quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Anvisa publica normas sobre fórmulas destinadas à alimentação de crianças

Publicado em setembro 23, 2011 por HC


As fórmulas destinadas à alimentação de lactentes e crianças de 6 meses a 3 anos de idade terão regras específicas. Quatro resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicadas ontem (22) no Diário Oficial da União atualizam as normas brasileiras para a fabricação dessas fórmulas.

As normas dirigidas às características de identidade e qualidade desses produtos são resultado de um processo de revisão técnica dos critérios de composição, os incluindo limites das vitaminas e minerais permitidos na composição.

Foram definidas também regras específicas e atualizada para as fórmulas infantis destinadas a lactentes e crianças de 6 meses a 3 anos com necessidades dietoterápicas, ou seja, com restrições alimentares especiais como alergia à proteína ou intolerância à lactose.

Uma das principais mudanças é a definição de limites máximos para todas as vitaminas e minerais permitidos nesse tipo de alimento. Substâncias como a gordura hidrogenada e o mel – que não deve ser ingerido por crianças com menos de 1 ano de idade – também estão vedadas para utilização em fórmulas infantis.

As regras restringem ainda o uso de aditivos. A lista das substâncias permitidas, por apresentarem segurança comprovada, estão na edição de hoje do Diário Oficial da União.

A publicação das resoluções é resultado da revisão de uma portaria do Ministério da Saúde baseada nas novas referências utilizadas em todo o mundo para esse tipo de produto e na atualização das normas do Codex Alimentarius, programa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As resoluções também estabelecem novas frases de advertência para os rótulos de alimentos. Nos produtos para lactentes com presença de probióticos, por exemplo, deve constar: “Este produto contém probióticos e não deve ser consumido por lactentes prematuros, imunocomprometidos [com deficiências no sistema imunológico] ou com doenças do coração”.

Para se adequar às regras sobre as fórmulas infantis, os fabricantes terão o prazo de 18 meses. Já para se adequar à norma sobre aditivos e coadjuvantes, o prazo é menor, 180 dias.

Reportagem de Christina Machado, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate.

Nova vacina pode tornar a aids inofensiva

Testada em humanos, vacina aumentou produção de células que combatem o vírus HIV. Se for bem sucedida, será mais uma arma no tratamento da doença

Modelo tridimensional do vírus da aids

Modelo tridimensional do vírus da aids: vacina, aliada aos remédios atuais, poderá controlar a doença (Centro Nacional de Biotecnología (CSIC) / Comunicación CSIC)

A aids nunca esteve tão próxima de seu fim como doença letal. O Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) anunciou nesta quarta-feira uma vacina capaz de provocar uma resposta imunológica contra o vírus HIV em 90% dos casos. A pesquisa, que já está na fase clínica, sendo testada em humanos, mostrou que, mesmo um ano após receber a vacina, 85% dos voluntários ainda mantinham a imunidade.

"Se tudo der certo, o HIV representará, no futuro, o que o vírus da herpes representa hoje: uma infecção menor que só atinge pessoas com o sistema imunológico debilitado”, afirmou nesta quarta-feira o pesquisador Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha, vinculado ao CSIC, responsável pelo desenvolvimento da vacina.

Centro Nacional de Biotecnología (CSIC) / Comunicación CSIC

Mariano Esteban, pesquisador do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha e responsável pelo desenvolvimento da vacina

Mariano Esteban, pesquisador do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha e responsável pelo desenvolvimento da vacina

A pesquisa, publicada nos periódicos Vaccine e no Journal of Virology, além de eficaz, se mostrou perfeitamente segura. Por isso, será administrada, em sua fase 2 de testes clínicos, em voluntários já infectados pelo vírus, como forma de determinar sua eficácia não apenas na prevenção, mas também no tratamento da doença. "Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV", disse Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, que participou dos testes com os voluntários.

Como funciona — Quando administrada em voluntários saudáveis, a vacina faz com que o sistema imunológico detecte e aprenda a combater componentes do vírus. "É como mostrar uma fotografia do vírus HIV ao sistema imunológico para que ele possa reconhecê-lo quando o vir novamente no futuro", disse Mariano Esteban.

As principais células de defesa do organismo são os linfócitos T e B. As células B são responsáveis pela chamada imunidade humoral, que ataca as partículas de HIV antes que elas infectem as células. As células de defesa T induzem a imunidade celular, que detecta e destrói as células já infectadas.

A vacina funciona estimulando a produção dessas células. Testes feitos nos 24 voluntários que participaram da pesquisa, um ano depois de receber a vacina, mostraram que a produção de ambos os tipos de células de defesa aumentou em até mais de 70%, enquanto no grupo controle (seis voluntários que não tomaram a vacina) não houve aumento.

Opinião do especialista

Ricardo Shobbie Diazinfectologista da Unifesp


"É mais provável mesmo que a vacina seja usada como tratamento e não como medida profilática. Mas ela é extremamente promissora, principalmente se for usada em combinação com os remédios atuais, que reduzem a carga viral dos pacientes."

Memória — Para que a vacina seja realmente eficaz, é preciso que ela produza linfócitos especiais com "memória", formados após o primeiro ataque do vírus. Elas ficam no corpo por anos, à espreita de uma nova investida do vírus.
Novamente, testes feitos um ano após a aplicação da vacina mostraram que, em 85% dos voluntários, 50% das células de defesa eram linfócitos T com memória.

No entanto, segundo Esteban, a vacina não é capaz de eliminar totalmente o vírus HIV do organismo. "Mas a imunidade celular que a vacina produz faz com que o vírus fique sob controle", diz o pesquisador espanhol. "Se o vírus tentar entrar na célula, o sistema imunológico desativará o vírus e destruirá a célula infectada."

Até agora, a única vacina contra o HIV que chegou à terceira fase de testes clínicos foi feita na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio. Como gerou uma defesa de apenas 27%, não pôde ser utilizada na população.


(Com Agência EFE)

30% dos casos de câncer na cabeça estão relacionados a HPV, diz estudo

O vírus é transmitido por meio de relações sexuais e está frequentemente associado a outros tipos de tumores

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Milton Michida/Gov de SP

Instituto do Cancer de Sao Paulo

Instituto do Cancer de São Paulo: Segundo a pesquisa, 70% dos pacientes diagnosticados com tumores de garganta, boca e amídala são mulheres

São Paulo - Um levantamento do Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) apontou que cerca de 30% dos pacientes operados com câncer na região da cabeça e pescoço desenvolveram a doença por estarem infectados pelo papiloma vírus humano (HPV). O vírus é transmitido por meio de relações sexuais e está frequentemente associado a outros tipos de tumores, como o de colo de útero, vulva, vagina, ânus e pênis.

Você está convocado para nosso

SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE O PISO SALARIAL

Nossa categoria está lutando pelo Piso Salarial precisamos pressionar Prefeitos e Secretários de Saúde a aceitarem a nossa Reivindicação.
No Seminário vamos debater e nos mobilizar para garantirmos uma Regulamentação que atenda aos ACS e ACE.
PARTICIPE!
DIA: 17/10
HORA: 8h
LOCAL: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS
Aprendendo a ser forte

"Depois de algum tempo,
você aprende a diferença, a sutil diferença
entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e os olhos adiante com a graça de um adulto,
e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vôo.
Depois de um tempo,
você aprende que até o sol queima
se você ficar exposto por muito tempo.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...
Que realmente é forte e que realmente tem valor..."

(William Shakespeare)

Agenda Estratégica da Saúde lança site com diretrizes para o país

ENSP, publicada em 29/09/2011

A Agenda Estratégica para a Saúde no Brasil lança site com as cinco diretrizes de uma política de saúde cinco estrelas para pobres ou ricos. Em cada uma das diretrizes, o site disponibiliza um espaço aberto para comentários. Além disso, no mesmo endereço também podem ser acessados vídeos sobre a 14ª Conferência Nacional de Saúde, a Emenda Constitucional 29 e sobre a entrega da Agenda Estratégica para a Saúde do Brasil ao ministro Alexandre Padilha.

Com essas diretrizes, as entidades integrantes da sociedade civil apresentam sugestões de estratégias para desatar os nós que impedem que o Sistema Único de Saúde (SUS) avance. De acordo com o documento, nesse sentido, a política de saúde é essencial para a construção de uma democracia que assegure não apenas os direitos civis e políticos, mas também os direitos sociais da cidadania. Acesse aqui o site.

E nós acs de Minas Gerais, quando???????????

FORMAÇÃO de ACS - EPSJV - RIO DE JANEIRO

Depois da formação docente, a EPSJV vai iniciar, em outubro deste ano, a formação de 210 agentes comunitários de saúde que atuam no município do Rio de Janeiro e que já passaram pela etapa inicial do curso. A previsão é que o curso seja concluído até o final de 2012. Serão formadas sete turmas, uma delas na sede da EPSJV e o restante descentralizadas em seis localidades do município (Pavuna, Campo Grande, Padre Miguel, Santa Cruz, Tijuca e Penha). A Etapa 2 do curso será realizada de outubro de 2011 a setembro de 2012. A Etapa 3 acontece de outubro a dezembro de 2012.

O curso descentralizado é um projeto-piloto da EPSJV em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC) e o Sindicato Municipal dos Agentes Comunitários de Saúde do Rio de Janeiro (Sindacs-RJ). Além desses parceiros, o projeto do curso foi construído conjuntamente também com a Escola Técnica Izabel dos Santos. A coordenação pedagógica do novo curso será feita pela EPSJV e a coordenação executiva será da SMSDC.

A aula inaugural será no dia 31 de outubro, às 14 horas, no Auditório Joaquim Alberto Cardoso de Melo, da EPSJV, com a participação da ex-presidente da Confederação Nacional dos ACS, Tereza Ramos, e a professora-pesquisadora da EPSJV, Márcia Valéria Morosini.

Curso técnico

Em julho de 2011, a EPSJV concluiu a formação da primeira turma de ACS da região Sudeste a fazer um curso técnico. Além de municípios como o Rio de Janeiro, outros dois estados do país fizeram a formação completa, que também já acontece no Acre e em Tocantins. A EPSJV formou ACS que atuam na região de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro.

O Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde foi um projeto-piloto realizado pela EPSJV em parceria com Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC), o Centro de Saúde - Escola Germano Sinval Faria da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CSEGSF/ENSP/Fiocruz) e o projeto Teias Manguinhos. O curso, com 1.200 horas-aula, foi realizado em três etapas e as aulas foram iniciadas em outubro de 2008.

Formação docente em Recife

A EPSJV também participou da formação dos professores que estão ministrando as aulas das Etapas 2 e 3 do Curso Técnico de Agente Comunitário de Saúde em Recife (PE) para trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde local.

A cooperação técnica com a Secretaria de Saúde de Recife foi iniciada em junho deste ano, quando duas das coordenadoras do CTACS da EPSJV, Mariana Nogueira e Vera Joana Bornstein, estiveram em Recife para participar de uma oficina para a construção do currículo das Etapas 2 e 3 do curso. Em agosto, os professores-pesquisadores da EPSJV, Carlos Maurício e Anna Violeta Durão, participaram do curso de formação docente, ministrando a aula ‘Estado, Sociedade e Movimentos Sociais’. As aulas do curso em Recife começaram no dia 12 de setembro e contaram com a participação da diretora da EPSJV, Isabel Brasil, em sua aula inaugural.

ATENÇÃO!!!!!!!!!!!



Já está disponível na web a edição número 54 da Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva AADS | Ipas Brasil. Acesse a edição completa no endereço: http://www.aads.org.br/revista/set11.html

Reflexões
"Educação sexual para prevenir. Contraceptivo para não engravidar. Aborto seguro e legal para não morrer: Chamado à Ação 2011"

Descriminalização e legalização do aborto: Avanços e desafios neste 28 de Setembro

Chamado à Ação da Campanha 28 de Setembro pela Despenalização e Legalização do Aborto na América Latina e no Caribe e da Rede Feminista de Saúde

A Campanha 28 de Setembro marca nesta quarta-feira o Dia pela Despenalização e Legalização do Aborto na América Latina e Caribe. A campanha é impulsionada pela Coordenação Regional sediada na República Dominicana e apoiada pela Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC e Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos que estão divulgando a edição 2011 do Chamado à Ação, documento que estimula uma reflexão sobre as questões do aborto inseguro, sua clandestinidade e as consequências na saúde das mulheres.

O documento traz um conjunto informações de avanços, ameaças e retrocessos quanto ao direito à interrupção voluntária da gravidez na região, mostrando que os Estados na maioria dos casos não vêm assumindo o compromisso de garantir a possibilidade das mulheres exercerem sua sexualidade e reprodução com autonomia. A pauta da legalização do aborto no Brasil é parte da programação do XI Encontro Nacional da Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos com início, nesta quinta-feira, 29, às 19 horas, no Salão de Eventos do City Hotel, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Em seu manifesto, que pode ser conferido abaixo, a Campanha 28 de Setembro denuncia que setores conservadores continuam agindo livremente, com a conivência de muitos governos, para impedir o acesso de adolescentes, jovens e mulheres adultas à educação sexual, a todos os métodos contraceptivos e ao aborto seguro. No Brasil esta campanha é coordenada pela Rede Feminista de Saúde.

A Campanha 28 de Setembro foi criada no V Encontro Feminista da América Latina e no Caribe, realizado na Argentina em 1990. As participantes escolheram esta data para marcar ações de visibilidade para a questão do aborto e reivindicações por reformas legais pró descriminalização e legalização. Abaixo a íntegra do Manifesto:

Descriminalização e legalização do aborto: Avanços e desafios neste 28 de Setembro

Chamado à Ação da Campanha 28 de Setembro pela Despenalização do Aborto na América Latina e no Caribe e da Rede Feminista de Saúde


As questões relacionadas à saúde e direitos reprodutivos estão ganhando terreno na agenda de discussão da nossa região, assim como as políticas públicas e, nesse sentido, parece haver mais avanços do que retrocessos. Assim, fazendo um balanço geral da situação continental por ocasião deste 28 de Setembro encontramos que de um lado persistem condições muito graves quanto à negação dos direitos humanos das mulheres, trazendo sequelas de sofrimentos terríveis e desnecessários, também vimos elementos esperançosos que poderão nutrir os nossos esforços ao longo do próximo ano.

Por suas implicações políticas e estratégicas para o trabalho das organizações que defendem os direitos humanos das mulheres, cabe primeiro destacar os avanços em matéria de jurisprudência internacional obtidos no último ano:

• A concessão por parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos de uma Audiência Temática Regional sobre Direitos Reprodutivos das Mulheres na América Latina e no Caribe, solicitada por 12 organizações feminista da região. Em sua declaração posterior, a Comissão afirmou a necessidade de despenalizar o acesso aos serviços de saúde materna que limitam a obrigação dos Estados de garantir o direito à saúde das mulheres, declarando explicitamente que a proibição do aborto terapêutico "viola a vida, a integridade física e psicológica das mulheres "[1].

• O parecer emitido pelo Comitê de Direitos Humanos, das Nações Unidas, no caso de uma jovem argentina, LMR, a quem foi negado o direito de interromper a gravidez a que tinha direito de acordo com as leis do seu país. O Comitê de Direitos Humanos criou assim jurisprudência sobre a aplicação do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, em relação aos casos de aborto legal não punível [2].

• As recomendações feitas à Nicarágua pelo Comitê de Direitos da Criança e Adolescentes quanto a necessidade de descriminalizar o aborto em casos de gravidez resultante de incesto e abuso sexual de meninas [3].

• As recomendações feitas a El Salvador pelo Comitê de Direitos Humanos sobre a necessidade de "rever a sua legislação sobre o aborto, tomar medidas para evitar mulheres que buscam os hospitais públicos sejam denunciadas pelo crime de aborto, assim como suspender a acusação contra as mulheres pelo crime de aborto "[4].

• A decisão histórica do CEDAW, em um caso de mortalidade materna no Brasil, onde o Comitê estabeleceu a obrigação dos Estados de assegurar a todas as mulheres o acesso a serviços acessíveis, não discriminatórios e adequados a saúde materna [5]. Este é o primeiro caso de mortalidade materna decidido em instâncias internacionais.

Estes avanços em matéria de jurisprudência internacional, que nos lembram da importância de continuar a utilizar os instrumentos e mecanismos internacionais de direitos humanos, têm implicações importantes em vários sentidos. Em termos políticos, são um passo importante no processo de deslocar a discussão sobre o aborto da esfera da moral sexual para o âmbito dos direitos humanos o que, por sua vez, é condição imprescindível para laicizar legislação sobre o aborto na região, historicamente fundamentada em premissas religiosas.

Em termos estratégicos estes avanços são um recurso valioso para apoiar nossas exigências e demandas frente aos Estados, a começar pelos países da região (Chile, Nicarágua, República Dominicana e El Salvador), onde a proibição legal não admite sequer o aborto terapêutico. Mas as graves irresponsabilidades que incorrem os Estados em matéria de saúde e direitos reprodutivos não estão limitados a países com leis mais punitivas. Também naqueles países onde o aborto está despenalizado (Puerto Rico, México DF), assim como em outros da região, onde está permitido por causais, os Estados têm falhado sistematicamente na sua obrigação de prestar serviços oportunos e de qualidade, apelando a táticas dilatórias (tais como exigência de certificações ou atrasos na emissão de documentos), promovendo a objeção de consciência pelos profissionais de saúde, restringindo os orçamentos para os serviços de aborto e pós-aborto, e negando a informação oportuna as mulheres sobre os serviços que estão autorizados pelas leis do país.

A Jurisprudência internacional sobre direitos reprodutivos em geral, e ao aborto em particular, fortalece a nossa posição para pressionar os governos para que cumpram os compromissos internacionais sobre o tema, assumidos em Beijin, Cairo e nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, cujos prazos se encontram em contagem regressiva, sem que na maioria dos países se vislumbre a necessária responsabilidade governamental em matéria de políticas públicas para o seu cumprimento.
Finalmente, esta jurisprudência pode ser usada para fortalecer nossas denúncias frente às agressões que sofrem as defensoras de direitos humanos em nossa região, que vão desde as ameaças telefônicas, as sabotagens sistemática das nossas páginas da WEB, até pressões sobre os empregadores, a difamação pública e ou assassinato. De fato, para o nosso movimento é uma prioridade estratégica denunciar as agressões feita por grupos ultra-conservadores em toda a região, ante a indiferença, quando não a cumplicidade direta dos governos, com frequência estimulados por uma retórica irresponsável das igrejas que nos estigmatizam e nos infamam rotulando-nos publicamente de assassinas.

Em vários países (incluindo o Brasil e a República Dominicana), a igreja católica fez uma campanha política aberta contra parlamentares que se mostram a favor da descriminalização do aborto, além disso instigou os governos a iniciar processos judiciais e assédio de várias formas aos provedores de serviço de aborto. Uma das manifestações mais odiosas da pusilanimidade dos governos, quando não da cumplicidade direta, frente a esses setores ultraconservadores, se observa em El Salvador, onde em vez de aplicar as penalidades de 2 a 8 anos de prisão estabelecido no Código Penal para casos de aborto, as autoridades judiciais com frequencia tipificam o fato como "homicídio agravado por parentesco" para conseguir penas de até 30 anos de prisão para as mulheres (em sua maioria pobres) sob a acusação de interromper a gravidez.

Devemos evidenciar e denunciar os comportamentos vergonhosos e antidemocrático de instituições religiosas que se autoproclamam defesoras da vida e paladinas da moral, ao mesmo tempo que atuam na promoção de medidas para aumentar o sofrimento, adoecimento e a morte de mulheres e meninas de todas as classes sociais porem, sobretudo as mais pobres, que são sempre as principais vítimas da negação dos direitos sexuais e direitos reprodutivos. Neste sentido, é oportuno saudar os esforços de um número cada vez maior de organizações que promovem o uso correto do Misoprostol como um método abortivo que reduz os riscos de saúde associados a clandestinidade. Dado o sucesso dessas campanhas de informação, a redução comprovada da morbidade e mortalidade associadas ao método e empoderamento pessoal das mulheres que o mesmo promove, é de esperar uma ofensiva a curto prazo por parte das igrejas, para a qual devemos estar em alerta.

Finalmente saudar os avanços observados no último ano em matéria de investigação científica e de registro de evidência na região. Os comitês de mortalidade materna e os observatórios de políticas públicas, o registro de negligência e / ou violência na prestação de serviços de saúde, estudos e pesquisas qualitativas, etc, são matéria-prima indispensável para a construção das bases analíticas que ancoram as melhores estratégias políticas. Para ilustrar, consideremos que vários estudos recentes documentaram a complexidade do vínculos entre o aborto e a pobreza, não só na questão da maior vulnerabilidade das mulheres pobres frente a ilegalidade, mas em relação ao papel da pobreza e os baixos níveis educativos como determinantes de atitudes mais conservadoras em relação ao aborto [6]. A constatação de que setores pobres e menos escolarizados são os que mais se opõem à despenalização deve levar ao desenvolvimento de análises mais refinadas e, portanto, a busca de estratégias políticas mais efetivas.

A luta pelos direitos sexuais e direitos reprodutivos segue enfrentando grandes desafios em nossa região, como atestam as estatísticas de morte materna, morbimortalidade por aborto, gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis e outros. Muitos dos desafios postos nos chamados à Ação para a Campanha 28 de Setembro nos anos passados continuam em plena vigência.

Seguimos vivendo sob a ameaça do fanatismo religioso que infecta cada vez mais as instituições sociais e políticas da democracia. Porém, como demonstra este Chamada à Ação, também temos razões para a esperança,para confiar que nosso compromisso com os direitos de bem-estar e felicidade das mulheres do nosso continente pode dar os frutos para aqueles que lutam e continuam lutando.

27/09/2011 21h57 - Atualizado em 27/09/2011 21h57

Saúde quer 15 doadores de órgãos por milhão de habitantes até 2015

Ministério lançou nesta terça 12ª campanha nacional de órgãos e tecidos.
Até fim do ano, índice deve chegar a 11 doadores; 30 mil esperam transplante.

Do G1 DF

O Ministério da Saúde lançou na noite desta terça-feira (27) a 12ª campanha nacional de doação de órgãos e tecidos. Com o tema "Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas", a mobilização traz o ator José de Abreu e a primeira mulher do Distrito Federal a fazer transplante cardíaco, Maria Pia Albuquerque, como padrinhos.

Atualmente, segundo o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Borba, existem 30 mil pessoas aguardando órgãos. Ele afirmou que o número é 12% menor que o de 2010. Entre as dificuldades para doação apontadas pelo coordenador estão o tamanho do território brasileiro e a resistência das famílias.

Segundo o secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, o Brasil é o segundo país que mais realiza transplantes no mundo, sendo o primeiro na rede pública. “O Brasil hoje exporta tecnologia do transplante, não deve nada a canto nenhum deste planeta.”

O coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes disse que o ministério pretende alcançar até 2015 a meta nacional de 15 doadores por milhão de pessoas. Até o final do ano ele afirmou que o índice deve chegar a 11. Borba afirmou que em Santa Catarina o valor é de 25 doadores por milhão de pessoas e na Bahia é de 5.

Durante o evento, também houve lançamento do portal de transplantes e assinatura de um termo de cooperação com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para capacitação de servidores em todo país. Além disso, foram reconhecidos os trabalhos desenvolvidos pelo médico Cláudio Moura Lacerda, pioneiro no transplante hepático em Pernambuco, e pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

Karen Kaufmann Sacchetto

Quando as crianças descobrem a sexualidade

A descoberta da sexualidade faz parte do desenvolvimento da criança

Em meu percurso como educadora, percebo uma demanda muito grande quando o assunto é sexualidade infantil. Recebo muitas perguntas de pais que, não sem razão, preocupam-se com indagações e ações de seus filhos com relação ao tema. Dúvidas sobre o que é próprio ou não para a faixa etária, em que medida deve-se ou não responder aos questionamentos, questão de identidade com o gênero, enfim, um sem fim de inseguranças.

Criança olhando para dentro do penico

Via de regra tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança desde que sem exageros. Uma regrinha vale sempre. Quando nos deparamos com uma atitude inesperada da criança, que não consideramos adequada, desde que sem gravidade, não se deve imediatamente sair em busca de terapias e “consertos”. É preciso observar se foi um ato isolado ou se é um fato recorrente que se estende por um longo período.

A criança, quando livre das fraldas começa a descobrir-se e demonstrar uma curiosidade que, se de acordo com sua idade, deve ser contornada explicando a ela que certas “pesquisas” devem ser feitas na privacidade, como quando vamos ao banheiro. É preciso evitar passar uma conotação de que essa descoberta é ”feia” ou “suja”.

Entretanto, pais e educadores devem estar atentos é às situações compulsivas e recorrentes. Antes de qualquer coisa indica-se uma investigação médica para verificar se não há alguma causa física como um corrimento ou infecção de urina, por exemplo, que esteja fazendo com que a criança se manipule com maior frequência. Eliminadas essas causas, quando a criança insiste em um comportamento em casa ou na escola, pode-se propor mudança de atividades como jogos histórias ou brincadeiras fazendo com que ela perceba que aquele momento é inapropriado para sua “pesquisa”.

Quando o assunto é “pergunta embaraçosa” não há quem não se sinta constrangido, sem saber o que responder. A dica é: dê sempre respostas diretas e verdadeiras. Se uma criança pergunta como ela nasceu, não está querendo saber desde a concepção como foi, nem está esperando um tratado sobre sexo. Ela espera uma resposta direta a sua pergunta. Pode-se começar respondendo: “Você nasceu no hospital” ou “Você nasceu da barriga da mamãe.” Se a curiosidade da criança foi satisfeita, ela vai parar por aí. Se não foi certamente virá outro questionamento e talvez mais outro até que ela obtenha uma resposta que satisfaça sua dúvida.

Se o adulto ficar muito embaraçado ou se não souber a resposta deve ser claro e sincero dizendo que não sabe a resposta e que vai buscar saber para depois dizer a ela. Mas não se esqueça de dar a ela essa resposta depois, pois caso contrário ela certamente buscará com outras fontes, que provavelmente não serão tão seguras como amigos da mesma idade, revistas ou internet.

Existem algumas curiosidades recorrentes como a “Síndrome da castração” descrita por Freud em que muitas crianças assustam-se ao ver o amiguinho no banheiro e perceber que ele ou ela tem algo a mais o a menos. As meninas pensam que perderam um pedaço ou que ainda vão desenvolver. Os meninos ficam horrorizados pensando que as meninas perderam uma parte e que isso também irá acontecer com eles. Por isso, é importante lidar com naturalidade deixando que as crianças desde pequenas tomem banho com os irmãozinhos ou seus pais, agindo assim com naturalidade.

Precisamos nos conscientizar que as crianças crescem e descobrem seu corpo e dos outros. As crianças não têm uma visão erótica dessas manifestações, elas existem no pensamento estereotipado do adulto.

É preciso lembrar que a ligação afetiva da criança com seus pais começa até antes do nascimento e evolui por meio da demonstração dessa afetividade com abraços, palavras doces, carinho e cumplicidade. Coloquem-se no lugar da criança e permitam que se sinta respeitada e acolhida em suas dúvidas. Só assim se criará uma relação de confiança e a criança saberá que pode buscar nos pais respostas verdadeiras, estabelecendo um elo forte e perene.

Karen Kaufmann Sacchetto - Colunista do Guia do Bebê


Karen Kaufmann Sacchetto
Pedagoga
Especialista em Distúrbios de Aprendizagem
Mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento

Esta página foi publicada em: 27/09/2011.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pais Conectados

pais-conectados
Campanha contra o Linfoma faz alerta sobre a importância do diagnóstico precoce

ABRALE promove campanha "Movimento contra o Linfoma. Se toca. Quanto antes você descobrir, melhor." durante o mês de setembro.

Em setembro, a ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) realiza a campanha “Movimento contra o Linfoma. Se toca. Quanto antes você descobrir, melhor.”, para alertar a toda população sobre a importância do diagnóstico precoce.

A doença atinge anualmente no país mais de 12 mil pessoas. A campanha conta com o slogan “Se toca” e tem como objetivo disseminar a importância do auto-exame, já que o inchaço dos gânglios na região do pescoço, axila e virilha é um dos principais sintomas da doença.

“O diagnóstico precoce é muito importante, pois quando a doença está no começo a chance de cura é maior. Portanto, quando notar qualquer alteração no corpo, procure um médico”, alerta a Dra. Ana Lúcia Cornacchioni, coordenadora do Comitê Científico Médico da ABRALE.

As informações completas sobre o linfoma, sintomas e seus tratamentos estão no: http://www.movimentocontraolinfoma.com.br/

Próximos Eventos


27/09/2011 | I Oficina para formação de Instrutores Anjos da Enfermagem

28/09/2011 | I Congresso de Saúde do Oeste Paulista

28/09/2011 | 1º Congresso Nacional de Hospitais Privados

28/09/2011 | 10º Simbidor - Simpósio Brasileiro e Encontro Internacional Sobre Dor

29/09/2011 | IV Congresso Brasileiro de Neuropsiquiatria Geriatrica

30/09/2011 | I SPEED – Seminário Paulista de Enfermagem em Dermatologia

01/10/2011 | XII Congresso Brasileiro de Transplante

03/10/2011 | 63º Congresso Brasileiro de Enfermagem

04/10/2011 | Expo Enfermagem

08/10/2011 | X Simpósio da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Oftalmologia

20/09/2011 - O hábito de assistir a novelas reduz taxa de fertilidade da mulher no Brasil

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(O Globo) O hábito de assistir a televisão, em especial novelas, reduziu a taxa de fertilidade das brasileiras na mesma proporção que o fariam dois anos a mais de estudo para a população. Segundo o relatório "Igualdade de gênero e desenvolvimento 2012", do Banco Mundial (Bird), não são muitas as experiências que indicam que políticas específicas de governo tenham alcance tão amplo.

O fenômeno se dá, sobretudo, entre os grupos de mulheres de classes sociais mais baixas. Um dos motivos para que as mulheres tivessem menos filhos teria sido, em boa medida, o fato de os espectadores estarem se mirando no exemplo das famílias menos numerosas dos folhetins. Resultado semelhante seria alcançado com o aumento de um médico ou enfermeira para cada mil habitantes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 95,1% dos domicílios brasileiros possuem aparelho de televisão.

O organismo internacional afirma que o fenômeno brasileiro comprova que o acesso aos meios de comunicação ajuda a mudar o comportamento da sociedade e o quadro das desigualdades não só nos centros urbanos, mas também nas zonas rurais.

20/09/2011 - Durante gestação e amamentação, mãe terá Bolsa Família

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(O Globo/Folha de S.Paulo/O Estado de S. Paulo)Mulheres grávidas e mães que estiverem amamentando passarão a receber R$ 32 mensais do Bolsa Família. O benefício à gestante vai durar nove meses e contará a partir de quando o SUS for informado da gravidez. Já a lactente vai receber o auxílio por seis meses, contados a partir do registro do recém-nascido.

Antecipando-se a possíveis críticas, Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social, disse que as medidas não incentivarão a natalidade. "A pessoa é pobre, não é burra", afirmou, dizendo que ninguém engravida para ganhar só R$ 32 a mais por mês. "O Bolsa Família não estimula o aumento da taxa de natalidade, ao contrário, a taxa de natalidade está caindo no País."

Campello também anunciou que os beneficiados que se desligarem voluntariamente do Bolsa Família poderão, por três anos, voltar a receber o benefício, caso se enquadrem novamente no programa.

O ministério anunciou também os primeiros resultados do Plano Brasil sem Miséria, conjunto de políticas para erradicar a pobreza extrema (caracterizada pelo ganho mensal individual de até R$ 70) e maior aposta da presidenta Dilma Rousseff.

20/09/2011 - No Brasil, 1.600 grávidas morrem por ano; 90% por causas evitáveis (Globo)

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(O Estado de S. Paulo/O Globo) Dados do Ministério da Saúde indicam que, anualmente, cerca de 1.600 mulheres morrem no período entre a gestação e seis semanas após o parto, por complicações decorrentes ou agravadas pelo estado reprodutivo; 90% dos óbitos são evitáveis, causados, por exemplo, por tratamento inadequado e negligência.

Segundo apontamentos feitos em 2007, são 75 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Essa taxa é alta, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a realidade é ainda mais dramática, já que a notificação das mortes, embora obrigatória, não é plenamente confiável.

Uma das causas apontadas é o alto índice de cesarianas realizadas no Brasil, em torno de 47%. Na saúde suplementar, o índice chega a 90%, enquanto no SUS é de 37%. O recomendado pela ONU é de, no máximo, 15%, pois a cesariana está mais associada a complicações que podem levar à morte.

Brasil longe da meta
A realidade encontra-se bastante distante da meta indicada pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordados com a Organização das Nações Unidas, de que em 2015 os números cheguem a 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Se o ritmo de queda da mortalidade materna continuar o mesmo de hoje, o Brasil só conseguirá atingir a meta pactuada após 2040, segundo estimativa de pesquisa da Universidade de Washington.
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AVISO DA POLÍCIA MILITAR

MUITO IMPORTANTE!

À noite, se atirarem um ovo no pára-brisas de seu carro (reconhecível pelo
amarelo da gema)
* Mantenha a calma e a VELOCIDADE
* Não use o limpador de pára-brisas!
* NUNCA coloque água no pára-brisas!
* Aumente a velocidade porque os LADRÕES estão por perto.
Explicação: O ovo e a água ao se unirem, formam uma substância viscosa, tal
como o leite, e você vai precisar parar, pois bloqueará a sua visão em cerca
de 90%. Fuja dali o mais depressa possível! Este é o ultimo método que eles
inventaram.

Por favor, compartilhe com seus amigos e familiares.

Londrina: Saúde promove oficinas para agentes comunitários e enfermeiros


Divulgação do Jornal dos Agentes de Saúde do Brasil

Escrito por N.com

“Oficinas de Trabalho Bolsa Família – condicionalidades saúde” capacitam 357 profissionais de saúde

A Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com a Secretária de Assistência Social, realiza “Oficinas de Trabalho Bolsa Família – condicionalidades saúde”, para a capacitação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e enfermeiros coordenadores das Unidades Básicas de Saúde de Londrina. As oficinas, que começam amanhã (27), contam com a participação de 357 profissionais da saúde.

Segundo a enfermeira coordenadora do Comitê Municipal de Aleitamento Materno e responsável técnica das Ações de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Saúde, Lilian Poli, a oficina tem a finalidade de habilitar os ACS e enfermeiros coordenadores das UBS, quanto ao atendimento das famílias beneficiadas pelo programa “Bolsa Família”. “Temos o objetivo de instrumentalizar os profissionais na condução do fluxo de trabalho, quanto ao acompanhamento dos beneficiários no desenvolvimento das condicionalidades de saúde”, esclareceu.

As condicionalidades são os compromissos assumidos tanto pelas famílias beneficiárias atendidas, quanto pelo poder público, para ampliar o acesso dessas famílias a seus direitos sociais básicos: de saúde, educação e assistência social.

“Na área de saúde, as famílias beneficiárias assumem o compromisso de acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 7 anos. As mulheres na faixa de 14 a 44 anos, também, devem fazer o acompanhamento e, se gestantes ou lactantes, devem realizar o pré-natal e o acompanhamento da sua saúde e do bebê”, explicou Lilian.

O “Bolsa Família” é um programa do Governo Federal que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, através de transferência direta de renda, que pode variar entre R$ 32 a 242. Em Londrina, o programa atende, aproximadamente, 12 mil famílias, com renda familiar, por pessoa, de até R$ 140.

As “Oficinas de Trabalho Bolsa Família – condicionalidades saúde” serão ministradas em seis dias: 27,28 e 30 de setembro e 4, 5 e 7 de outubro em regiões diferentes, cada dia dividido por Unidades de Saúde (UBS).

Programação das oficinas

27/9 – das 8h as 12h, no anfiteatro da Vila da Saúde – Rua Jorge Casoni, 2350 (esquina com Rua Santa Catarina), Londrina;

28/9 – no anfiteatro da Vila da Saúde Rua Jorge Casoni, 2350 (esquina com Rua Santa Catarina, Londrina;

30/9 – na Associação SABI (ao Lado da UBS Bandeirantes), Rua Serra da Graciosa, 680 – Jd. Bandeirantes – Londrina;

4/10 – no anfiteatro do Hospital Zona Norte – Rua Odilon Braga, 199 – Conj. Sebastião de Melo Cesar, Londrina;

7/10 – no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora do Amparo (a duas quadras da UBS Marabá), rua Caquizeiro, 117 – Jd. Interlagos, Londrina.

Divulgação: Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde - MNAS

27 de setembro de 2011

AGENDA OFICIAL DA CONACS PARA 1ª VIGÍLIA NACIONAL EM PROL DO PISO SALARIAL E PCCR DOS ACS E ACE



DIA 03 DE OUTUBRO

08:00h às 13:00h – Montagem de Acampamento (LOCAL – Parque Sarah Kubitschek, Eixo Monumental Sul, Bloco “A”, entrada 01, Estacionamento “13” – PARQUE DAS CIDADES)
14:00h às 18:00 h – Mobilização na Esplanada dos Ministério (adesivaço, panfletagem, e afixação de faixas e cartazes etc)
20:30 h – Assembléia e Apresentação Cultural ( LOCALAcampamento dos Resistentes. Obs sugestão do nome do acampamento deverá ser aprovado em assembléia)
DIA 04 DE OUTUBRO
10:00h às 13:00h – Seção Solene em comemoração ao dia nacional dos ACS – Auditório da Câmara de Deputados (entrada restrita pela limitação de espaço – cadastro de participantes deverão ser entregues à Coordenação da CONACS e obedecerá a representatividade dos Estados e o número de pessoas por caravana presentes na Mobilização. Maiores informações pelo e-mail: conacs2011@hotmail.com ou celular 62 9949-8365)
13:20h às 14:50h – Marcha ao Palácio do Planalto com os ACS e ACE e parlamentares membros da Frente Parlamentar em defesa dos ACS e ACE
15:00h às 18:00h – (Horário para deliberar sobre o resultado da Marcha e a proposta de leitura do relatório final do Relator da Comissão Especial)
20:30 h – Assembléia e Apresentação Cultural ( LOCAL – Acampamento dos resistentes)
DIA 05 DE OUTUBRO
08:00h às 13:00h – Audiência Pública no Senado Federal (Coordenação da Comissão de ACS e ACE ligados a CNTSS)
14:00 às 17:00h – Mobilização dos Líderes de Partido e parlamentares para a aprovação do PL que regulamenta a EC 63/10
18:00 h - Encerramento - Assembléia Geral e relatório das Atividades

FONTE: CONACS
28/09/2011 - 14h34

Pesquisadores desenvolvem vacina contra Aids com 90% de eficácia

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DA EFE

Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV "muito mais potente" que os desenvolvidos até agora. Os testes conseguiram uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.

A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC), Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.

Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.

Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram "poucos" e "leves" efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que "a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto", ressaltou Quirós.

Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo "conseguiu estimular ambos", destacou Felipe García.

Para completar, em 85% dos pacientes as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, "que neste campo significa bastante tempo", acrescentou.

Na próxima etapa, os pesquisadores realizarão um novo teste clínico, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença.

"Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela Aids como a África", apontou García.

O protótipo da vacina, batizado como MVA-B, recebe o nome do vírus Vaccinia Modificado Ankara (MVA, na sigla em inglês), um vírus atenuado que serve como modelo na pesquisa de múltiplas vacinas

Até agora, o único teste de vacina contra o HIV que chegou à terceira fase foi realizado na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio.

O protótipo da vacina, patenteado pelo CSIC espanhol, está sendo elaborado para combater o subtipo B do vírus da Aids, de maior prevalência na Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, além do Caribe. Na África e Ásia, o vírus mais comum é o subtipo C.

27/09/2011 21:58

Manifestação em Brasília pede mais recursos para saúde

Beto Oliveira
Mobilização
Manifestantes reunidos em frente ao Congresso.

Aproximadamente 1.500 pessoas se reuniram nesta terça-feira em Brasília para exigir mais recursos para a saúde. Os manifestantes depositaram flores em frente ao Palácio do Planalto, depois de uma concentração em frente ao Congresso Nacional. A "Primavera da Saúde”, como foi batizada a manifestação, marca o início de uma mobilização nacional, que visa sensibilizar o Senado a votar o projeto que regulamenta a Emenda 29.

A proposta (PLP 306/08), aprovada na Câmara na semana passada, estabelece limites mínimos de investimento na saúde pela União, pelos estados e pelos municípios. Os participantes do movimento defendem o texto original do Senado, que obriga a União a gastar o equivalente a 10% de suas receitas correntes brutas com saúde, o que representaria um acréscimo de R$ 31 bilhões ao atual orçamento do SUS.

Uma comissão de parlamentares e representantes de entidades civis esteve na Secretaria-Geral da Presidência da República para entregar um vaso com orquídeas para a presidente Dilma Rousseff. Outro grupo reuniu-se com o presidente do Senado, José Sarney, que se comprometeu votar a regulamentação o mais rápido possível. “Tenho compromisso. O SUS foi criado no meu governo”, lembrou Sarney.

O presidente da Frente Parlamentar da Saúde e um dos líderes do movimento, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), destaca que a “Primavera da Saúde” é suprapartidária e integrada por dezenas de entidades nacionais da sociedade civil, que exigem uma votação rápida no Senado e uma atitude do governo federal para destinar mais recursos para o setor. Ele lembra que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na comissão geral realizada pela Câmara no último dia 20, declarou que o SUS precisa de, pelo menos, mais R$ 45 bilhões, apenas para ficar no mesmo patamar de investimento da Argentina e do Chile.

Fonte de recursos
Além do problema orçamentário, se haverá ou não criação de novo imposto para financiar o SUS, Perondi lembra que os senadores também terão que corrigir o parágrafo que retira as verbas do Fundo de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) da base de cálculo do percentual de recursos a serem aplicados pelos estados. Na prática, essa exclusão retira R$ 7 bilhões anuais do orçamento do SUS.

Na avaliação de Perondi, já existem recursos suficientes para a saúde e não é preciso criar um novo tributo. “O que precisa é a União fazer as escolhas certas”, disse. Ele lembra que o Tesouro Nacional injetou, nos últimos três anos, R$ 300 bilhões no BNDES para ajudar um seleto grupo de grandes empresas.

A presidente Dilma Rousseff - apesar de já ter declarado que o Brasil gasta pouco em saúde, 47% menos per capita que a Argentina - afirmou que a saúde precisa de uma nova fonte de recursos e já avisou que não aceita a vinculação de 10% das receitas correntes brutas da União. O deputado Darcísio Perondi, no entanto, argumenta que a União terá quatro anos para chegar a esse percentual.

Se realmente for necessária uma nova fonte de recursos para aumentar as verbas para saúde, Perondi sugere que o aumento da taxação sobre fumo e álcool - responsáveis por uma enorme quantidade de internações e mortes -, a ampliação da participação do DPVAT ou a regulamentação de cassinos e bingos, que poderia gerar mais R$ 10 bilhões em impostos.

Da Redação
Com informações do gabinete do deputado Darcísio Perondi

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Congresso Brasileiro de Hepatologia

Segundo pesquisa nacional, brasileiro desconhece a hepatite C

Pesquisa realizada com 1.137 pessoas mostra desinformação tanto de pacientes como de médicos e falta de estrutura para o tratamento da doença

Natalia Cuminale, de Salvador
Hepatite: a doença é caracterizada por uma inflamação do fígado, que pode ser causada por infecções (virais, bactérias), pelo uso de álcool, de medicamentos e de drogas ou por doenças hereditárias ou autoimunes

Hepatite: a doença é caracterizada por uma inflamação do fígado, que pode ser causada por infecções (virais, bactérias), pelo uso de álcool, de medicamentos e de drogas ou por doenças hereditárias ou autoimunes (Thinkstock)

O brasileiro desconhece a hepatite C e tem uma percepção errada sobre a doença, segundo revela pesquisa divulgada nesta terça-feira durante o Congresso Brasileiro de Hepatologia, em Salvador. De acordo com os dados, levantados pelo Instituto Datafolha, 51% dos brasileiros não sabem dizer espontaneamente o que é hepatite C. O estudo mostra ainda que 86% dos entrevistados concordam que a maioria das pessoas desconhece a doença e seus efeitos.

Grupos de risco de hepatite C

Saiba quem deve fazer o teste para detectar a doença:


  1. • Quem recebeu transplante de órgãos ou tecidos, além de doadores de esperma, óvulos ou medula óssea
  2. • Pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1994
  3. • Doentes renais em hemodiálise
  4. • Pessoas que usam ou usaram drogas injetáveis ou cocaína inalada
  5. • Quem utilizou medicamentos intravenosos nas décadas de 1970 e 1980
  6. • Portadores do vírus HIV
  7. • Filhos de mães contaminadas com hepatite C
  8. • Pessoas que tenham feito tatuagens ou piercings em locais não seguros

A falta de informação fica clara quando 24% das pessoas pesquisadas disseram conhecer uma vacina contra a hepatite C e 7% dos entrevistados afirmaram já terem sido vacinados contra a doença - desconhecendo o fato de que não existe imunização. Atualmente, somente as hepatites A e B possuem vacina.

Médico tira dúvidas, em vídeo, sobre a hepatite C

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, dois milhões de brasileiros têm a doença, responsável por mais de 70% das mortes entre todos os tipos de hepatites ocorridas na última década no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite C foi responsável por 14.873 mortes nos últimos dez anos.

A pesquisa, realizada pelo Instituto Datafolha, investigou qual a percepção da doença em 11 cidades brasileiras. As cidades pesquisadas foram: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Campinas. No total, foram ouvidas 1.137 pessoas, com mais de 18 anos, pertencentes a todas classes econômicas. A pesquisa foi realizada entre 8 e 10 de junho.

Teste — Apesar de 62% dos entrevistados acreditarem que a hepatite C é uma doença altamente contagiosa, 84% deles disseram nunca terem feito um teste para detecção da hepatite. "O teste deveria ser solicitado por qualquer médico, mas não é o que acontece", diz Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, segundo ele, 85% dos municípios não têm centro de referência para o tratamento de hepatites virais e falta informação correta sobre a doença.

O sintoma mais citado, segundo a pesquisa, é a cor amarelada da pele e dos olhos (19%). Paraná explica que essa é uma visão equivocada das pessoas, já que nem sempre esse sintoma aparece em pacientes com hepatite C. Do total, 21% das pessoas associam a relação sexual como uma das principais formas de contágio da doença - outros fatores como transfusão de sangue, uso de seringa não descartável e instrumento de tatuagem ou piercing não esterelizado são mais importantes.

Em geral, a hepatite C não se manifesta de forma grave e a pessoa infectada não apresenta sintomas durante muitos anos. Sabe-se que é uma doença que evolui de forma lenta: em média, leva-se 20 anos para o aparecimento das consequências e a progressão é pior em pessoas obesas e dependentes de álcool. Cerca de 20% dos pacientes podem desenvolver cirrose e câncer de fígado. "É uma doença silenciosa que demora décadas para ser diagnosticada", diz Paraná. "Não devemos procurar por sintomas, a prevenção tem que ser feita a partir de rastreamento".