quarta-feira, 28 de setembro de 2011

20/09/2011 - No Brasil, 1.600 grávidas morrem por ano; 90% por causas evitáveis (Globo)

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(O Estado de S. Paulo/O Globo) Dados do Ministério da Saúde indicam que, anualmente, cerca de 1.600 mulheres morrem no período entre a gestação e seis semanas após o parto, por complicações decorrentes ou agravadas pelo estado reprodutivo; 90% dos óbitos são evitáveis, causados, por exemplo, por tratamento inadequado e negligência.

Segundo apontamentos feitos em 2007, são 75 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Essa taxa é alta, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a realidade é ainda mais dramática, já que a notificação das mortes, embora obrigatória, não é plenamente confiável.

Uma das causas apontadas é o alto índice de cesarianas realizadas no Brasil, em torno de 47%. Na saúde suplementar, o índice chega a 90%, enquanto no SUS é de 37%. O recomendado pela ONU é de, no máximo, 15%, pois a cesariana está mais associada a complicações que podem levar à morte.

Brasil longe da meta
A realidade encontra-se bastante distante da meta indicada pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordados com a Organização das Nações Unidas, de que em 2015 os números cheguem a 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Se o ritmo de queda da mortalidade materna continuar o mesmo de hoje, o Brasil só conseguirá atingir a meta pactuada após 2040, segundo estimativa de pesquisa da Universidade de Washington.

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