Sete em 10 mulheres descobrem câncer de ovário ‘tarde demais’
(R7, 08/05/2014) Histórico familiar e obesidade estão entre os fatores de risco para a doença
No Dia Mundial de Combate ao Câncer de Ovário, celebrado nesta
quinta-feira (8), levantamento recente do Icesp (Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo) aponta que 70% das mulheres com câncer de ovário
chegam ao hospital com a doença avançada, o que pode comprometer o
sucesso do tratamento.
Mensalmente, são realizados mais de 800 atendimentos no serviço de
ginecologia do instituto. Do total de pacientes, cerca de 20% têm entre
45 e 54 anos e 70% das mulheres estão acima dos 55 anos, período em que é
mais frequente o desenvolvimento do tumor.
Entre os fatores de risco para o câncer de ovário estão o histórico
familiar e a obesidade. Mulheres que fazem terapia de reposição hormonal
e tratamento para a fertilidade também estão mais propensas a
desenvolver a doença.
O tumor é considerado “silencioso”, e os poucos sintomas apresentados
costumam ser ignorados pela maioria das mulheres, uma vez que são
confundidos com desconfortos comuns como inchaço (aumento) do volume
abdominal, menstruação irregular e indigestão. Também podem ocorrer
dores abdominais e na região pélvica, perda do apetite e náuseas.
Estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer) apontam
aproximadamente 6.000 novos casos da doença para este ano no Brasil,
incidência relativamente baixa se comparada aos 60 mil novos casos de
tumor de mama.
Entretanto, o câncer de ovário é o tipo de tumor ginecológico com
maior índice de mortalidade, chegando a 50%. Por isso, é importante que
as mulheres estejam atentas a mudanças no corpo, bem como a incômodos e
dores constantes, reforça a coordenadora da oncologia clínica do Icesp,
Maria Del Pilar Estevez Diz.
— A visita anual ao ginecologista e a procura por médicos em casos de
alguma anormalidade podem ajudar a antecipar o diagnóstico, aumentando
as chances de sucesso do tratamento.
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