Ajuda é fundamental para abandonar o vício do cigarro
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado hoje (29), alerta para os riscos causados pelo cigarro e traz para debate o tema “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta”. O objetivo da campanha é reforçar as ações de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pela produção do tabaco. A campanha dá continuidade ao Dia Mundial sem Tabaco, celebrado no 31 de maio, e tem como público alvo homens e mulheres entre 16 e 50 anos, fumantes ou não.
O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo coordenado pelo Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), orienta as pessoas a não iniciarem o consumo e oferece tratamentos gratuitos para aqueles que desejam abandonar o vício.
O pneumologista da Divisão de Controle de Tabagismo do Inca, Ricardo Henrique Meirelles, ressalta que é fundamental procurar ajuda quando a pessoa sentir vontade ou necessidade de parar de fumar. “É muito mais fácil a pessoa deixar de fumar com a ajuda de um especialista. Os fumantes podem encontrar no tratamento as orientações necessárias e ter a certeza de que é possível viver sem o cigarro e ter uma vida mais saudável”, afirma Ricardo Meirelles.
Segundo o levantamento divulgado pela revista médica The Lancet, o Brasil está entre os países que lideram o ranking de maior número de ex-fumantes. Entre outubro de 2008 e março de 2010, 46,4% dos homens brasileiros e 47,7% das brasileiras que disseram que já fumaram diariamente no passado tinham abandonado a dependência. O número é o terceiro mais alto da pesquisa, atrás apenas do Reino Unido (com 57,1% para os homens e 51,4% para as mulheres) e dos Estados Unidos (48,7% e 50,5%, respectivamente).
O levantamento mostra que em todos os países estudados o fumo é um hábito mais comum entre homens do que entre mulheres, mas segundo o pneumologista do Inca, Ricardo Henrique, o uso do tabaco por elas está aumentando e começando cada vez mais cedo. “Geralmente a mulher tem mais dificuldade em parar de fumar, pois tem uma probabilidade maior de ficar deprimida devido ao aumento do peso”, conclui.
Exemplo - A auxiliar de serviços gerais Maria de Fátima Nunes fumou por 38 anos. Em fevereiro deste ano, entrou no Programa de Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde e há cinco meses largou o vício. “O programa para mim foi muito importante. Eu penso assim que todos que tiverem que fazer que vá com muita sede de largar mesmo para poder seguir o caminho sem o vício. Mas, o programa é muito importante em tudo, nas palestras das meninas, elas explicam tudo direitinho para gente. Um dia de uma palestra lá, tinha uma servidora lá e ela falou assim: a gente tem de gostar de si mesma.”
Vigitel – Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2011, realizada pelo Ministério da Saúde aponta que a frequência de ex-fumantes foi de 21%, sendo maior no sexo masculino (25%) do que no sexo feminino (18,8%). Ainda segundo a pesquisa, quanto maior a idade menor o consumo. A partir dos 45 anos, o índice de ex- fumantes é de 33%.
- Conheça o Manual Deixando de Fumar sem Mistério do Ministério da Saúde
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