domingo, 4 de dezembro de 2011

Surto de sarampo

Surto de sarampo nos países europeus pode afetar o Brasil

Europa registrou 26 mil casos neste ano; campanhas de vacinação devem atingir adultos e adolescentes, já que 70% dos infectados têm mais de 10 anos

02 de dezembro de 2011 | 19h 37

Desde o início do ano a Europa registrou casos de sarampo em 36 países - 83% na Europa Ocidental, onde foram reportadas nove mortes e mais de sete mil internações, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, a alta circulação do vírus no continente também preocupa por estar associada a surtos em países de outras regiões, como Brasil, Canadá e Austrália.


A OMS assinalou que a propagação da doença tem graves consequências para a economia e para a saúde pública e pediu aos países europeus que previnam novos surtos em 2012 com campanhas de vacinação que atinjam adultos e adolescentes - sete em cada dez infectados têm mais de 10 anos.

Nesses grupos a doença tem se propagado com mais facilidade. Recomenda-se a vacinação dos nascidos após 1980 que não foram vacinados ou que ainda não tenham recebido os reforços recomendados.

A França é o país mais afetado, com seis das nove mortes provocadas pela doença. A OMS afirma que as medidas de prevenção devem ser tomadas rapidamente com a chegada da época típica para a transmissão da doença, que acontece entre fevereiro e maio.

O nível de contágio observado este ano na Europa só fica atrás do registrado no mesmo período na República Democrática do Congo (RDC), onde foram registrados 100 mil casos. No entanto, os casos europeus superam amplamente os 15 mil detectados na Nigéria e Somália.

Junto com os casos importados da Ásia, o surto europeu também é responsável pela maioria dos casos nos Estados Unidos, que registrou neste ano o maior número de doentes desde 1996.

Além da imunização dos grupos de risco, a OMS sugere que crianças pequenas que ficam em creches sejam vacinadas aos nove meses de idade, em vez de ao completarem um ano - como se recomenda atualmente.

A organização ressaltou que controlar a propagação da doença custa muito caro, lembrando o exemplo do caso de uma pessoa doente que viajou em 2008 da Suíça aos Estados Unidos e provou sete casos no Arizona. A situação afetou dois hospitais e as medidas de contenção tomadas custaram U$ 800 mil dólares - soma suficiente para comprar 2,5 milhões de doses de vacinas para países em desenvolvimento.

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