quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mamografia móvel vai beneficiar população de Juiz de Fora

Publicação: 6 de outubro de 2011

Em 2010, aproximadamente 10 mil mulheres realizaram o exame na cidade, mas a expectativa é que esse número aumente

Para fortalecer as ações de controle do câncer de mama, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) lançou, nessa quarta-feira (05), um conjunto de ações que até 2014 vão impactar na redução da mortalidade em mulheres de 45 a 69 anos. Uma delas é o caminhão com mamógrafo, que vai disponibilizar o exame em 11 cidades do Estado, entre elas Juiz de Fora.

No município foram realizadas, em 2010, 9.972 mamografias. Este ano, o número até o momento é de 5.049. Segundo o coordenador estadual do Programa Viva Mulher, Sérgio Bicalho, “nos últimos meses do ano, a procura pelo exame aumenta”, mas mesmo assim a SES pretende ultrapassar a média de mamografias realizadas, estimulando o exame por rastreamento e aumentando o acesso das mineiras à mamografia, normalmente realizada em mulheres acima de 45 anos sem sintomas aparentes.

O mamógrafo móvel foi criado em Minas em comemoração ao Outubro Rosa, movimento internacional que busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do acesso ao tratamento em todo o mundo. O caminhão estará em Juiz de Fora nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, e realizará 50 mamografias/dia. Além da cidade, também serão beneficiadas Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Montes Claros, Patos de Minas, Uberlândia, Uberaba, Divinópolis e Varginha.

Demais ações

As demais ações serão implantadas de forma gradativa. Na primeira etapa, até 2012, será feita a otimização do uso da rede de mamógrafos no Estado (instalados nos 24 Centros Viva Vida de Referência Secundária – CVVRS – e em outros 260 locais credenciados). Para isso, será instalado nos Centros o serviço de emissão de laudos de mamografia à distância. Nessa etapa, serão envolvidas, além dos Centros, as Unidades Básicas de Saúde.

A segunda etapa do projeto, que começa agora e vai até 2013, busca ampliar a oferta dos procedimentos de confirmação diagnóstica do câncer de mama e que são complementares à mamografia. São eles: a ultrassonografia mamária e as punções (aspirativas com agulha fina ou com a Core Biopsy). Esse processo vai começar a envolver os hospitais de referência, que são o foco da terceira etapa, que começa em 2012 e estima-se ser concluída em 2014. Serão investidos R$ 12 milhões/ano.

Esse projeto é um recorte do Programa Viva Vida, que, além da meta de redução da mortalidade infantil e materna em Minas Gerais, trabalha pela saúde integral das mulheres de Minas. “A nossa novidade é permitir o acesso imediato ao agendamento do exame sem a necessidade de marcar uma consulta prévia com um médico. E aquelas pacientes que tiverem o resultado alterado já terão garantido o agendamento para os exames subseqüentes”, lembra Sérgio.

Incidência

Dados do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer da Secretaria de Estado de Saúde apontam que, em 2010, aproximadamente 342 mil mulheres realizaram o exame em todo Estado. Já de janeiro a setembro deste ano, 196.020 mulheres realizaram a mamografia na faixa etária de 45 a 69 anos. Na Zona da Mata foram realizadas, em 2010, 40.828 mamografias. Este ano, até o momento, foram 21.461 exames.

Sérgio Bicalho destaca a importância do rastreamento, que será feito de forma organizada e na quantidade necessária. “Um dos principais motivos do incentivo à campanha e ao rastreamento é justamente o financiamento ilimitado para o exame. O momento é único para se realizar o rastreamento e, como sabemos, a única forma de se prevenir o câncer é através da mamografia”, ressalta.

Taxas elevadas

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Em Minas, dados parciais do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer da SES apontam que, em 2007, a mortalidade por 100 mil mulheres foi de 981. Já em 2008, o número de óbitos passou para 1.076 e, em 2009, foi de 1.071.

Por Divulgação

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