quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Explicando

Ministro Padilha participa do programa Roda Viva

Foto: Blog da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou na noite desta segunda-feira (13) do programa Roda Viva, da TV Cultura, que contou com a participação de jornalistas especializadas em saúde. Entre os assuntos tratados estava a ampliação de serviços oncológicos, a qualificação dos serviços médicos e planos de saúde.

Questionado sobre transferência de tecnologia, o ministro explicou que a dispensa de licitação está garantida pela Lei de Licitação de 1993. “Temos um mercado de 145 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, nos interessa que essa transferência seja ampla, para criarmos vacinas para os diversos tipos de vírus que circulam pelo Brasil, como o do HPV”, destacou.

Sobre o acesso a serviços oncológicos, principalmente com relação à prevenção do câncer de colo de útero, o ministro Padilha ressaltou que a doença é uma das mais comuns na região Norte do País, mas que o ministério está trabalhando arduamente, por meio do Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero, para aumentar o rastreamento, o diagnóstico e tratamento nas regiões mais remotas.

“Se compararmos 2011 com 2010, verificamos que aumentamos em 30% o acesso aos exames de papanicolau. E um de nossos desafios é termos mais médicos oncologistas. Precisamos formar mais profissionais nessa especialidade. No ano passado, começamos a trabalhar junto o Ministério da Educação para bancar bolsas de residências nessas especialidades que o SUS mais precisa: como pediatria e oncologia”, disse o ministro.

Além disso, ele afirmou ser contra as avaliações de recém-formados. “Sou a favor de avaliações permanentes, durante todo o processo, no 2º, 4º, 6º anos. É preciso avaliar aluno e faculdade. Se não houver evolução, o aluno não pode ser o único penalizado. A faculdade tem que ser proibida de oferecer novo vestibular. Vamos continuar abrindo mais vagas em faculdades com qualidade. Temos que fechar as escolas com baixa qualidade, porque estamos falando de profissionais que vão salvar vidas”, defendeu Padilha.

Ele disse, ainda, que o ministério quer defender, cada vez mais, o usuário do plano de saúde e explicou a obrigação desse usuário de ter também o Cartão Nacional de Saúde para o SUS poder ressarcir os serviços dos planos de saúde. Ainda sobre planos de saúde, disse que os planos serão tratados como um produto. Ou seja, se não oferecerem um bom produto, a ANS tirará do mercado, como fez com 268 serviços por não atenderem adequadamente os beneficiários.

Além disso, reforçou que a qualidade de atendimento tem que ser uma obsessão do SUS: “A qualidade, o tempo de espera, são as principais reclamações. E para qualificarmos, mais ainda nossos serviços, estamos estimulando os estados e municípios a realizarem mutirões para cirurgias eletivas, por exemplo. Só neste ano, dobramos os recursos para redução de tempo de cirurgia”.

Por fim, ressaltou que os hospitais filantrópicos estão colaborando com o SOS Emergências e ajudando o SUS no atendimento à população e destacou que o programa de Aids continuará oferecendo o coquetel pós-exposição, testes rápidos para diagnóstico precoce e defendendo o uso da camisinha, focando, principalmente, o público mais jovem.
    • Assista ao programa completo:
Mônica Plaza / Blog da Saúde

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