segunda-feira, 4 de março de 2013

Comunicar nem sempre é fácil


A arte da comunicação interpessoal

Eu falo. Você ouve. Mas não nos entendemos.


Nunca se falou tanto em comunicação organizacional e interpessoal. Até parece que somente nos últimos tempos as pessoas e as organizações descobriram que esse processo aparentemente muito simples, mas de complexo mecanismo, tem sido o causador de inúmeros transtornos uma vez que ouvir ativa e empaticamente exige performance elaborada.



Quando pequenos fomos treinados a andar, a falar, a ler e a escrever. Ouvir cuidadosamente, jamais. Muito além das palavras existe um vasto elenco de códigos e símbolos que traduzem o que está sendo falado, o que ser quer dizer ou o que a pessoa está sentido. Conhecida como linguagem não-verbal ou não-escrita, muitas mensagens são transmitidas por um corpo que sente e que fala por meio do sorriso da alegria, do olhar que desaprova, dos dedos em V de vitória, do silêncio do respeito, por exemplo. As faces rubras, a gagueira e o tremor das mãos compõem manifestações físicas sinalizando estados de irritação, de insegurança, de medo ou de cansaço.


A arte da comunicação exige técnica, percepção apurada e sensibilidade e isso ainda é problema para muita gente e empresas. Geralmente, os "ruídos de comunicação" surgem a partir da não identificação ou descumprimento de regras essenciais. Quem não se deparou com a sensação de desconforto após ter emitido uma mensagem e o resultado ter sido desastroso? O emissor tem a certeza de ter atingido o seu objetivo, o que nem sempre é verdadeiro.


A comunicação só se processa, de fato, quando o receptor compreende exatamente o que lhe foi transmitido e para que isso aconteça muitos fatores estão envolvidos ainda que muitas pessoas não percebam. Não importa com quem se fala ou que se fala

. Elementos como clareza, objetividade, vocabulário, dicção, local, além dos aspectos emocionais e psicológicos do emissor e do receptor são fatores determinantes para o alcance da compreensão necessária. 

 A ausência ou o comprometimento de um destes elementos podem contribuir para o recrudescimento dos conflitos. Nos ambientes corporativos, como ferramenta estratégica e na geração de valor da imagem, a aplicação de algumas regras auxilia na construção de relações harmônicas assegurando confiança, 
credibilidade e segurança.




Por isso vale a atenção para alguns cuidados:
- Discipline a audição. Aprenda a ouvir o outro.
- Evite avaliações precipitadas e preconceituosas sobre quem está falando e o que está sendo falado.
- Respeite as diferenças. Saiba conviver com as diversidades.
- Fale com clareza, com objetividade, o necessário.
- Fale com naturalidade, sem artifícios.
- Use vocábulos de fácil compreensão. Gírias nem pensar.
- Tenha domínio sobre o que está falando.
- Certifique-se que o receptor entendeu a informação transmitida.
- Cuide da expressão corporal. Ela sinaliza muito o quê e a intenção daquilo está sendo falado.

Cuidar do falar é mais do que necessário e cultivar uma boa audição é imprescindível na convivência cotidiana.

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