Radiação alfa tem sucesso contra câncer de próstata
Com informações da BBCAs partículas alfa são os brutamontes do mundo da radiação. [Imagem: Wikipedia/Inductiveload] |
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Imperativo ético
Um teste clínico de um novo tratamento contra o câncer teve que ser interrompido prematuramente porque seus resultados foram bons demais.
Os médicos do Royal Marsden Hospital, em Londres, afirmaram que não seria ético não oferecer o tratamento para todos os participantes do teste, todos eles sofrendo da mesma doença.
Durante os ensaios clínicos, uma parte dos pacientes recebe o tratamento que está sendo desenvolvido, enquanto outra parte recebe um placebo, para que os médicos possam se assegurar da eficácia do novo medicamento ou tratamento.
Neste caso, quando os médicos viram os resultados extremamente promissores, eles alegaram que seria antiético continuar "tratando" metade dos pacientes com placebo.
Radiação alfa
O novo tratamento é um radioterápico à base de radiação alfa.
Os pacientes que o receberam viveram mais tempo, tiveram menos dores e experimentaram menos efeitos colaterais do que os pacientes que receberam o tratamento normal contra câncer de próstata.
A radiação é um tratamento padrão contra tumores. Ela danifica o código genético das células cancerosas, o que leva à sua destruição.
As partículas alfa são os brutamontes do mundo da radiação. Elas têm a mesma estrutura dos núcleos de hélio, sendo muito maiores do que a radiação beta, uma corrente de elétrons, e do que as ondas gama.
Desta forma, enquanto são necessários milhares de "bombardeamentos" da célula com partículas beta, no máximo três partículas alfa fazem o mesmo trabalho.
Novas opções
Este é o segundo teste bem-sucedido com novas drogas contra o câncer de próstata que teve sucesso nos últimos dias.
Como no caso anterior, o novo tratamento à base de radiação alfa é voltado para pacientes com câncer avançado de próstata, que se espalha para os ossos, para os quais não há tratamentos atualmente disponíveis.
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