Posted: 07 Aug 2012 04:17 AM PDT
Projeto quer levar diagnóstico gratuito da doença para até oito mil no país. Programa já atendeu mais de 500 pacientes
Cerca de 500 pessoas
diagnosticadas com câncer de pele não melanoma já tiveram acesso a um
método eficaz e indolor na luta contra a doença. Isso porque
pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP)
desenvolveram um equipamento capaz de reunir, numa mesma plataforma,
tecnologias com capacidade de realizar o diagnóstico do câncer de pele
não melanoma por fluorescência óptica e tratar a doença por meio da
terapia fotodinâmica (PDT).
Até o final de 2013, a
expectativa é que até oito mil pacientes possam receber o tratamento
gratuito contra este tipo de câncer dentro do programa " Terapia
Fotodinâmica Brasil" . Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer
(Inca) divulgados em 2010, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais
incidente entre a população do país. Apenas em 2010, mais de 110 mil
pessoas contraíram a doença.
Desde que foi implementado, no
segundo semestre do ano passado, o programa " Terapia Fotodinâmica
Brasil" já foi levado para cidades de diferentes estados e regiões do
Brasil, como Campinas (SP), Curitiba (PR), Linhares (ES), Maceió (AL),
Passos (MG), Pelotas (RS), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto
(SP), Rio de Janeiro (RJ), Rondonópolis (MT), Salvador (BA), além de
municípios da Colômbia e do Equador.
A pesquisadora do IFSC e
responsável pelo treinamento dos médicos que operam o Lince, Natália
Inada, revela que os primeiros resultados estão se mantendo os mesmos da
fase de testes, ou seja, com índice de cura superior a 90%. " Caso esse
porcentual seja mantido até o final da execução do programa, a terapia
será legitimada e o Lince poderá ser usado pelo SUS [Sistema Único de
Saúde]" , comenta a pesquisadora.
A adoção do tratamento pelo SUS,
aliás, é um dos objetivos finais do programa, que foi idealizado como
contrapartida tanto da MM Optics, empresa que desenvolveu o equipamento,
quanto do IFSC pelos financiamentos obtidos para o desenvolvimento do
Lince e aprimoramento das pesquisas sobre a terapia fotodinâmica. O
desenvolvimento do equipamento teve um aporte da ordem de R$ 2,3 milhões
da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Já o IFSC-USP recebeu um
aporte financeiro de R$ 3,5 milhões do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para coordenar e garantir a
formação dos profissionais que trabalham no programa, escolher os
centros médicos para a aplicação da tecnologia, além de realizar, todos
os ensaios clínicos e análise de resultados.
Fonte isaude.net
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