Viajantes já precisam se vacinar para feriado prolongado
Mais um feriado prolongado está chegando. A semana santa acontecerá na primeira semana de abril e muitas pessoas já estão planejando suas viagens. Mas antes de viajar é importante que alguns cuidados sejam adotados, especialmente com relação à saúde. A atualização das vacinas é um desses cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde.
Viagens ao exterior - Todos os viajantes que pretendem visitar outros países devem estar vacinados contra o sarampo e a rubéola. Os vírus causadores dessas doenças ainda circulam intensamente em diversos países do mundo. Por isso, ao viajar para o exterior, as pessoas que não foram vacinadas ficam expostas ao risco de contrair sarampo e rubéola, podendo contribuir a reintrodução dessas doenças no Brasil.
É importante que os viajantes não vacinados recebam a vacina pelo menos 15 dias antes da partida. A vacina dupla viral, disponível na rede pública, é eficaz contra sarampo, rubéola e caxumba. Além disso, crianças que receberam a vacina tríplice viral entre os seis e 11 meses de vida devem ser revacinadas aos 12 meses de idade.
Febre Amarela – Como medida de controle da doença, alguns países exigem dos viajantes o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) para o ingresso em seu território. A vacina contra febre amarela deve ser administrada, pelo menos, 10 dias antes da viagem e está disponível nos postos de vacinação. Não se esqueça de levar o Cartão Nacional de Vacinação, onde ela será registrada.
Para a emissão do CIVP, é preciso procurar os Centros de Orientação ao Viajante da Anvisa, levando o seu Cartão Nacional de Vacinação e um documento de identificação oficial com foto. Lembre-se que o certificado internacional só será válido para ingresso no país estrangeiro após 10 dias, a contar da data da vacinação.
Além disso, quem for viajar para regiões de matas, florestas e cachoeiras dentro do Brasil precisa estar vacinado contra a febre amarela. Apesar de a febre amarela urbana não existir mais no Brasil, o vírus da doença ainda circula em regiões silvestres, conforme explica o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. ”A febre amarela silvestre é uma doença comum das nossas matas. Macacos adoecem continuamente de febre amarela. Se a pessoa vai pescar, acampar, fazer trilha, tomar banho de cachoeira, tomar banho de rio, turismo ecológico, qualquer tipo de contato com área silvestre a pessoa pode ser picada por um mosquito que picou recentemente um macaco contaminado e vir desenvolver a febre amarela.”
O secretário ressalta que mesmo indo para locais em que já esteve outras vezes, é preciso estar imunizado contra a doença. “A febre amarela é uma doença grave que pode matar em uma proporção grande de casos e que pode ser facilmente ser prevenida com uma vacina. Mesmo as pessoas que vão a locais onde costumeiramente ela tem ido nos últimos anos, essas pessoas às vezes têm uma falsa sensação de segurança. O vírus da febre amarela percorre áreas grandes do Brasil e da América Latina”
Com relação a outros problemas de saúde, é importante consultar um médico para uma avaliação, principalmente no caso de pessoas que tenham doença pré-existente. Se houver qualquer alteração no seu estado de saúde dentro da aeronave, navio ou transporte terrestre comunique o fato à equipe de bordo, que tomará as devidas providências e alertará os serviços de controle sanitário nos pontos de entrada.
Confira o Guia de Bolso da Saúde do Viajante, lançado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na cartilha, estão disponibilizadas todas as informações necessárias para que a pessoa proteja sua saúde e se adeque às exigências sanitárias internacionais.
Mônica Plaza / Blog da Saúde
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