domingo, 9 de outubro de 2011
Cuidado: Mancha branca na boca por mais de quinze dias pode não ser uma afta
Esse é apenas um dos sinais que pode caracterizar o Câncer de Boca. Torna-se fundamental, portanto, que os recursos e esforços sejam direcionados para a prevenção, controle e tratamento desta doença. No dia 14 de outubro, será lançada a segunda etapa da Campanha Nacional do Autoexame Contra o Câncer de Boca, com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Rio de Janeiro.
O número de casos de Câncer de Boca vem crescendo nos últimos dez anos. É uma doença agressiva que, quando no seu estado avançado, tira o paciente do convívio social e o deixa sem autoestima. Em mais da metade dos casos, o paciente morre, porque 80% das pessoas são diagnosticadas em estágio avançado.
Atualmente, este é o quinto tipo mais comum de câncer entre os homens. Segundo o INCA – Instituto Nacional do Câncer, os dados de 2010 revelam 14.120 novos casos, dos quais 10.330 são homens e 3.790 mulheres. Nos homens, a incidência é maior porque eles são a maioria quando o assunto é beber e fumar. Mas, com a mudança de hábitos femininos, a doença também começa a crescer 30% ao ano. Hoje, é o sétimo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, enquanto que em 2007 era o oitavo.
Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são ações simples que podem ser evitar essas situações drásticas. Em 2005, quando foi lançada a Campanha Nacional do Autoexame Contra o Câncer de Boca, “Sorria para si mesmo”, os resultados foram positivos: houve maior conscientização e conhecimento da população, dos profissionais e das autoridades sobre a doença, além do acesso didático ao passo a passo de como pode ser realizado os cinco passos do autoexame. Esta é a única forma de evitar um diagnóstico irreversível.
Agora, o lançamento da segunda etapa da campanha, no dia 14 de outubro, no Rio de Janeiro, com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a população será informada das próximas ações como, por exemplo, a possibilidade do paciente ser atendido por equipes multidisciplinares pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que já possui suporte tecnológico e o apoio de profissionais preparados, o que pode possibilitar um resultado excelente para a interação e reintegração social do paciente.
Dado à gravidade do problema, muitos artistas aderiram à campanha, para gerar maior visibilidade e poder de convencimento à população. São eles: Caroline Bittencourt, madrinha da campanha, Daniel, Regina Duarte, Maria Fernanda Cândido, Ronnie Von, Angélica, Giovanna Antonelli, Claudia Leite, Marco Nanini, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Sérgio Reis, Toquinho, Chitãozinho & Xororó, Guilherme Santiago, Dalton Vigh, Bárbara Paz, Etty Fraser, Ana Maria Braga, Amaury Junior, Jardis Volpe, Ione Borges, Claudete Troiano, Gilberto Barros, Almir Satter, Renato Teixeira, Dudu Braga e Doutores do Riso.
“Este é apenas o começo de muitas ações que virão daqui para frente e que já estão sendo planejadas em conjunto com o coordenador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, para dar continuidade à prevenção do câncer de boca e conseqüente redução de suas perversas estatísticas”, comenta o Presidente do Instituto Conexão Saúde, Dr. Rodolfo Candia Alba Junior.
Dados Brasileiros
• Estimativa de novos casos (2010): 14.120, sendo 10.330 homens e 3.790 mulheres
• Número de mortes (2008): 6.214, sendo 4.898 homens e 1.316 mulheres
• Em 2005 houve 13.470 casos (10.060 entre os homens e 3.410 entre as mulheres)
• Em 2007 foram 6.064 casos, dos quais 4.814 homens e 1.250 mulheres.
• De 2005 a 2007 houve uma redução de 44% dos casos – dado que indica que o início da campanha, em 2005, cumpriu o seu papel; de 2007 a 2010 houve 78% de aumento de casos ao ano
• De 2005 a 2010 houve um aumento de 4%.
• O tabagismo é responsável por 90% dos casos.
• O etilismo é responsável por 80% dos casos.
• Fumar e beber aumenta em mais de 30 vezes o risco de contrair a doença
• São detectadas 11 mil casos por ano, no Brasil, sendo que quase 4 mil somente no estado de São Paulo.
• Mais de 65% dos casos são detectados em estágio avançado e, quando curados, mutilam os pacientes.
• 95% dos casos são ao diagnosticados como carcinoma epidermóide.
• 50% dos pacientes desenvolvem um segundo tumor, cinco anos após o aparecimento do primeiro.
• A possibilidade do desenvolvimento de novos tumores cresceu 20%.
• A maioria dos fumantes brasileiros tem menos de oito anos de escolaridade.
Sinais e sintomas
• Ferida que cresce continuadamente e não desaparece
• Nódulos ou caroços
• Dor persistente na boca
• Manchas irregulares branca, vermelhas ou escuras dentro da boca
• Aumento da espessura da parte interna da bochecha
• Dificuldade para mastigar, engolir ou mexer a língua
• Dificuldade dos movimentos do maxilar
• Inchaço ou dor no maxilar
• Irritação ou sensação de que algo incomoda a garganta
• Dor em volta dos dentes
• Entorpecimento da língua ou de qualquer outro órgão e estrutura dentro da boca
• Rouquidão
• Manchas no pescoço
• Dor constante e forte na orelha
• Sangramento repetitivo na boca
• Lesão na boca, em função de uma prótese colocada inadequadamente
Precauções
• Não fumar
• Moderar a bebida
• Fazer uma alimentação saudável, com vegetais e frutas diariamente, que podem reduzir em 75% as chances de contrair câncer
• Evitar exposição excessiva ao sol e obedecer a critérios de horário e proteção com fator solar
• Colocar prótese adequadamente
• Tomar cuidado para não morder ou feriar a parte interna das bochechas.
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