Equipes do Programa Saúde da Família serão avaliadas a partir de abril
A partir de abril, cerca de 18 mil equipes do Programa Saúde da Família do Ministério da Saúde serão avaliadas para medir os seus resultados junto à população. Nesta quarta-feira (21), alguns deputados fizeram críticas ao programa durante audiência pública com o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. O "Saúde da Família" tem hoje mais de 32 mil equipes pelo País e cada uma é responsável por 700 a mil famílias. A ideia é atuar na prevenção a doenças, evitando a lotação dos hospitais.
Helvécio explicou que o programa necessita de uma avaliação de seus resultados até para que o Brasil possa mostrar como o Sistema Único de Saúde (SUS) funciona em fóruns internacionais. "O mundo todo está acompanhando a experiência brasileira, vamos ter um seminário internacional de atenção básica no Rio de Janeiro, estamos pautando isso com os Brics (além do Brasil, China, Índia, África do Sul e Rússia). Porque sistema universal e atenção básica é uma preocupação mundial hoje até pelos custos crescentes”, disse o secretário. “Esses países estão nos procurando para debater isso a partir da experiência brasileira. Então é muito importante a gente ter essa segurança da avaliação", acrescentou.
Helvécio Magalhães disse ainda que a população será entrevistada e que os bons resultados serão premiados com mais recursos.
Falhas
O deputado Vitor Penido (DEM-MG) afirma que o programa tem algumas falhas como a falta de médicos generalistas. Segundo ele, o médico especializado acaba tendo que repassar o paciente para outro colega. Além disso, existem profissionais ganhando salários mais altos que a média e com uma carga horária reduzida.
Vitor Penido explicou que, como prefeito de Nova Lima, município da grande Belo Horizonte, investiu em outro sistema. "O resultado era bastante diferente onde eu tinha os postos de saúde com pediatra, com clínico, com ginecologista-obstetra. Me custava praticamente o mesmo valor da contratação de um generalista que não é generalista. E atendendo não 10 ou 12 consultas diárias; mas, em média, 30 consultas por dia", exemplificou.
Já o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) criticou outro programa federal de atenção básica que, segundo ele, não vai funcionar. É o "Consultório de Rua", que tem o objetivo de atender moradores de rua com problemas relacionados a drogas, por exemplo. Para ele, o médico deve ficar na retaguarda, esperando os pacientes que forem encaminhados por outros profissionais encarregados de convencer os moradores de rua a se tratar.
Edição- Mariana Monteiro
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