Reportagens
Pesquisa em rede é esperança para a cura de doenças
Projeto da Rede Nacional de Pesquisa Clínica já recebeu mais de R$ 35 milhões para infraestrutura de 19 hospitais de ensino no Brasil
Inca vai investir R$ 7 milhões em novas instalações para pesquisa clínica
Por séculos, infecções bacterianas tiravam a vida de uma pessoa em algumas horas, até que o primeiro antibiótico, a penicilina, inaugurou um capítulo de extrema importância na história da Medicina. Quase 80 anos depois, a Finep (Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas) confia no poder de uma boa infraestrutura e no talento de nossos cientistas para buscar medicamentos para o câncer, a hipertensão, doenças do coração e a Aids.
Com investimento de R$ 35 milhões, a Rede Nacional de Pesquisa Clínica construiu, expandiu ou equipou 19 unidades de pesquisa em hospitais universitários conceituados e institutos públicos. Neles, novos fármacos e tratamentos são desenvolvidos e testados clinicamente, segundo as prioridades da Política Nacional de Saúde.
Anualmente, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) abre 50 estudos para desenvolver tratamentos mais eficazes e mais viáveis para o câncer. “Por conta da gravidade da doença, há uma adesão alta dos voluntários nestas pesquisas: em 2009, foram 300 participantes”, diz o pesquisador Carlos Gil Moreira Ferreira.
O Hospital de Clínicas da UFC (Universidade Federal do Ceará), por exemplo, promove ensaios com a Colônia, Aroeira, Cumaru, Anador e Cidreira – parte de um programa do Ministério da Saúde sobre 72 plantas medicinais. Já com o capital privado, são desenvolvidas pesquisas com medicamentos para câncer e doenças cardiovasculares”, explica Manoel Odorico Filho, professor de farmacologia clínica.
Uma outra finalidade é atrair investimentos da indústria farmacêutica privada, revertendo os lucros para projetos de pesquisa e iniciativas independentes. Os ensaios clínicos e desenvolvimento de novos fármacos são pagos, na maioria das vezes, por laboratórios privados. “Eles precisam contratar pesquisadores sérios para garantir que o medicamento é ético e seus resultados, válidos. Antigamente, isso só era feito fora do País”, conta a cardiologista e chefe de pesquisa clínica da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Carísi Polanczyk.
Interligar 35 dos melhores centros de pesquisa clínica do País possibilita o aumento do intercâmbio entre pesquisadores. “Estamos realmente funcionando em colaboração, dividindo o conhecimento e o que cada um conseguiu fazer até o momento”, diz Carísi.
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