terça-feira, 14 de agosto de 2012

Satisfação do SUS

Pesquisa avalia satisfação dos usuários do SUS


O Ministério da Saúde acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de avaliar o grau de satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde em relação a diferentes aspectos da assistência à saúde no Brasil, tais como, acesso e qualidade, percebidos tanto na atenção básica quanto na urgência e emergência, mediante inquérito amostral.
A pesquisa considera como “satisfação” o grau de contentamento – ou de alcance de expectativa – de uma pessoa frente a determinada situação, serviço ou mesmo outros indivíduos. Isso significa que “satisfação” não é propriamente um conceito fixo ou imutável, pois pode ser diferente para cada indivíduo. No campo da saúde diversos aspectos costumam ser avaliados quanto ao grau de satisfação, tais como: acesso, tempo de espera, acolhimento.
A pesquisa foi realizada pelo Departamento de Ouvidoria Geral do SUS, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, por meio de contato telefônico, em dois períodos distintos: de 30 de junho a 29 de julho de 2011 e de 08 de novembro de 2011 a 09 de janeiro de 2012. Seu público-alvo constituiu-se de cidadãos com 16 anos ou mais e dependentes abaixo desta idade que tivessem utilizado o SUS nos últimos 12 meses, para procedimentos diversos.
Em linhas bastante gerais, a pesquisa demonstrou que as mulheres são as que mais procuraram o SUS, com 66,5%, enquanto entre os que não utilizam o SUS elas representaram 54,8%. O atendimento pela Saúde da Família é maior para os que detêm menores níveis de escolaridade. Assim, os que são apenas alfabetizados somaram 60,1% dos atendimentos, enquanto pessoas com ensino superior representaram apenas 39,6%. Informação interessante é a de que aqueles que utilizaram o SUS têm perfis são bastante semelhantes àqueles que não o utilizaram nos últimos doze meses, fixando-se as características de idade e cor/raça. Dentre os que não utilizaram o SUS, o nível superior representou quase o dobro daqueles com a mesma escolaridade dentre os que não o utilizaram.

Constituem ainda aspectos dignos de nota na pesquisa:

1.    A maior procura foi por consultas, 78,7%, seguida de medicamentos com 52,7% e exames com 49,2%; Para os menores de 16 anos, o atendimento mais buscado foi vacinação (68,4%).

2.    O maior número de entrevistados atendido pela Estratégia de Saúde da Família ocorreu na região Nordeste (62%).

3.    Cerca de 36% dos entrevistados que foram atendidos no último ano avaliaram o SUS como “bom” ou “muito bom”, 34% como “regular” e 28,6% como “ruim” ou “muito ruim”.

4.    Já entre os que não buscaram o SUS, 25,2% avaliaram o mesmo como “bom” ou “muito bom”, 29,7% como “regular” e 45% como “ruim” ou “muito ruim”.

5.    Dentre os que utilizaram o SUS nos últimos 12 meses 23,3% possuem plano de saúde, enquanto dentre aqueles que não utilizaram o SUS esse índice é de 49,5%.

Acesse aqui os dados da pesquisa na íntegra

REDAÇÃO: FLAVIO GOULART

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