Posted: 27 Jan 2013 03:25 AM PST
A
doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é um dos problemas que mais
levam pacientes a consultórios médicos. Cerca de 45% da população
ocidental apresenta queixa de pelo menos um episódio de refluxo por mês,
segundo dados da National Digestive Diseases Information Clearinghouse
(EUA).
A patologia atinge cerca de 20% dos norte-americanos, estimativa também
similar à da Europa e Brasil. Para diagnosticar e tratar a DRGE, apenas a
endoscopia não basta, já existem exames muito mais completos, que
mensuram até o nível de acidez do refluxo.
A DRGE acontece quando o conteúdo do estômago extravasa de volta para o
esôfago, podendo atingir até a laringe. Os sintomas mais comuns são azia
persistente, queimação e dor no tórax. A longo prazo, é possível o
surgimento de complicações sérias, como sangramentos, úlceras e até o
aparecimento de câncer.
Problemas como asma, rouquidão, irritação na garganta, tosse crônica e
fibrose pulmonar também estão muitas vezes relacionados ao refluxo
gastroesofágico. A hérnia de hiato, que ocorre quando a parte alta do
estômago está acima do diafragma, pode contribuir para a DRGE.
Metade dos pacientes com doença do refluxo gastroesofágico apresenta
exame endoscópico normal. Entretanto, existem outros procedimentos que
permitem uma investigação mais detalhada e precisa.
No Laboratório de Motilidade e Fisiologia Digestiva, que começou a
funcionar recentemente, são realizados exames como manometria esofágica,
phmetria esofágica de 24 horas e impedanciophmetria esofágica de 24
horas, que possibilitam, por exemplo, diagnosticar e quantificar o
refluxo, medindo a acidez. Com uma avaliação mais completa em mãos, os
médicos têm a chance de propor um tratamento mais eficaz.
Segundo o cirurgião do aparelho digestivo e endoscopista, Márcio
Domingos Batista, pós-graduado em Doenças Funcionais e Manometria do
Aparelho Digestivo pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira
Albert Einstein (SP), que atende no laboratório, esses exames também são
importantes para evitar problemas antes e depois de cirurgias.
“Atualmente, é recomendado a todo paciente que será submetido a uma
cirurgia de hérnia hiatal tenha uma avaliação pela manometria esofágica
antes da cirurgia, a fim de prevenir complicações, como disfagia
(dificuldade de deglutição) no pós-operatório”, explica.
Tanto na realização da phmetria quanto da impendaciophmetria, um fino
cateter é passado pela narina do paciente, para medir a distância e o
funcionamento do esfíncter inferior do esôfago. Outro cateter é ligado a
um gravador que registra a ocorrência de refluxo. O paciente fica com o
aparelho por 24 horas, mas mantém suas atividades normais.
Fonte Corposaun
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