Posted: 22 Aug 2012 01:27 AM PDT
Atualmente, apenas 62 países têm bancos de sangue capazes de atender às próprias necessidades
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) chama a atenção para a demanda cada vez maior por sangue e
hemoderivados em todo o mundo – sobretudo em países mais desenvolvidos,
onde sistemas de saúde mais avançados realizam procedimentos médicos e
cirúrgicos de alta complexidade.
“Todos os anos, milhões de
pessoas contam com a generosidade de outras, mas os índices de doação de
sangue variam consideravelmente e a demanda cresce em todo o mundo”,
alertou a organização em comunicado divulgado hoje, ao fazer um apelo
para que mais pessoas doem sangue voluntariamente e regularmente.
Cerca de 92 milhões de doações
são feitas todos os anos no mundo – a maioria por voluntários.
Entretanto, desse total, 30 milhões realizam o procedimento uma única
vez e não retornam aos hemocentros para novas doações. Atualmente,
apenas 62 países têm bancos de sangue capazes de atender às próprias
necessidades.
De acordo com a OMS, o aumento
na expectativa de vida e o consequente crescimento de doenças crônicas
relacionadas ao avanço da idade exigem transfusões de sangue e uso de
hemoderivados que vão além da oferta existente.
Outro problema é que alguns
produtos derivados do sangue utilizados, por exemplo, no tratamento de
pacientes com câncer, como plaquetas, têm durabilidade pequena, cerca de
cinco dias.
“Isso significa que precisamos de cada vez mais doadores de sangue para sanar essas demandas”, ressaltou a organização.
A OMS destacou que hemorragias
durante o trabalho de parto ou após o parto são a principal causa de
morte materna em todo o mundo. Dados indicam ainda que as hemorragias
são responsáveis por mais de 468 mil mortes todos os anos de um total de
1,3 milhão de óbitos provocados por acidentes de trânsito.
O gestor na área de recursos
humanos Jonata José Pereira, 29 anos, mantém o hábito de doar sangue
pelo menos três vezes ao ano desde 2005, incentivado pela irmã, Gilda
Neres, que também é doadora.
“Hoje, quase toda minha família
doa sangue. Para mim, é muito gratificante, não pretendo parar”, disse
ele. “Muita gente não doa porque tem medo de doer e pegar doenças. Não
precisam ter medo é seguro e não dói”, reforçou.
A policial militar Gilda Neves,
42 anos, é doadora desde 1998. “A gente tem que pensar nas outras
pessoas. Muitos morrem por falta de sangue. Quem doa não vai passar mal e
pode salvar muitas vidas. As pessoas precisam se conscientizar para que
não falte”, contou. O fato de ter o sangue A negativo, mais raro, faz
com que ela procure um hemocentro com frequência, já que o estoque desse
tipo sanguíneo, muitas vezes, fica em baixa.
Fonte iG
Nenhum comentário:
Postar um comentário