quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Publicada em 25/10/2011

Profissionais qualificados na lógica das redes

SGTES promove seminário para fomentar a pós-graduações, especializações pós-técnicas e qualificações voltadas para áreas como urgência e emergência, saúde materno-infantil, saúde mental e prevenção e tratamento de doenças crônicas não-transmissíveis


Profissionais formados para atuar de forma articulada na promoção, prevenção e atenção à saúde. Esse é o próximo estágio na implantação das Redes Temáticas de Atenção à Saúde, que estão sendo estruturadas em conjunto por Ministério da Saúde e conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) desde o começo do ano. Para apresentar o projeto e dar início à fase de preparação dos cursos, a Coordenação de Ações Técnicas em Educação na Saúde do Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Deges/SGTES) promoveu, entre os dias 18 e 19 de outubro, em Brasília, um seminário, envolvendo Escolas Técnicas do SUS (ETSUS), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Estadual de São Paulo (USP).

Com foco na atenção às urgências e emergências; saúde materno-infantil; saúde mental (com ênfase da dependência de crack e outras drogas); e tratamento de doenças crônicas não-transmissíveis – o início da formação de trabalhadores será a oferta de cursos de pós-graduação lato sensu para enfermeiros nestas quatro áreas.

“A meta é formar 1,2 mil enfermeiros. Após a formação, eles serão docentes de cursos de especialização pós-técnica para técnicos em enfermagem e aperfeiçoamentos voltados para os agentes comunitários de saúde”, explicou Clarice Ferraz, coordenadora geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde do Deges.

Ainda de acordo com Clarice, a pós-graduação terá início em agosto do próximo ano. A expectativa é que tenha 360 horas e seja um curso semipresencial, com polos distribuídos pelas cinco regiões do país.

Oito representantes das 36 ETSUS foram escolhidos para participar dos grupos de trabalho, também formados por docentes das universidades, que discutirão as competências, metodologia e composição da estrutura curricular da pós-graduação. Foram priorizadas as instituições que já tinham aproximação com as linhas de cuidado prioritárias.

Os grupos têm até março do próximo ano para elaborar a proposta das pós-graduações, quando começa o processo de organização pedagógica do curso. No mesmo período, os grupos de trabalho começam a discutir a estruturação das especializações pós-técnicas e aperfeiçoamentos.

“A partir de março, esse grupo vai precisar se desdobrar trabalhando na organização pedagógica para os enfermeiros e também as diretrizes curriculares para os cursos pós-técnicos. Neste momento, o trabalho vai ser muito próximo com as escolas técnicas”, afirma Clarice, destacando: “As Escolas Técnicas do SUS têm uma experiência muito importante de vivência da integração entre o ensino e os serviços, por isso, é importante que estejam representadas para colaborarem em todos os grupos”.

A Escola Técnica do SUS de São Paulo e a Escola de Formação Profissional Enfermeira Sanitarista Francisca Saavedra (ETSUS Amazonas) foram escaladas para o grupo de trabalho que tratará da formação na área de urgência. Já a Escola de Formação em Saúde de Santa Catarina (EFOS) e o Centro de Educação Profissional e Tecnológica da Universidade Estadual de Montes Claros (ETSUS Unimontes), participaram das discussões no âmbito da saúde mental.

O grupo de trabalho em saúde materno-infantil contará com a representação da Escola Técnica do SUS Dr. Manuel Ayres (ETSUS Pará) e da Escola de Formação Técnica em Saúde Prof. Jorge Novis (EFTS), da Bahia, enquanto que Escola de Saúde Pública do Estado do Mato Grosso (ESP-MT) e Escola Técnica do Sistema Único de Saúde Blumenau participarão da preparação da formação de especialistas em doenças crônicas não-transmissíveis.


Por Jéssica Santos (Secretaria Executiva de Comunicação da RET-SUS)

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