Alimentação Viva: Terrapia dissemina práticas saudáveis
Publicada emO Terrapia é um projeto do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria e contribui para a promoção da saúde desenvolvida pelo centro. Por meio de práticas cotidianas – desenvolvidas em uma grande horta no campus Fiocruz –, o projeto desenvolve um modo de olhar o próprio corpo como ecossistema e meio de participação na preservação ambiental Seu propósito é desenvolver habilidades práticas com o alimento vivo, estimular reflexões teóricas sobre o meio ambiente interno e externo, além de fomentar práticas naturais de cuidados com a saúde e a natureza. Os seminários são encontros semanais, gratuitos e abertos ao público, realizados na horta do Terrapia, localizada no campus Manguinhos.
Com duração de seis meses – dois por ano, de março a julho / de agosto a dezembro –, a atividade conta sempre com palestras, muitas vezes ministradas pela idealizadora do projeto, Maria Luiza Branco, que ensinam a germinar sementes, preparar suco de clorofila, compartilhar práticas de compostagem doméstica e cuidados com o meio ambiente, e práticas naturais de autocuidado, além de preparações culinárias para o almoço e degustação de todas as receitas feitas em grupo. Segundo Cynthia Brant, atual diretora do Terrapia, devido ao espaço, o número de vagas para os seminários é limitado. Os interessados em participar devem procurar a horta ou fazer contato via e-mail. As inscrições serão realizadas no local, no primeiro dia de atividades do seminário.
Com relação a novidades para 2013, Cynthia destacou que toda atividade no Terrapia, sendo ela de qualquer cunho, é construída em conjunto, baseada nas experiências que pretendem ser compartilhadas. “O Terrapia é um projeto social em permanente construção, mantido e orientado com a participação solidária dos frequentadores, constituindo-se num espaço de referência na Alimentação Viva, que tem por objetivo a difusão dos princípios e hábitos de vida ecológica”, explicou ela. O Curso de Formação de Educadores também foi apontado pela diretora como um grande projeto para 2013.
De acordo com ela, o curso forma cerca de dez novos chefs e educadores a cada semestre. “Para o semestre que se inicia, nossa ideia foi ampliar para duas vezes por semana o número de aulas. Além disso, estamos mobilizando a população para participar dos mutirões da horta, que acontecem às terças, a partir das 8 horas, em nosso espaço. Com o crescimento e busca por hábitos saudáveis de vida, o Terrapia tem conquistado cada vez mais adeptos, atualmente nossa equipe conta com dez educadores em formação, um horticultor, um educadora-secretária, trinta educadores-voluntários – que doam seu tempo para repassar o que aprenderam no Terrapia para os novos que chegam – e aproximadamente 150 pessoas que frequentam as atividades de oficinas e seminários a cada semana.”
Para Cynthia, o Terrapia tem papel fundamental no aumento do número de pessoas que aderiram à alimentação viva, e muitos são os aspectos que contribuem para isso, começando pelo próprio espaço no qual são desenvolvidas as atividades do Terrapia, que conta com uma infraestrutura ideal. Outro aspecto apontado por ela como positivo é a divulgação realizada tanto pelos veículos de comunicação internos da Fiocruz quanto pelo famoso “boca a boca”. “Por esses meios, conseguimos chegar a um público realmente interessado na alimentação viva e na melhora da qualidade, que inclui servidores da Fiocruz, moradores das comunidades ao redor do campus e pessoas de muitos bairros do Rio de Janeiro e até de outros estados brasileiros.”
No ano de 2012, o Terrapia contou com 2.400 participantes em seus seminários de alimentação viva e mais de 3.250 nos eventos que promoveu. As Oficinas de Alimentação Viva contaram com cerca de 200 pessoas e mais de 50 voluntários nos mutirões de horta. O grupo de apoio contou com 60 participantes e foram formados 20 chefs e educadores. Ao todo, foram realizadas 43 oficinas de suco; 30 seminários de alimentação viva; 43 oficinas de alimentação viva; 13 mutirões de horta; 20 grupos de apoio; 29 eventos e 62 aulas do curso de Formação de Educadores.
As atividades da Associação Terrapia
A Associação Terrapia, formada pelos próprios usuários, dirige as atividades do projeto. As atividades são gratuitas, porém participativas. Sempre em grupo, semanalmente são oferecidas: orientação na produção doméstica de sementes germinadas e brotos; atividades para o desenvolvimento de habilidades da Culinária Viva, sem uso do fogão ou geladeira, incluindo as folhas não cultivadas comestíveis identificadas na horta; contribuições ambientais na vida cotidiana doméstica (compostagem dos resíduos, escolha de materiais de higiene, de utensílios e de uso pessoal); conversas sobre práticas naturais de cuidados com o corpo; e apoio virtual no site e blog do projeto.
Programação semanal:
Segundas-feiras (9h30 às 11h) - O usuário pode conhecer o projeto e preparar junto com o grupo o suco de clorofila. Depois, escolherá uma forma de participação semanal. Os interessados em participar devem levar duas maçãs e algumas folhas verdes.
Terças-feiras (a partir das 8h) - Mutirão de horta. Os interessados em participar devem levar duas maças e uma xícara de sementes germinadas para o suco da manhã e mais uma porção de sementes germinadas, legumes e verduras para o almoço.
Quintas-feiras (8 às 14h) - Seminários de alimentação viva na promoção da saúde e ambiente. Período de realização: março a junho e de agosto a dezembro de 2013. Inscrições no primeiro dia de aula e vagas limitadas.
Sextas-feiras (9 às 13h) - Oficina de alimentação viva na promoção da saúde e ambiente. Os interessados em participar devem levar duas xícaras de sementes germinadas (suco e almoço), duas maçãs, folhas para o suco e legumes frescos para o almoço.
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