Posted: 21 May 2012 07:39 AM PDT
Remédio traz os mesmos efeitos terapêuticos que um de marca convencional
Os medicamentos genéricos são
vendidos no Brasil há mais de 11 anos. Segundo um estudo da ProTeste
(Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), esse tipo de remédio
corresponde a 21% das vendas de medicamentos no país e 86% dos
brasileiros já tiveram um medicamento de marca substituído por sua
versão genérica. Mesmo com o crescente uso, entretanto, muitas pessoas
ainda torcem o nariz quando olham um medicamento genérico na receita
médica.
"Muitos pacientes, e até alguns
médicos, fazem uma associação errônea do preço do remédio com a sua
qualidade, mas a maioria dos genéricos é realmente eficaz e pode ser
tomada sem nenhum problema", explica o cardiologista Bruno Valdigem, do
Hospital Dante Pazzanese. Tire dúvidas sobre os medicamentos genéricos e
acabe com a desconfiança relacionada aos resultados do tratamento.
1. O que são remédios genéricos?
Segundo
a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os medicamentos
genéricos são produtos com o mesmo princípio ativo que medicamentos de
marca. O principio ativo é a substância responsável pelo efeito
terapêutico no paciente, ou seja, é por causa dele que o remédio faz
efeito. "Por isso, ao prescrever uma receita, sempre coloco junto ao
nome do remédio o seu principio ativo, caso os meus pacientes se sintam
confortáveis em usar medicamentos genéricos", conta Bruno Valdigem.
2. Por que remédios genéricos são mais baratos?
Segundo
Odnir Finotti, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de
Medicamentos Genéricos, o preço de um medicamento genérico é menor
porque nele não estão embutidos gastos com propagandas, nem custos de
pesquisa para o desenvolvimento do principio ativo. Por isso, a
associação do preço com a qualidade do remédio não é correta.
3. O medicamento genérico tem o mesmo efeito do medicamento de marca? Mesmo em doenças crônicas?
Por
possuir o mesmo princípio ativo, o genérico tem efeitos iguais a de um
remédio de marca. Prova disso é que esses efeitos devem ser aprovados
pela Anvisa antes de os medicamentos serem comercializados. Segundo o
cardiologista, mesmo no caso de doenças crônicas, em que o paciente deve
tomar o remédio constantemente, os genéricos não causam problemas e são
eficientes.
4. Eles passam pelo mesmo processo de inspeção que os demais medicamentos?
Assim
como todos os remédios, os medicamentos genéricos passam por uma
bateria de testes feitos pela Anvisa para comprovar os efeitos nos
pacienteis. Esses experimentos são feitos sempre da mesma maneira, não
importando se o remédio é genérico ou de marca. "Na verdade, a
autorização para um remédio genérico começar a funcionar é até mais
rígida na maioria das vezes, devido à preocupação com a qualidade desse
tipo de medicação", diz o cardiologista Bruno Valdigem.
Os genéricos ainda passam por um
teste de bioequivalência, que consiste na demonstração comprovada de
que o medicamento genérico e o seu respectivo medicamento de referência
apresentam o mesmo efeito terapêutico, sem qualquer outro efeito
colateral.
5. Medicamento genérico é o mesmo que remédio similar?
Assim
como os genéricos, o princípio ativo, a concentração e a indicação dos
medicamentos similares são os mesmos dos remédios de marca. Mas eles não
passam por testes de bioequivalência, e, por isso, não podem ser
comparados com os remédios de referência.
6. É preciso receita para comprar um medicamento genérico?
O
rigor para a venda de remédios genéricos é o mesmo do que os
medicamentos de referência. "Se a venda de um remédio de marca é
liberada sem receita, o genérico com o mesmo princípio ativo poderá ser
comprado sem problema, e o mesmo serve para aqueles remédios que só são
vendidos com receita", explica o cardiologista.
Além disso, é preciso que o
médico indique a versão genérica. Muitas vezes, o próprio funcionário da
farmácia faz essa sugestão, mas, segundo Odnir Finotti, mesmo que o
princípio a ativo seja o mesmo, é indicado consumir genéricos apenas
quando o médico dá essa alternativa.
7. Há perigos de automedicação usando genéricos?
Assim
como no caso dos remédios de marca, a automedicação com genéricos é
muito perigosa. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias
Farmacêuticas (Abifarma), cerca de 20 mil pessoas morrem no país todo o
ano vítimas da automedicação, tanto de genéricos quanto remédios de
marcas.
Os sintomas mais comuns que
levam à automedicação são dor de cabeça, dor muscular, cólicas, febre,
inflamações, acne, congestão nasal, gripes e viroses. Os medicamentos
mais comprados sem prescrição são analgésicos, anti-inflamatórios,
descongestionantes nasais e antialérgicos.
Fonte Minha Vida
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