sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Inclusão da saúde

Escritório da Fiocruz na Rio+20 trabalha pela inclusão da saúde

ENSP, publicada em 24/02/2012

Marina Lemle*

A saúde já tem espaço garantido tanto na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) quanto na Cúpula dos Povos, que ocorrerão de 20 a 22 de junho, respectivamente na Barra da Tijuca e no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. O tema está na pauta dos eventos graças às articulações internacionais conduzidas pelo Escritório Fiocruz na Rio+20 - uma cooperação entre o Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) e a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), apoiada pela Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), pelo Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags) e pelo Ministério da Saúde.

O Escritório Fiocruz na Rio+20 foi criado para dar apoio às atividades da Fiocruz na Conferência e na Cúpula dos Povos e para elaborar documentos que expressem o posicionamento da Fundação. Um documento, em fase de elaboração, será disponibilizado para consulta pública em março e lançado em maio, durante um grande seminário preparatório para a Rio+20. O documento contou com contribuições de pesquisadores e de representantes de movimentos sociais de todo o Brasil, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e do Ministério da Saúde, que participaram de um debate sobre saúde, ambiente e sustentabilidade promovido pelo Escritório no Fórum Social Temático, em Porto Alegre, em 26 de janeiro.

O escritório também colaborou com o Ministério da Saúde no desenvolvimento de um documento sobre a importância da inserção da pauta da saúde nas discussões da Rio+20, enviado às Nações Unidas. O texto sugere cinco parágrafos a serem incluídos no 'esboço zero', como é chamada a primeira versão do documento oficial da ONU que será discutido na Rio+20.

A carta brasileira defende que a saúde é fundamental para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza e enfatiza que a saúde humana é determinada por condições sociais, econômicas e ambientais - os chamados 'determinantes sociais da saúde'. "Ao se promover o desenvolvimento sustentável, o crescimento econômico não pode se dar às custas da saúde", afirma o texto do Ministério da Saúde.

Além de torcer para que haja uma grande participação dos países na Rio+20, o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Valcler Rangel, diz ter a expectativa de uma grande interação entre o setor acadêmico e movimentos sociais e ativistas ambientais para a efetivação da agenda de saúde e ambiente, seguindo as diretrizes da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, realizada em 2010. Ele também espera que a participação na Rio+20 ajude a Fiocruz a consolidar a sua área de saúde e ambiente.

Depois da conferência, o Escritório se concentrará principalmente sobre publicações que divulguem os resultados atingidos e as decisões tomadas. As atividades do Escritório serão divulgadas num site intitulado Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Sustentável, a ser lançado em março, e que está sendo desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz).

*jornalista da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz)


Fonte: Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz)

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