UFRJ detém patente da primeira vacina contra leishmaniose visceral canina
Se depender dos pesquisadores do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a leishmaniose canina está com os dias contados. A primeira vacina contra a doença, desenvolvida nos últimos 20 anos pela doutora em microbiologia Clarisa Beatriz Palatnik de Sousa, é brasileira e, por seus efeitos consolidados, acaba de ter aprovada a licença definitiva. Como essas licenças são resultado de anos de cumprimento de diversos requerimentos experimentais, a conquista vem sendo comemorada entre os pesquisadores da instituição, além de haver também merecido prestígio no exterior. Elaborada com apoio de vários editais da FAPERJ – entre os últimos, um Auxílio à Pesquisa (APQ 1) e o edital Pensa Rio –, ela protege de 95% a 99% dos cães vacinados, mostrando eficácia vacinal de 76% a 80%. Por esses resultados, trata-se de uma significativa contribuição para a erradicação da doença. Atualmente, a leishmaniose visceral é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores endemias do planeta, por atingir cerca de 500 mil novos casos em humanos por ano. Transmitida na América pelo inseto Lutzomya longipalpis, que pica cães infectados e depois contamina também os humanos, a doença afeta, anualmente, 3 mil pessoas no Brasil. Mais detalhes no Informe Faperj.
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