Posted: 19 Aug 2012 05:41 AM PDT
Medicação rastreia tumores neuroendócrinos, de células do sistema endócrino
Um novo tipo de radiofármaco 
(medicamento marcado com material radioativo), capaz de detectar com 
mais precisão, tumores neuroendócrinos já está disponível no Brasil. O 
anúncio foi feito  durante o Simpósio Villas Boas sobre Tumores 
Neuroendócrinos, em Brasília. 
Em entrevista à Agência Brasil, o
 médico nuclear indiano Vikas Prasad, uma das maiores autoridades do 
mundo em câncer neuroendócrino, explicou que esse tipo de tumor é 
derivado de células do sistema endócrino e pode estar localizado em 
qualquer parte do corpo, sobretudo no pâncreas, nos pulmões e no 
intestino. 
A doença tem diagnóstico difícil
 e é considerada rara, já que acomete cinco pessoas em cada grupo de 100
 mil habitantes. Mas os casos, segundo Prasad, vêm aumentando de forma 
significativa nas últimas duas décadas. O médico avaliou que a chegada 
do novo tipo de radiofármaco ao Brasil é importante em razão da numerosa
 população e da disponibilidade de profissionais capacitados para o 
diagnóstico e o tratamento. 
“É uma terapia cara, mas de 
custo aceitável. Por que sair do país quando se pode oferecer esse tipo 
de tecnologia aqui? O diagnóstico precoce do câncer neuroendócrino é 
importante para evitar a metástase [estágio mais avançado do câncer], e o
 Brasil tem profissionais capacitados para isso”, destacou. 
Até então, o diagnóstico desse 
tipo de câncer no país era feito por meio de tomografias e ressonâncias 
magnéticas, que permitem uma visualização limitada do tumor. Já o novo 
radiofármaco permite uma resolução até três vezes melhor, além de 
identificar lesões menores. 
O cirurgião oncológico do 
Instituto Nacional de Câncer (Inca) Rinaldo Gonçalves ressaltou que o 
novo tipo de radiofármaco permite um exame mais rápido, sem necessidade 
de o paciente voltar no dia seguinte para repetir o procedimento médico.
 “O médico vai saber o quão extensa é a doença e tratá-la melhor”, disse
 Gonçalves. 
Não há um levantamento oficial 
de quantos brasileiros são acometidos pelo câncer neuroendócrino, mas um
 comparativo indica que o Inca acompanha, todos os anos, cerca de 500 
casos de carcinoma (tumor maligno desenvolvido a partir de células 
epiteliais), enquanto os casos de tumor neuroendócrino somam apenas 30 
ou 40 no mesmo período.
Fonte R7
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