Médicos coletarão sêmen em vítimas de estupro durante consulta (Marie Claire – 24/06/2013)
Além de esperma, eles serão treinados a
recolher e guardar outros materiais para servir como prova em inquéritos
contra estupradores. A iniciativa é da Secretaria de Políticas para as
Mulheres e pretende combater a impunidade
A partir de agosto, médicos de hospitais de referência em saúde da mulher de todo o Brasil passarão por treinamento para coletar provas de estupro de vítimas que procurem o sistema de saúde. A iniciativa, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, quer garantir que os processos sejam mais consistentes, com provas contundentes contra os agressores.
Atualmente, para recolher sêmen, pele, unha, sangue ou qualquer outro material que incrimine o agressor, as mulheres precisavam ir até o Instituto Médico Legal de sua região, geralmente encaminhadas por um delegado.
“O problema é que as mulheres costumam procurar o hospital rapidamente, para fazer uma contracepção de emergência e tomar os remédios que a impedem de pegar DSTs e AIDS”, afirma Aparecida Gonçalves, secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. “Mas elas demoram muito mais para denuncair o caso à polícia. Vinte dias depois da agressão já não há mais materialidade do crime. Isso, muitas vezes, garante a impunidade do estuprador”.
O Conselho Nacional de Justiça está preparando um estudo sobre a dificuldade de punir estupradores, que deverá ficar pronto apenas em 2014. “Mas, mesmo sem a pesquisa, sabemos que esse problema é grave”, diz Aparecida.
Nos próximos meses, se a paciente relatar que sofreu um estupro, os médicos vão poder fazer a perícia imediatamente, no consultório, e guardar as provas do crime em uma sala no próprio hospital. “Esperamos resultados muito bons até porque o estuprador não costuma estuprar só uma mulher. Aumentando a quantidade e a qualidade das provas, vamos descobrir uma cadeia ampla de vítimas e temos muito mais chances de fazer o criminoso ser punido”, afirma a secretária.
Por Mariana Sanches
Acesse no site de origem: Médicos coletarão sêmen em vítimas de estupro durante consulta (Marie Claire – 24/06/2013)
A partir de agosto, médicos de hospitais de referência em saúde da mulher de todo o Brasil passarão por treinamento para coletar provas de estupro de vítimas que procurem o sistema de saúde. A iniciativa, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, quer garantir que os processos sejam mais consistentes, com provas contundentes contra os agressores.
Atualmente, para recolher sêmen, pele, unha, sangue ou qualquer outro material que incrimine o agressor, as mulheres precisavam ir até o Instituto Médico Legal de sua região, geralmente encaminhadas por um delegado.
“O problema é que as mulheres costumam procurar o hospital rapidamente, para fazer uma contracepção de emergência e tomar os remédios que a impedem de pegar DSTs e AIDS”, afirma Aparecida Gonçalves, secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. “Mas elas demoram muito mais para denuncair o caso à polícia. Vinte dias depois da agressão já não há mais materialidade do crime. Isso, muitas vezes, garante a impunidade do estuprador”.
O Conselho Nacional de Justiça está preparando um estudo sobre a dificuldade de punir estupradores, que deverá ficar pronto apenas em 2014. “Mas, mesmo sem a pesquisa, sabemos que esse problema é grave”, diz Aparecida.
Nos próximos meses, se a paciente relatar que sofreu um estupro, os médicos vão poder fazer a perícia imediatamente, no consultório, e guardar as provas do crime em uma sala no próprio hospital. “Esperamos resultados muito bons até porque o estuprador não costuma estuprar só uma mulher. Aumentando a quantidade e a qualidade das provas, vamos descobrir uma cadeia ampla de vítimas e temos muito mais chances de fazer o criminoso ser punido”, afirma a secretária.
Por Mariana Sanches
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