domingo, 11 de março de 2012

Os Perigos de um Infarto Silencioso


Os Perigos de um Infarto Silencioso Um estudo realizado com 1,2 milhão de pacientes mostra que, ao contrário do que normalmente acontece com os homens, o infarto chega nas mulheres de forma silenciosa. Sem os sintomas clássicos, as mulheres infartadas adiam a ida ao médico e, portanto, morrem mais do que os homens.

A pesquisa publicada na última edição da revista da Associação Medica Americana (Jama), revelou que em quase metade das mulheres, os sintomas do infarto provoca baixo desconforto, atingindo as costas, estômago e mandíbula. Enquanto nos homens, os sintomas são caracterizados por dor aguda no peito, com irradiação para um ou dois braços.
De acordo com Roberto Kalil, diretor do Instituto do Coração (Incor) e do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, ambos em São Paulo, “quando os sinais da doença são camuflados, médicos e pacientes podem subestimar o problema, adiando o diagnóstico e, consequentemente o seu tratamento.”

Por conta da ida tardia ao médico, a quantidade de mulheres vítimas de infarto é 50% maior que o de homens. 31.000 brasileiras morrem por ano, enfartadas. É o triplo das mortes provocadas por câncer de mama.

O atendimento a um paciente infartado deve ser feito de forma rápida e imediata. Quanto maior o tempo que o coração ficar sem oxigênio, mais músculos cardíacos são lesionados. Os procedimentos necessários devem ser realizados na primeira hora seguinte ao início do infarto. De acordo com o cardiologista Marcus Bolívar, professor da Faculdade de Ciências de Minas Gerais, nesse período, os índices de pacientes recuperados sem nenhuma sequela chegam a 75%. Já nas três horas seguintes os números de recuperações caem para 25%.

Uma das hipóteses levantadas pela medicina para explicar a falta de sintomas nas mulheres se refere ao estrógeno, o hormônio fabricado pelos ovários, que possui efeitos vasodilatadores, portanto é uma substância protetora do coração.
Outra hipótese está relacionada às diferenças entre os sexos na distribuição dos nervos no organismo. Nos homens, eles irradiam para o peito. Nas mulheres, eles se ramificam para as costas e barriga.

As diferenças funcionais e anatômicas entre o coração do homem e da mulher explicam a maior fragilidade feminina. Enquanto nos homens, por exemplo, o calibre das artérias é de 2 a 3 mm, para as mulheres, seu tamanho varia entre 1,7 e 2,5 mm.

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