domingo, 14 de outubro de 2012

Pode ser evitado


Posted: 12 Oct 2012 06:25 AM PDT
Para presidente da Organização Mundial de AVC, problema pode ser evitado, tratado e manejado a longo prazo
 
A Organização Mundial de AVC (WSO) alerta que, no mundo, 15 milhões de pessoas têm AVC a cada ano, e, dessas, cerca de 6 milhões não sobrevivem. A afirmação é do presidente da WSO, Stephen Davis, na abertura do 8° Congresso Mundial de AVC, que ocorreu nesta quarta-feira(10). Segundo ele, esse problema " pode ser evitado, tratado e pode ser manejado a longo prazo" .
 
O acidente vascular cerebral decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro. Essa falta ou restrição no fornecimento de sangue pode provocar lesão ou morte celular e danos nas funções neurológicas. Além de provocar mortes, o AVC é a principal causa de incapacidade em adultos no mundo.
 
A WSO recomenda, para saber se uma pessoa está tendo AVC, primeiramente, pedir que a pessoa sorria e que se observe se o sorriso está torto. Em seguida, verificar se ela consegue levantar os dois braços. Outro passo é verificar se há alguma diferença na fala, se está arrastada ou enrolada. Caso seja identificado algum desses sinais, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde.
Campanha " 6 em 1" 
 
O Brasil participa da campanha mundial de combate ao AVC da WSO " 6 em 1" . O nome da campanha é uma alusão à estatística que aponta que a cada seis pessoas, uma terá AVC durante a vida.
 
Na abertura do Congresso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é fundamental reduzir o tempo entre a percepção dos sintomas e a aplicação dos medicamentos. " Uma parcela muito pequena que tem sintomas de AVC chega ao serviço especializado antes das quatro horas e meia, período chave para reduzir a mortalidade" , disse o ministro.
 
No evento, Padilha assinou a habilitação que cria dois Centros de Atendimento de Urgência - Tipo 3, voltados para pacientes com AVC, um em Fortaleza (CE) e outro em Porto Alegre (RS). Este terá dez leitos e aquele, 20 leitos.
 
Até 2014, o Ministério da Saúde deverá investir R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de AVC. Desse total, cerca de R$ 370 milhões serão utilizados para financiar leitos hospitalares e R$ 96 milhões serão aplicados na oferta de tratamento com uso de Alteplase (enzima que ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos).
 
Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2000 e 2010, a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) caiu 32% na faixa etária até os 70 anos, que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, a doença está entre as principais causas de morte e internação no país, segundo o próprio ministério, e, só em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária.
 
Fonte isaude.net

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