Posted: 27 Feb 2013 06:20 AM PST
Foto: Fiocruz Previsão é de que o novo gel esteja disponível para o paciente atendido pelo SUS em quatro anos |
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) divulgou a
formação de um grupo de pesquisadores para acompanhar o processo de
desenvolvimento do novo gel que já está sendo considerado
" um
medicamento inovador contra a leishmaniose cutânea" . O novo produto,
Sulfato de Paromomicina na apresentação de gel 10%, vem sendo estudado
no Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da unidade.
A previsão é de
que o fármaco esteja disponível para o paciente atendido pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) em quatro anos.
As pesquisas do novo gel de Paromomicina estão sendo realizadas em
parceria com o Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR/Fiocruz Minas),
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e DNDi (sigla em inglês da
Iniciativa para Doenças Negligenciadas) e com o Programa de
Desenvolvimento Tecnológico de Insumos para a Saúde (PDTIS/Fiocruz).
A Coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico da Farmanguinhos,
Maristela Rezende, diz que o tratamento atual está longe de ser
satisfatório. " Apesar de ser considerado de primeira escolha em todo o
mundo, o antimoniato de N-metilglucamina, como todos os antimoniais
pentavalentes, é pouco absorvido pelo trato digestivo e a retenção da
substância é responsável por efeitos tóxicos. Em outras palavras, ele
não é bem tolerado e produz muitos efeitos colaterais" , observa.
A leishmaniose tegumentar tem duas formas de apresentação clínica:
cutânea e mucosa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é
uma das seis mais importantes patologias infecciosas, pelo seu alto
coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. Constitui
um problema de saúde pública em 88 países, distribuído em quatro
continentes (América, Europa, África e Ásia), com registro anual de 1
milhão a 1,5 milhão de casos.
No Brasil, a leishmaniose cutânea é uma das afecções dermatológicas que
merece mais atenção, com ampla distribuição em todas as regiões. Uma das
preocupações é com o risco de surgimento posterior da forma mucosa, que
pode desfigurar o paciente. Além disso, existe o impacto psicológico,
que produz reflexos no campo social e econômico.
Fonte isaude.net
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