Posted: 19 Aug 2012 04:45 AM PDT
Especialista analisa os tipos disponíveis no mercado brasileiro
Entre os diferentes tipos de 
adoçantes presentes no mercado, qual é o mais indicado quando se leva em
 conta a condição de saúde da pessoa, seu estilo de vida e paladar? A 
nutricionista Camila Torreglosa, Hospital do Coração, esclarece o 
assunto para você.
— Apesar de todos os adoçantes 
terem o mesmo objetivo, que é substituir o açúcar, cada tipo de adoçante
 tem sua peculiaridade. Por isso é importante que o consumidor tenha 
conhecimento — afirma.
Sintetizado a partir de 
edulcorantes, o adoçante pode conter substâncias naturais ou 
artificiais, responsáveis pelo sabor adocicado e provenientes de 
matérias-primas como aminoácidos, produtos sintéticos e derivados da 
cana. 
— Um dos grandes benefícios do 
adoçante é a baixa quantidade de açúcar, principalmente quando comparado
 ao açúcar, que tem 4 calorias por grama. Ele pode ser utilizado como um
 aliado no tratamento da obesidade, contudo é preciso também uma mudança
 nos hábitos alimentares e a prática de esporte — diz Camila. 
O uso de alguns tipo de 
adoçantes, em especial os artificiais, geram polêmicas. Há quem diga que
 eles podem causar diversos tipos de problemas, como o câncer. 
— Não existem evidências 
científicas conclusivas sobre os malefícios do uso do adoçante, mas é 
preciso respeitar o limite de consumo diário que vem descrito na 
embalagem — destaca a nutricionista.
Segundo ela, gestantes, 
lactentes, crianças e pessoas com restrições alimentares precisam de 
orientação médica para a escolha do adoçante ideal. Pessoas com 
hipertensão arterial, que precisam controlar o consumo de sódio, devem 
utilizar com cuidado adoçantes como o ciclamato ou a sacarina, que 
possuem altos níveis deste mineral em sua composição. 
— Hoje no Brasil temos também 
alguns produtos que misturam o açúcar ao adoçante, então é importante 
que o consumidor faça a leitura do rótulo do produto para que encontre o
 produto que vá atender as suas necessidades. 
::: Adoçantes naturais 
:: Frutose
Extraído
 de frutas e do mel, é mais doce que o açúcar, contém grande quantidade 
de calorias e eleva os níveis de açúcar no sangue, não sendo indicado 
para diabéticos e para dietas.
:: Esteviosídeo 
Extraído
 de uma planta nativa da América do Sul (stevia rebaudiana) tem um sabor
 próximo ao açúcar, não possui calorias e não altera os níveis de açúcar
 no sangue.
:: Sorbitol 
É
 encontrado em algumas frutas, como a maçã e a ameixa, e em algas 
marinhas. Possui valor calórico e não é recomendado para diabéticos. É 
mais utilizado em chicletes, balas e biscoitos. Tem ação laxativa; 
::: Adoçantes artificiais 
:: Aspartame
Tem
 grande poder adoçante (200 vezes superior ao açúcar). Não contém 
calorias e seu uso é permitido para diabéticos. Embora algumas pesquisas
 associem seu uso à ocorrência de câncer e Mal de Alzheimer, não há 
comprovação científica.
:: Sacarina
Criada
 em 1879, ela é sintetizada a partir do ácido toluenossulfônico, 
derivado do petróleo. Deixa um sabor residual amargoso e metálico, mas 
não contém calorias e pode ser usada por diabéticos. Por conter sódio, é
 contraindicada para hipertensos. Pesquisas associavam o uso da sacarina
 ao surgimento de câncer, mas sem evidências conclusivas.
:: Ciclamato de sódio
Provém
 do ácido ciclo hexano sulfâmico, derivado do petróleo. Assim como a 
sacarina, não possui calorias e pode ser usado por diabéticos, mas 
também é contraindicado para hipertensos. É encontrado em refrigerantes 
zero e adoçantes. Pesquisas científicas apontam que o consumo de 
ciclamato pode causar câncer e tumores, e por conta disso, disso foi 
proibido em países como EUA, Japão e França.
:: Sucralose
É
 extraído da cana de açúcar e modificado para não ser absorvido pelo 
organismo humano. Tem um sabor similar ao do açúcar, não contém 
calorias, não causa cáries, não eleva a glicemia, podendo ser consumido 
por diabéticos, gestantes e hipertensos. É vendido como produto adoçante
 e está presente em alimentos de baixa caloria.
Fonte Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário