segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Inseticida x dengue

24/12/2011

Bioinseticida contra mosquito da dengue chega em 2012

Com informações da Agência Brasil

Bioinseticida

O Brasil contará com um importante aliado para combater a dengue no próximo ano: um bioinseticida desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Há poucos dias, a instituição emitiu um alerta contra o uso de inseticidas comuns no combate à dengue.

O novo bioinseticida é resultado de quase dez anos de pesquisas coordenadas pela cientista Elizabeth Sanches, que trabalha na Farmanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de medicamentos.

Comprimido contra mosquito da dengue

Criado a partir do Bacillus thuringiensis e do Bacillus sphaericus, ele será produzido na forma de comprimidos, para dissolução em caixas d'água, ou em apresentações maiores, para utilização em açudes e reservatórios.

"No caso da dengue domiciliar, é recomendável a utilização do comprimido hidrossolúvel. O produto tem duas ações concomitantes: paralisa os músculos da boca e do intestino da larva e causa infecção generalizada nela", explicou Elizabeth.

A pesquisadora garantiu que o bioinseticida não apresenta qualquer risco para o meio ambiente.

"Nós fizemos todos os testes referentes a impacto ambiental e toxicologia da formulação em animais de sangue quente, inclusive. Temos a segurança dos produtos que desenvolvemos, justamente por serem aplicados em ambientes domiciliares," afirmou.

Malária e elefantíase

A Farmanguinhos concluiu o treinamento dos funcionários da empresa BR3, vencedora da licitação e que poderá iniciar a produção dentro de alguns meses, segundo Elizabeth.

"A empresa acabou de ser treinada e está bem adiantada na implantação do projeto. Eu penso que no meio do ano que vem nós já tenhamos produtos dessa parceria tecnológica".

Além do produto contra a dengue, a Farmanguinhos licenciou mais dois bioinseticidas: contra a malária e contra a elefantíase.

A pesquisadora disse que produtos com ações semelhantes já são utilizados em outros países, como a China, mas não podem ser simplesmente importados para aplicação no Brasil:

"O produto tem que ser desenvolvido com especificidade para o local de aplicação. Justamente para podermos ajustar a formulação para aquele ambiente," explicou.

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