Vacinar na idade certa prolonga proteção contra hepatite A
Seguir o calendário aumenta eficiência da imunização em crianças
Desde o nascimento, uma das
maiores preocupações dos pais é garantir que os filhos cresçam fortes e
saudáveis. Seguir o calendário de vacinação
é um grande passo para isso, ainda mais quando os especialistas
descobrem que existe relação entre a idade em que a criança recebe a imunização
e a duração do efeito da dose. É o caso da hepatite A: uma pesquisa
recente do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos revela que a
vacinação contra a doença mostra-se eficiente por até uma década quando
aplicada em crianças antes dos dois anos de idade.
Um grupo de 197 bebês que
tinham entre seis meses e dois anos foi acompanhado durante dez anos
pelos estudiosos. Vacinados com o anticorpo da doença em dois intervalos
de tempo, todos se mostraram imunes um mês depois da aplicação do
remédio. Ao fim do estudo, no entanto, as crianças que foram vacinadas
entre os 6 e 12 meses apresentaram uma taxa de resistência menor à
doença (7% havia perdido o efeito da vacina) enquanto as mais velhas
permaneceram protegidas (apenas 4% já não possuíam mais os anticorpos).
A hepatite A
é uma doença vista principalmente em áreas com pouco saneamento básico,
já que sua principal forma de transmissão é através de água ou comida
contaminada. A diminuição da doença nos EUA é atribuída principalmente à
aplicação da vacina em crianças de 12 a 18 meses. No Brasil, apenas em
2011 foram registrados sete mil casos da doença, segundo dados do
Ministério da Saúde.
Atitudes simples evitam a transmissão da hepatite A
Cuidado com os objetos do dia a dia
Qualquer objeto contaminado, se levado à boca, pode ajudar a transmitir o vírus. "Na verdade, até mesmo o manuseio pode causar a contaminação", afirma a hepatologista Débora Dourado, do Hospital e Maternidade São Luiz. Então, na hora de beber um refrigerante em lata, por exemplo, não deixe de lavar a borda da latinha ou usar um canudo embalado.
Qualquer objeto contaminado, se levado à boca, pode ajudar a transmitir o vírus. "Na verdade, até mesmo o manuseio pode causar a contaminação", afirma a hepatologista Débora Dourado, do Hospital e Maternidade São Luiz. Então, na hora de beber um refrigerante em lata, por exemplo, não deixe de lavar a borda da latinha ou usar um canudo embalado.
Talheres também podem
representar perigo, porque alguém contaminado pode nem saber que carrega
a doença. "Uma semana antes de aparecerem os primeiros sintomas,
o paciente já consegue transmitir a hepatite A". A recomendação é, mais
uma vez, investir na higiene: lavar bem os objetos com água e sabão é o
suficiente.
Frutas e legumes merecem atenção
Não basta apenas colocar frutas e legumes por alguns minutos em água corrente, já que vírus resistentes ainda podem continuar no alimento. "O ideal é deixa-los imersos em composto com hipoclorito de sódio por trinta minutos", afirma a infectologista Graziella Hanna Pereira, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.
Não basta apenas colocar frutas e legumes por alguns minutos em água corrente, já que vírus resistentes ainda podem continuar no alimento. "O ideal é deixa-los imersos em composto com hipoclorito de sódio por trinta minutos", afirma a infectologista Graziella Hanna Pereira, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.
Caso não consiga encontrar o
produto, tirar a casca ou preparar o alimento em fervura também pode
ser uma solução, já que o vírus não resiste à alta temperatura. Este
último método, aliás, é sempre o mais indicado quando for visitar um
lugar exótico.
Modo de preparo é muito importante
"Qualquer alimento que passou pelas mãos de uma pessoa contaminada está sujeito a conter o vírus da hepatite A", afirma o hepatologista Raymundo Paraná. Por isso é tão importante garantir que eles estejam bem preparados, não importa se fritos, cozidos ou assados.
"Qualquer alimento que passou pelas mãos de uma pessoa contaminada está sujeito a conter o vírus da hepatite A", afirma o hepatologista Raymundo Paraná. Por isso é tão importante garantir que eles estejam bem preparados, não importa se fritos, cozidos ou assados.
No caso de alimentos
consumidos crus, como peixes e alguns moluscos, o risco é ainda maior,
pois há também a chance de contaminação pelo esgoto jogado diretamente
no mar.
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