BEM-ESTAR: O colágeno em favor da beleza e da saúde
24/2/2012
O colágeno é a principal proteína estrutural encontrada na matriz extracelular e nos tecidos conectivos do corpo humano. Em média representa cerca de 30% do total das proteínas corporais.
Por fazer parte da composição corporal, o colágeno possui alta resistência à tração, uma vez que tem como característica principal a formação fibras insolúveis.
Há mais de 20 tipos diferentes de colágeno, porém os mais importantes são os tipos I, II, III, IV e V, os quais compõem a maior parte do colágeno dos músculos, ossos, tendões e pele.
- Tipo I: É o mais comum, aparece nos tendões, cartilagem, ossos e pele;
- Tipo II: Presente nos olhos e cartilagem;
- Tipo III: Presentes em fígado, pulmões e artérias;
- Tipo IV: Presente nos rins e diversos órgãos internos;
- Tipo V: Presente na superfície das células, cabelo e placenta.
O colágeno é formado por glicina, assim como de prolina e lisina (aminoácidos). No entanto, para que haja a síntese de colágeno é necessário o ascorbato, ferro e outros cofatores, como a glutamina e arginina (aminoácidos) junto a uma dieta balanceada.
Com o passar do tempo, o corpo pode sofrer algumas privações desta substância, principalmente perante a má alimentação atual, muitas vezes carente de nutrientes, fibras e água e abundante de gorduras saturadas, carboidratos refinados e sódio.
Durante os primeiros anos até a puberdade, essas deficiências não são visíveis e nem mostram suas evidências. A falta destes nutrientes e de colágeno vai se tornar mais visível e notável quando o homem entra na fase da maturidade, fase em que há uma possibilidade maior dele sofrer fraturas com frequência. Também é nessa etapa da vida que começam a aparecer as rugas, pois a pele não tem mais a mesma elasticidade de antes, isto ocorre também através da modificação na estrutura bioquímica do colágeno. O excesso à exposição dos raios solares também podem acelerar este processo.
Quando ocorre deficiência de colágeno no organismo pode ocorrer também problemas como: má formação óssea, rigidez muscular, problemas de crescimento, inflamação nos ligamentos (osteoartrite, artrose), doenças cutâneas, entre outros.
As mulheres são as que mais sofrem com a perda de colágeno, pois apresentam uma quantidade menor desta proteína no corpo, comparativamente aos homens. Além disso, a deficiência de estrogênio que ocorre no sexo feminino por volta dos 45-50 anos faz com que haja uma diminuição da quantidade de fibroblastos, células responsáveis pela produção do colágeno, que junto com outra proteína, a elastina, compõe a trama de sustentação da pele.
Toda essa mudança provoca a redução do fluxo de sangue pelos vasos e leva a uma menor capacidade de retenção de água pelas células, além de desacelerar a atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas, que produzem a oleosidade que protege a pele como um filtro natural. Sem a mesma irrigação e hidratação a pele fica seca, enrugada e flácida, quebradiça e fina e muito mais sensível a escoriações e aos efeitos da exposição solar. Pequenos cortes levarão tempo para cicatrizar e as manchas irão proliferar com rapidez.
O colágeno tipo II está presente nas articulações altamente hidratadas, sua composição é que possibilita alta resistência, elasticidade e compressibilidade da cartilagem articular, tecido que amortece e dissipa forças recebidas, reduzindo a fricção. Com o envelhecimento ou através de sobrecarga, estas estruturas também podem sofrer alterações e ter efeitos como diminuição da extensão e qualidade dos movimentos, ou seja, incapacidade funcional.
A partir deste momento, é interessante fazer uma análise para examinar o que está danificado ou gasto pelo tempo, para fazer mudanças que possibilitem que seu corpo siga em frente e continue a operar seus shows de transformações. Praticar exercícios físicos, reforçar a alimentação saudável, levar uma vida regrada e saudável, tem uma grande colaboração.
O colágeno, além de ser uma proteína muito estudada pelos pesquisadores, possui uma repercussão muito grande na mídia, só quanto a importância na área da estética e beleza, ou seja, para retardar o envelhecimento da pele, flacidez dos tecidos, rugas, porém, sua função vai ainda mais longe uma vez que tal proteína também pode ser encontrada na estrutura celular dos cabelos, unhas, músculos, tendões, articulações, cartilagens, ossos, os nervos, neurotransmissores, enzimas, sangue, linfa, anticorpos e hormônios e também na prevenção da artrite e artrose e inclusive auxiliando a refazer a impermeabilidade da parede do intestino ocasionada por processos inflamatórios (recupera a estrutura da parede intestinal).
Como deveria ser então uma dieta indutora de formação de colágeno?
Alguns alimentos ricos em fibras, vitaminas do complexo B, vitamina C, flavonoides, ácido fólico e silício além de proteínas, dos prebióticos e probióticos, podem auxiliar na formação do colágeno e também na reestruturação dos tecidos.
• Carnes, ovos, peixes:
Além de fontes de proteínas, são importantes fontes de vitaminas B6 e B12. Essas vitaminas estão envolvidas no metabolismo de carboidratos, lipídios, aminoácidos e de neurotransmissores bem como são precursoras de algumas enzimas. Também são importantes para a flora intestinal.
• Folhosos verde-escuros (brócolis, espinafre), feijão, ervilha, lentilhas, grãos, gema de ovo, fígado bovino e laranja:
São alimentos fontes de ácido fólico. Nutriente importante para síntese do RNA e DNA, fundamentais na replicação celular.
• Cerejas, uvas, soja:
Contêm flavonoides, potente antioxidante cuja função é neutralizar os radicais livres, já que esses radicais são responsáveis pelo envelhecimento celular. Além disso, estimulam a renovação celular.
• Aveia e leguminosas:
Ambos são alimentos fonte de silício, importante mineral, proveniente dos vegetais, cuja função é auxiliar na manutenção da rigidez celular importante para os músculos, tendões, articulações e cartilagens.
• Alimentos ricos em vitamina C:
Facilitam a síntese do colágeno, como acerola, laranja, abacaxi, limão, etc.
Suplementação de Colágeno
Nem sempre a alimentação pode ser suficiente para fornecer a quantidade ideal de colágeno que nosso organismo à partir 40 anos ou quando já houver alguns dos sinais citados acima ocasionados por sua deficiência.
É aí que entra a suplementação, sempre avaliada e orientada por um nutricionista ou médico.
Estudos conduzidos em renomadas instituições de pesquisa estão mostrando que o uso diário de colágeno extraído industrialmente dos ossos, peles e tendões de animais não tem contra-indicação e é capaz de estimular a produção do colágeno natural, que perdemos com o passar do tempo.
A reposição de colágeno alimentício está surgindo como uma nova ferramenta para tratamentos de osteoartrites e manutenção da estética e beleza. As pesquisas mostram que o colágeno hidrolisado em pó contém uma série de fragmentos de proteínas que quando ingeridos são parcialmente digeridos e absorvidos, fornecendo aminoácidos fundamentais para a manutenção de ossos e a reconstituição ou regeneração de algumas articulações.
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