segunda-feira, 4 de março de 2013

Alerta!


Crianças de 1 a 4 anos são principais vítimas de intoxicação por medicamentos, alerta médico

Publicado em março 4, 2013 por

medicamentos

A curiosidade infantil e o apelo visual dos medicamentos coloridos em cápsulas, comprimidos ou líquidos acondicionados em frascos são um perigo à saúde das crianças, principalmente, na faixa etária de 1 a 4 anos. O alerta é do médico e toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Ele observou que cada vez mais os adultos recorrem a medicamentos para transtornos psíquicos como os antidepressivos, os calmantes, os estimulantes, os ansiolíticos e as drogas para dormir. Segundo o médico, não são raros os casos de crianças que, atraídas pela cor ou pelo cheiro, pegam esses remédios em gavetas e armários e acabam tomando-os.
Segundo o médico, nem sempre ingerir inadequadamente esses medicamentos leva a uma intoxicação. Ele diz que os responsáveis pela criança devem agir com calma e buscar orientação. Também alerta que beber água ou leite após o uso indevido de algum medicamento pode até comprometer mais a saúde. Tomar água, por exemplo, potencializa o efeito do remédio, porque o composto químico irá percorrer a corrente sanguínea mais depressa. Se for leite, há risco de uma reação, lembra o especialista. Outro procedimento a ser evitado é provocar o vômito.
Uma pesquisa feita pelo Ceatox indicou que, no primeiro semestre do ano passado, ocorreram 600 casos de intoxicação, dos quais a maioria das vítimas (25%) era criança de 1 a 4 anos. A faixa de 5 a 9 anos representou 8% dos casos.
Os adultos somaram 11% dos atendimentos, prevalecendo os que tinham entre 30 e 39 anos. Mais da metade (60%), incluindo todas as faixas etárias, são do sexo feminino.
O Ceatox oferece atendimento para os primeiros socorros por telefone. Médicos, enfermeiros e farmacêuticos estão à disposição 24 horas por dia. Para falar com eles, os interessados podem ligar para número 0800 0148110.

Edição: Juliana Andrade
Reportagem de Marli Moreira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 04/03/2013

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