragilidade da regulação do mercado de trabalho no Brasil, principalmente na área da saúde. Aponta a necessidade de ampliar a reflexão sobre novas formas de institucionalização das relações de trabalho, no sentido de garantir a equidade e o direito ao e no trabalho.
O artigo Quem educa queer: a perspectiva de uma analítica queer aos processos de educação em saúde, dos pesquisadores Jose Inácio Jardim Motta, da ENSP, e Victória Maria Brant Ribeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem o objetivo de apresentar uma reflexão sobre as possibilidades de incorporação de um corpo analítico queer aos processos de educação no campo da saúde. Isso porque o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde tem revelado desafios que passam pela ampliação de conhecimentos, necessários, principalmente quanto à revitalização da noção de sujeito.
O novo número está disponível no site da base de dados da SciELO.
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