Posted: 23 Aug 2012 01:41 AM PDT
Estressadas, elas são levadas a consumir mais açúcar e gordura, explica estudo
Mulheres que ocupam cargos de
baixa hierarquia e sofrem de estresse no local de trabalho correm um
risco duas vezes maior de sofrer de diabetes do que as que não sofrem
pressão profissional, segundo um estudo publicado esta semana no Canadá.
Diferente dos homens, as
mulheres costumam reagir ao estresse comendo mais produtos com açúcar e
gordura, declarou à AFP um dos autores do estudo, Peter Smith.
A incidência de diabetes
aumentou no Canadá e este fator de risco pode ser modificado para
combater o mal, escreveu Smith, do Instituto de Pesquisas sobre Trabalho
e Saúde (IWH, na sigla em inglês), e Richard Glazier, do Instituto de
Ciência Clínica Avaliativa (ICES, na sigla em inglês), de Toronto.
A pesquisa, realizada durante
nove anos, mostrou uma relação entre o grau de autonomia no trabalho e a
incidência de diabetes na população feminina, destacam os autores no
estudo publicado na revista de medicina ocupacional Journal of
Occupational Medicine.
Em outras palavras, explicou Smith à AFP, as mulheres estressadas poderiam ser levadas a consumir mais açúcar e gordura.
O estresse profissional parece
favorecer o diabetes por dois fatores. Por um lado, o diabetes se
favoreceria por perturbações geradas no sistema neuroendocrinológico e
no sistema imunológico, que provocam maior produção de hormônios como o
cortisol e a adrenalina, e por outro por mudanças na conduta alimentar e
no gasto energético.
Depois de ter acompanhado 7.443
pessoas em atividade durante nove anos, os cientistas descobriram que a
proporção de casos de diabetes devido ao estresse profissional entre as
mulheres foi de 19%.
Esta cifra é superior às
relacionadas com o tabagismo, a bebida, a atividade física ou o nível de
consumo de frutas e verduras, mas menor que o risco representado pela
obesidade.
Não se constatou a mesma relação
entre os homens. Eles reagem de forma diferente ao estresse, tanto no
plano hormonal quanto nos hábitos de consumo, disse Smith em e-mail à
AFP.
Fonte iG
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