Posted: 11 May 2012 08:29 AM PDT
25% do que é gasto no mundo é investido na saúde |
O Plano Brasil Maior e o
incentivo à inovação tecnológica em saúde foram temas amplamente
debatidos, na manhã desta quinta-feira (10), no Senado Federal, durante o
IV Fórum Nacional de Inovação Tecnológica na área de Saúde no Brasil.
Na ocasião, Carlos Augusto Gadelha lembrou que o sistema de saúde no
Brasil mobiliza mais do que o agronegócio, o que, segundo ele, já
sinaliza o setor como estratégico para o crescimento econômico do país.
“25% do que é gasto no mundo é investido na saúde”, destacou o
secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do MS. “A raiz
do problema é a nossa carência em tecnologia e conhecimento. Para
crescermos, o sistema de inovação tecnológica tem de ser priorizado”.
O secretário executivo do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Antonio Elias,
por sua vez, elogiou a atuação do ex-presidente Lula com relação ao
estímulo dado às cadeias produtivas em todas as áreas no país. “As
economias que se desenvolveram, se desenvolveram a partir da ciência e
da inovação”, apontou. Em conformidade com Gadelha – quanto à saúde como
setor estratégico ao desenvolvimento brasileiro -, Luis Elias defendeu a
inovação tecnológica como a ação estratégica nesse sentido. “Países
como o Brasil têm que reduzir o hiato tecnológico, inexistente nos
países mais avançados”, finalizou.
Representante da FINEP, Eliane
Britto Bahruth explanou acerca da transformação do Brasil por meio da
inovação. Eliane destacou o Plano Brasil Maior, ressaltando a
infraestrutura e a pesquisa como alicerces do mapa estratégico para o
avanço tecnológico.
Marcos Vinicius de Souza, do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, destacou,
na ocasião, as três etapas para ser inovador. “pessoal qualificado,
mercado com crescimento do consumo e baixa de juros, e apoio do
governo”.
PPPs
O
senador Humberto Costa – presidente da Subcomissão Permanente de
Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde – citou a saúde como pauta
prioritária no Senado Federal. Os deputados federais, Luiz Henrique
Mandetta – presidente da comissão de seguridade social e família – e
Newton Lima – presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria
Nacional – também destacaram a importância da interação entre as pastas
de Saúde e Ciência e Tecnologia para o avanço do setor no Brasil. “A
parceria público-privada é essencial para o crescimento do país”,
acrescentou, Mandetta.
Patentes
Participou
da segunda parte do Fórum, Núbia Gabriela Benício, chefe de divisão de
fármacos do INPI. Segundo Núbia, o Instituto vem trabalhando no sentido
de alcançar maior celeridade nos pedidos de patentes. “Vislumbramos dar
prioridade a produtos farmacêuticos utilizados pelo SUS, retirando-as da
fila. Isso, é claro, com a parceria do Ministério”, enfatizou.
Academia x Empresariado
Do
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, a professora
Bartira Rossi Bergmann discorreu sobre a necessidade de interação entre
universidades e empresas para a ampliação da pesquisa e desenvolvimento
(P&D). “Há uma mudança de paradigma, que ocorreu principalmente pelo
aporte financeiro governamental às pesquisas em áreas estratégicas para
o país na última década. É preciso agora instaurar meios para
agilizá-la abrindo os gargalos, adequando unidades em instituições de
pesquisa de acordo com as normas GLP para um eficiente desenvolvimento
tecnológico”, afirmou.
Diretor da ABIFINA, Odilon Costa
destacou a motivação do cidadão brasileiro como combustível
indispensável ao crescimento do país. “É preciso reagir, questionar para
crescer. Não devemos deixar essa motivação se apagar”, citou por várias
vezes em seu discurso.
O evento reuniu representantes
de três Ministérios – da Saúde, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, do Instituto Nacional
de Propriedade Industrial (INPI), da Financiadora de Estudos e Projetos
do Governo Federal (FINEP), da Associação Brasileira das Indústrias de
Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA), do
Instituto de Biofísica Carlos Chagas da Universidade do Rio de Janeiro e
do Congresso Nacional. O debate foi moderado pelo diretor de Assuntos
Corporativos da MSD Farmacêutica, João Sanches.
Fonte SaudeWeb
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