Pesquisa mostra preconceito dos homens

A psicóloga Camila Araújo, que atende pacientes com câncer de mama no
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, conta que já viu muitos casos de maridos
que acabam se separando de suas mulheres quando elas chegam ao fim do
tratamento. “
Para algumas pacientes, o baque é muito forte e a autoestima acaba
afundando mesmo depois de uma separação”, diz. As mulheres, por outro
lado, elegem o companheiro como a primeira pessoa para quem contariam
sobre a doença, caso fossem diagnosticadas: 42% assim o fariam, antes da
mãe (24%) e dos filhos (20%).
O levantamento também põe em xeque a participação do homem no estímulo à
prevenção do câncer de mama: 36% não citam a mamografia ou o raio X de
mama como exames importantes a serem realizados pela mulher com
regularidade. Outro achado é que 45% nunca estimularam ir com elas ao
ginecologista ou fazer exames ginecológicos. Dos que têm contato com a
mãe, 55% também não desempenharam esse papel em relação a ela.
Para a mastologista Rita Dardes, a pesquisa mostra que o homem deve
estar mais presente na prevenção do câncer de mama. “O homem tem um
papel superimportante como disseminador de informação para a mulher.
Se a mulher tiver um parceiro ponta firme, que a lembre de fazer os
exames, é um estímulo.” Ela aponta que esse papel deveria ser estimulado
em campanhas. “
Os homens, no Brasil, não estão ligados nem com a saúde deles, o que
dirá da esposa. Há de ter um trabalho para estimular essa comunicação.”
A mastologista Maira Caleffi, da Federação Brasileira de Instituições
Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), conta que a maioria dos
homens tem muita dificuldade de comparecer às consultas com a
companheira no início. “
Depois a gente explica que é importante o companheiro ficar junto e eles
começam a aderir. Alguns fogem e nunca mais aparecem. Mas a maioria
adere.
Tem de haver uma sensibilização do patologista, que deve convencer o
casal da importância da presença do companheiro.” As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo
Fonte R7
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