Posted: 27 May 2013 05:14 AM PDT
Foto: Washington University School of Medicine Kurt Curtis prepara um novo teste de diagnóstico para a filariose linfática |
Pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA,
desenvolveram um novo teste de diagnóstico para a elefantíase, que pode
causar alargamento grave ou deformidades nas pernas e regiões genitais.
O novo exame é muito mais sensível do que o usado atualmente, de acordo
com resultados de um estudo de campo realizado na Libéria, África
Ocidental, onde a infecção é endêmica. Segundo os pesquisadores, o novo
teste encontrou evidências da infecção, filariose linfática, em muito
mais pessoas que o teste padrão.
A infecção afeta 120 milhões de pessoas que vivem em 73 países, deixando
cerca de 40 milhões profundamente desfigurados e incapacitados.
Ambos os testes detectam a presença de vermes que causam a filariose
linfática, uma doença transmitida por mosquitos, também conhecida como
elefantíase. No entanto, o novo teste tem vantagens significativas sobre
o teste que tem sido usado por mais de uma década, não só para
diagnosticar a doença, mas para mapear, monitorar e avaliar o sucesso de
um programa maciço de saúde pública mundial que visa eliminar
completamente a doença até 2020.
Os resultados foram publicados no The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.
"O teste mais antigo teve um grande impacto, mas o novo é ainda melhor.
Anualmente, a medicação para tratar e prevenir a infecção é distribuída
para mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo. A maior
sensibilidade do novo teste vai ajudar a determinar se o programa de
tratamento em massa tem sido eficaz e também identificar as regiões que
necessitam de mais atenção", afirma o autor da pesquisa Gary J. Weil.
A equipe destaca que o novo teste também tem uma vida útil mais longa,
estimada em dois anos sem refrigeração, em comparação com três meses
para a versão antiga.
Weil e seus colegas trabalharam com pesquisadores do Liberian Institute
for Medical Research para realizar uma comparação lado a lado dentre o
teste novo e o usado como padrão nos dias de hoje. Eles avaliaram os
testes em 503 pessoas com faixa etária entre 6 e 89 anos.
As duas versões do teste detectam a presença no sangue de uma proteína
produzida pelo verme parasita Wuchereria bancrofti, que provoca
filariose. O novo teste é realizado através da punção do dedo e
colocando sangue de uma pessoa sobre a tira de teste, que é semelhante a
um teste de gravidez.
Os resultados do estudo mostram que o novo teste é altamente sensível,
detectando cerca de 26% mais infecções de filariose linfática do que o
teste. O novo teste foi também mais fácil de executar e os resultados
foram mais fáceis de serem interpretados.
"Isso nos dá uma indicação do número de infecções que faltavam com o
teste mais velho. Em uma escala global, é um grande número de casos.
Precisamos ter um teste exato para ter a certeza que estamos atingindo
todas as pessoas que têm a doença ou estão em risco de desenvolvê-la",
conclui Weil.
Fonte isaude.net
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