Problemas de hipertensão durante a gravidez, hemorragia no pós-parto e
infecção decorrente do aborto são as principais causas de morte materna
em Minas Gerais, segundo a diretora da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Inessa Beraldo. Colaboradora da Rede Mães de Minas,
a médica alerta que o acompanhamento pré-natal desde que se descobre a
gravidez pode reduzir bastante as chances de complicações para as
gestantes e mães. “O profissional de saúde pode diagnosticar problemas
precocemente e propor os tratamentos adequados”, destaca a especialista.
Entre as doenças relacionadas à hipertensão, um dos mais conhecidos é o quadro de pré-eclâmpsia, que se desenvolve quando há aumento da pressão arterial na gestação, levando a problemas para a mulher e o bebê. “Pode haver descolamento de placenta, o que determina que se interrompa a gravidez de imediato e se realize o parto”, explica Inessa Beraldo. De acordo com ela, quando não se consegue controlar os níveis de pressão, há o quadro de eclâmpsia.
Os quadros hemorrágicos também preocupam. Em Minas Gerais, especialmente em Belo Horizonte, a principal causa de morte entre mães em 2012 foi a hemorragia. Segundo a ginecologista, a hemorragia muitas vezes acontece por conta do acretismo placentário (placenta aderida no útero após o parto – o bebê sai e placenta não), consequência das cesarianas sucessivas. Uma das formas de diminuir as hemorragias e a morte materna, diz a médica, é retomar as boas práticas do parto e estimular o parto normal seguro.
Também chamam a atenção os quadros infecciosos relacionados ao aborto ilegal. Apesar de a quantidade ter diminuído ao longo dos anos, ainda é preciso ficar atento. Esse tipo de infecção, ressalta a diretora da Sogimig, costuma ocorrer quando a paciente tem uma gravidez indesejada e faz uso de métodos ilíciitos para interromper a gestação, porém acaba sendo vitima de infecções e pode até morrer. “Há casos em que é necessário até retirar o útero e a infecção se generalizar”, conta Inessa.
Recomendação para consultas
Com a realização do pré-natal adequado, é possível detectar vários desses aspectos e perceber se a gestante adquiriu alguma outra doença, como toxoplasmose, sífilis, diabete gestacional e anemia. Também se consegue perceber se há dilatação do colo do útero e, com isso, prevenir, evitar ou minimizar as consequências de um parto prematuro. Lembrando que a prematuridade é uma causa importante de entrada do recém-nascido no centro de terapia intensiva (CTI) da maternidade, o que pode ter desdobramentos, como infecções e necessidade de entubadamento.
O Ministério da Saúde recomenda o mínimo de seis consultas pré-natal, para realização dos exames básicos, imunização antitetânica e de influenza e classificação de risco gestacional, além de uma consulta até 42 dias após o parto.
A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais defende o atendimento multiprofissional, com médico e enfermeiro, e a importância de que ambas as categorias façam a classificação de risco em todas as consultas. “O risco não é estático, ao longo do pré-natal pode apresentar sinais de alerta que requerem atenção maior. É preciso reclassificar o risco em todas as consultas, seja pelo médico ou enfermeiro”, finaliza Inessa Beraldo.
Conheça a Rede Mães de Minas
Para saber mais sobre gravidez e outros assuntos relacionados à saúde materna e infantil, acesse www.redemaesdeminas.com.br . No site do projeto Rede Mães de Minas, há uma rede social para gestantes e mães de bebês de até 1 ano de idade. Lá, é possível interagir e tirar dúvidas com médicos, especialistas de várias áreas e outras mães, além de encontrar uma série de aplicativos que permitem o acompanhamento da gravidez e pós-parto. Basta se cadastrar. Também estão disponíveis artigos sobre os mais diversos temas do universo da maternidade.
A iniciativa, que visa divulgar boas práticas e orientar mulheres para o autocuidado, é uma parceria da Fundação Assis Chateaubriand com a Secretaria de Estado de Saúde, por meio do programa Mães de Minas, que visa à redução das mortalidades materna e infantil em Minas Gerais. Por meio das ações desenvolvidas, as gestantes e mães recebem acompanhamento e orientação, de forma a garantir às famílias, especialmente as mais vulneráveis, um ambiente seguro e acolhedor aos seus bebês. O programa oferece um canal de atendimento telefônico 24 horas por dia, durante todo o ano. Basta ligar 155.
Entre as doenças relacionadas à hipertensão, um dos mais conhecidos é o quadro de pré-eclâmpsia, que se desenvolve quando há aumento da pressão arterial na gestação, levando a problemas para a mulher e o bebê. “Pode haver descolamento de placenta, o que determina que se interrompa a gravidez de imediato e se realize o parto”, explica Inessa Beraldo. De acordo com ela, quando não se consegue controlar os níveis de pressão, há o quadro de eclâmpsia.
Os quadros hemorrágicos também preocupam. Em Minas Gerais, especialmente em Belo Horizonte, a principal causa de morte entre mães em 2012 foi a hemorragia. Segundo a ginecologista, a hemorragia muitas vezes acontece por conta do acretismo placentário (placenta aderida no útero após o parto – o bebê sai e placenta não), consequência das cesarianas sucessivas. Uma das formas de diminuir as hemorragias e a morte materna, diz a médica, é retomar as boas práticas do parto e estimular o parto normal seguro.
Também chamam a atenção os quadros infecciosos relacionados ao aborto ilegal. Apesar de a quantidade ter diminuído ao longo dos anos, ainda é preciso ficar atento. Esse tipo de infecção, ressalta a diretora da Sogimig, costuma ocorrer quando a paciente tem uma gravidez indesejada e faz uso de métodos ilíciitos para interromper a gestação, porém acaba sendo vitima de infecções e pode até morrer. “Há casos em que é necessário até retirar o útero e a infecção se generalizar”, conta Inessa.
Recomendação para consultas
Com a realização do pré-natal adequado, é possível detectar vários desses aspectos e perceber se a gestante adquiriu alguma outra doença, como toxoplasmose, sífilis, diabete gestacional e anemia. Também se consegue perceber se há dilatação do colo do útero e, com isso, prevenir, evitar ou minimizar as consequências de um parto prematuro. Lembrando que a prematuridade é uma causa importante de entrada do recém-nascido no centro de terapia intensiva (CTI) da maternidade, o que pode ter desdobramentos, como infecções e necessidade de entubadamento.
O Ministério da Saúde recomenda o mínimo de seis consultas pré-natal, para realização dos exames básicos, imunização antitetânica e de influenza e classificação de risco gestacional, além de uma consulta até 42 dias após o parto.
A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais defende o atendimento multiprofissional, com médico e enfermeiro, e a importância de que ambas as categorias façam a classificação de risco em todas as consultas. “O risco não é estático, ao longo do pré-natal pode apresentar sinais de alerta que requerem atenção maior. É preciso reclassificar o risco em todas as consultas, seja pelo médico ou enfermeiro”, finaliza Inessa Beraldo.
Conheça a Rede Mães de Minas
Para saber mais sobre gravidez e outros assuntos relacionados à saúde materna e infantil, acesse www.redemaesdeminas.com.br . No site do projeto Rede Mães de Minas, há uma rede social para gestantes e mães de bebês de até 1 ano de idade. Lá, é possível interagir e tirar dúvidas com médicos, especialistas de várias áreas e outras mães, além de encontrar uma série de aplicativos que permitem o acompanhamento da gravidez e pós-parto. Basta se cadastrar. Também estão disponíveis artigos sobre os mais diversos temas do universo da maternidade.
A iniciativa, que visa divulgar boas práticas e orientar mulheres para o autocuidado, é uma parceria da Fundação Assis Chateaubriand com a Secretaria de Estado de Saúde, por meio do programa Mães de Minas, que visa à redução das mortalidades materna e infantil em Minas Gerais. Por meio das ações desenvolvidas, as gestantes e mães recebem acompanhamento e orientação, de forma a garantir às famílias, especialmente as mais vulneráveis, um ambiente seguro e acolhedor aos seus bebês. O programa oferece um canal de atendimento telefônico 24 horas por dia, durante todo o ano. Basta ligar 155.
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