Posted: 16 Mar 2013 04:21 AM PDT
A produção do medicamento no país será possível por meio de uma parceria de Farmanguinhos com a empresa da Alemanha, que transferirá tecnologia para o laboratório público brasileiro |
A produção do medicamento no país será possível por meio de uma parceria de
Farmanguinhos com a empresa da Alemanha, que transferirá tecnologia para o
laboratório público brasileiro. A parceria ainda vai contar com o auxílio de um
laboratório privado do Brasil, que será responsável por produzir o insumo ativo,
ou seja, a matéria-prima do remédio.
Farmanguinhos ficará responsável pela transformação do princípio ativo em
comprimidos. Daqui a três anos, o Brasil produzirá metade da demanda do
medicamento. Em 2018, Farmanguinhos e o laboratório privado poderão atender
integralmente a demanda do SUS, não sendo mais necessário importar o
remédio.
Segundo o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, em cinco anos, a
parceria permitirá uma economia de R$ 90 milhões ao SUS. “No futuro, com a
redução do custo, o Ministério [da Saúde] poderá ampliar o acesso [da população
a medicamentos], aumentando a oferta desse próprio medicamento ou utilizando o
recurso economizado para incluir novos medicamentos na lista e ofertá-los à
população”, disse.
De acordo com Farmanguinhos, cerca de 20 mil pacientes são tratados com o
dicloridrato de pramipexol, mas estima-se que 200 mil pessoas sofram de
Parkinson no país. “Hoje há uma oferta por meio das secretarias estaduais.
Provavelmente, pela limitação de recursos dos estados, devemos ter uma demanda
não atendida nesse momento. Na medida em que isso se torna um produto mais
barato e mais econômico, pode-se ampliar a oferta para os que não estão sendo
atendidos hoje.”
Além da economia, a produção nacional do medicamento também é importante,
segundo Hayne, para fortalecer a indústria farmacêutica nacional, que hoje
importa 80% dos insumos ativos usados em seus medicamentos, e reduzir a
dependência do Brasil em relação à importação desses produtos.
Fonte Agência Brasil
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