segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Doença falciforme

24/08/2011 - Desinformação e desatenção à anemia falciforme são reflexo do racismo

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(Agência Senado) A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu a criação de um cadastro nacional que permita ações governamentais e acompanhamento médico mais adequados sobre a anemia falciforme, doença hereditária que atinge principalmente a população negra. O Ministério da Saúde estima que, a cada ano, nasçam cerca de três mil crianças com a doença no Brasil.

Participantes de audiência no Senado que tratou do tema afirmaram que a demora do governo em priorizar o enfrentamento da desinformação e omissão sobre essa doença nas últimas décadas é reflexo do "racismo institucional".

A médica Joice Aragão de Jesus, coordenadora da Política de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme do Ministério da Saúde, destacou que a enfermidade atinge uma parte da população que já é mais vulnerável, "mais pobre, que não tem acesso a uma série de serviços e com menor grau de escolaridade", como o demonstram dados do IBGE e da Secretaria de Vigilância em Saúde".

O Estado com maior incidência da doença é a Bahia, seguida de Rio de Janeiro, Pernambuco, Maranhão e Minas Gerais.

"É preciso uma campanha de conscientização para que as pessoas saibam que essa doença tem tratamento e que se pode conviver com ela", acrescentou a atriz Zezé Motta, que já foi superintendente da Secretaria da Igualdade Racial do Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o Ministério da Saúde, a letalidade para crianças com a doença, até os cinco anos de idade, é de 80% quando não há tratamento algum e de 1,8% quando há o tratamento. Para reduzir esses números e propiciar mais qualidade de vida para quem tem a enfermidade, a senadora Lídice da Mata defende a criação de um cadastro nacional, já que os dados sobre a doença no país ainda são precários.

Racismo institucional
Para Anhamona Silva de Brito, representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), da Presidência da República, o "racismo institucional" é uma das razões que explicam por que o governo demorou tanto a priorizar, em suas políticas públicas, uma doença que afeta parcela significativa da população.

Leia a notícia completa: Pouca atenção a anemia falciforme é reflexo de racismo (Agência Senado - 24/08/2011)

ENSP, publicada em 26/08/2011

O Ministério da Saúde (MS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e a representação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, lançaram a segunda edição do livro As Redes de Atenção à Saúde, de Eugênio Vilaça Mendes. A obra tem como objetivo contribuir para a ampliação do debate sobre o SUS, colocando essas questões centrais que se articulam em torno de uma proposta moderna de implantação das Redes de Atenção à Saúde (RASs).

A obra está estruturada em cinco capítulos: 'As situações das condições de saúde e os sistemas de atenção à saúde'; 'As Redes de Atenção à Saúde: revisão bibliográfica, fundamentos, conceito e elementos constitutivos'; 'Os modelos de atenção à saúde'; 'As mudanças na atenção à saúde e a gestão da clínica'; e 'Uma experiência bem-sucedida de Rede de Atenção à Saúde no SUS: o programa Mãe Curitibana (PMC)'. Faça o download do livro clicando aqui.







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