Prefeito de Muriaé tem salário maior do que o de BH e quase igual ao da Dilma
Publicação:
23 de abril de 2013
A falta de uma legislação
capaz de normatizar o salário dos prefeitos tem permitido grande
disparidade entre os subsídios recebidos pelos chefes do Executivo em
várias cidades mineiras.
Em levantamento realizado pela Tribuna de
Minas, na última semana, um dos casos que chama a atenção é o salário
pago pelo prefeito Aloysio Aquino (PSDB), de Muriaé. Enquanto ele recebe
R$ 25.744,56 para governar uma cidade de pouco mais de cem mil
habitantes, a presidente Dilma Rousseff ganha R$ 26.723,13 para comandar
o país inteiro. Uma diferença de apenas R$ 978. Se comparado ao
prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), o gestor de Muriaé
ganha R$ 2.314 a mais.
Vale lembrar que Belo Horizonte possui
uma população de mais de dois milhões de habitantes e um PIB superior a
R$ 50 bilhões, enquanto a cidade da Zona da Mata tem cem mil habitantes e
PIB de cerca de R$ 1 bilhão. O valor pago a Aloysio foi reajustado no
ano passado, quando ele então ocupava o cargo de vice-prefeito. O
reajuste de 20,3% foi proposto e aprovado pela Câmara através de projeto
de lei, que também estabeleceu o aumento de 38% para os vereadores. Os
percentuais passaram a valer a partir de 2013.
A relação entre o tamanho e a riqueza da
cidade parece não nortear o que é pago aos prefeitos. Em Juiz de Fora,
por exemplo, onde o PIB é de R$ 8,3 bilhões e a população de 516 mil
habitantes, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) recebe R$ 20.042,35. Já em
Uberlândia, com PIB duas vezes maior (18,3 bilhões) e população superior
(604.013), o prefeito Gilmar Machado (PT) ganha praticamente o mesmo
salário. O último reajuste do vencimento do prefeito de Juiz de Fora foi
autorizado em janeiro de 2012, pela Lei 12.462. O aumento, de 16%, foi
sancionado pelo então prefeito Custódio Mattos (PSDB) e passou a vigorar
em janeiro deste ano.
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