Posted: 12 Oct 2012 06:25 AM PDT
Para presidente da Organização Mundial de AVC, problema pode ser evitado, tratado e manejado a longo prazo
A Organização Mundial de AVC (WSO) alerta que, no mundo, 15 milhões de
pessoas têm AVC a cada ano, e, dessas, cerca de 6 milhões não
sobrevivem. A afirmação é do presidente da WSO, Stephen Davis, na
abertura do 8° Congresso Mundial de AVC, que ocorreu nesta
quarta-feira(10). Segundo ele, esse problema " pode ser evitado, tratado
e pode ser manejado a longo prazo" .
O acidente vascular cerebral decorre da insuficiência no fluxo sanguíneo
em uma determinada área do cérebro. Essa falta ou restrição no
fornecimento de sangue pode provocar lesão ou morte celular e danos nas
funções neurológicas. Além de provocar mortes, o AVC é a principal causa
de incapacidade em adultos no mundo.
A WSO recomenda, para saber se uma pessoa está tendo AVC, primeiramente,
pedir que a pessoa sorria e que se observe se o sorriso está torto. Em
seguida, verificar se ela consegue levantar os dois braços. Outro passo é
verificar se há alguma diferença na fala, se está arrastada ou
enrolada. Caso seja identificado algum desses sinais, deve-se procurar
imediatamente um serviço de saúde.
Campanha " 6 em 1"
O Brasil participa da campanha mundial de combate ao AVC da WSO " 6 em
1" . O nome da campanha é uma alusão à estatística que aponta que a cada
seis pessoas, uma terá AVC durante a vida.
Na abertura do Congresso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse
que é fundamental reduzir o tempo entre a percepção dos sintomas e a
aplicação dos medicamentos. " Uma parcela muito pequena que tem sintomas
de AVC chega ao serviço especializado antes das quatro horas e meia,
período chave para reduzir a mortalidade" , disse o ministro.
No evento, Padilha assinou a habilitação que cria dois Centros de
Atendimento de Urgência - Tipo 3, voltados para pacientes com AVC, um em
Fortaleza (CE) e outro em Porto Alegre (RS). Este terá dez leitos e
aquele, 20 leitos.
Até 2014, o Ministério da Saúde deverá investir R$ 437 milhões para
ampliar a assistência a vítimas de AVC. Desse total, cerca de R$ 370
milhões serão utilizados para financiar leitos hospitalares e R$ 96
milhões serão aplicados na oferta de tratamento com uso de Alteplase
(enzima que ajuda na dissolução de coágulos sanguíneos).
Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2000 e 2010, a
mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) caiu 32% na faixa
etária até os 70 anos, que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, a
doença está entre as principais causas de morte e internação no país,
segundo o próprio ministério, e, só em 2010, mais de 33 mil pessoas
morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária.
Fonte isaude.net
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