publicado em
10
de
Junho
de
2013
Prevenção é a melhor forma de evitar acidentes e quedas em idosos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, um a cada quatro idosos sofre quedas dentro de casa
por Wander Veroni
Foto: Creative Commons.
O ato de envelhecer traz
mudanças no nosso corpo e no modo como cada pessoa consegue enfrentar
os obstáculos do dia-dia. “Dessa forma, tarefas como, subir e descer
escadas, alcançar objetos no alto e ir ao banheiro à noite no escuro se
tornam perigosas”, é o que explica a fisioterapeuta, Gabriela Silva
Pinto.
Segundo a especialista,
as principais alterações físicas do envelhecimento são a perda de massa
muscular e óssea, déficit na visão e memória e o prejuízo funcional do
sistema que controla o equilíbrio. Por isso, é muito importante tornar a
casa um lugar mais seguro para evitar acidentes e quedas.
“O idoso e os familiares
devem ficar atentos em guardar objetos que se encontram no chão,
acender a luz ao levantar da cama, segurar no corrimão para subir e
descer escadas ou rampas. Também é recomendado evitar, se possível,
degraus em casa (entre um cômodo e outro, por exemplo), retirar tapetes
do chão que podem escorregar ou fazer com que o idoso tropece. Estas são
algumas orientações que tornam o lar mais seguro”, esclarece Gabriela.
De acordo com a
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, um a cada quatro
idosos sofre quedas dentro de casa, pelo menos uma vez por ano. Em 34%
dos casos, há algum tipo de fratura. O detalhe preocupante é que a
recuperação depois dos 60 anos, geralmente, é mais lenta, requer
cuidados e, em muitos casos, abala a saúde mental do idoso porque o
torna mais dependente nas atividades diárias.
“O principal problema da
queda não é a fratura em si, mas o período de imobilismo que esse idoso
vai enfrentar. Esse idoso vai se tornar mais dependente, e às vezes
deprimido, já que a realização de suas atividades diárias requer agora a
ajuda de alguém. O tempo no qual esse idoso permanecerá em repouso
acarretará em uma diminuição acentuada de massa magra, atrofia e
encurtamento muscular, diminuição da força, problemas respiratórios e
outras repercussões que vão dificultar a volta desse indivíduo à vida
que levava antes”, explica a fisioterapeuta.
A dona de casa Maria de Lourdes ao lado da afilhada e jornalista Raquel Santiago. Foto: Arquivo Pessoal.
A dona de casa Maria de
Lourdes de Medeiros, de 88 anos, passou recentemente por um susto dentro
da própria casa. Por conta da vontade de realizar uma tarefa mais
rápida, ela se esqueceu de um degrau entre um cômodo e outro que lhe
rendeu uma torção. “Outro dia torci meu pé em um degrau de uma pequena
escada que fica entre a sala e a cozinha da minha casa. Conheço esse
degrau há mais de 30 anos, mas estava com pressa e acabei me esquecendo
que ele estava ali. Fui ao médico, mas foi só uma torção leve. Estou
passando uma pomada para aliviar a dor e fazendo uso de bolsa térmica”.
Apesar de ter passado
por esse susto, Maria de Lourdes é bastante preocupada em deixar a casa
segura. “Faço o possível para deixar a minha casa segura. Coloquei
corrimões nos corredores e no muro que me leva até o portão. Também
coloquei emborrachado no chão do box do banheiro e pedi para suspender o
vaso sanitário e coloquei um apoio na parede. São detalhes que fazem
toda a diferença no nosso dia-dia e zelam pela nossa segurança”, revela.
Conheça as cinco principais causas de acidentes de pessoas idosas:
1 - Queda da pressão arterial ao levantar da cama: 22%
2 - Esbarrões ou escorregões em objetos que não são visualizados: 19%
3 - Enfraquecimento de ossos e músculos: 18%
4 - Uso de calçados inapropriados: 14%
5 - Obstrução dos caminhos dentro de casa como móveis, escadas, tapetes: 11%
2 - Esbarrões ou escorregões em objetos que não são visualizados: 19%
3 - Enfraquecimento de ossos e músculos: 18%
4 - Uso de calçados inapropriados: 14%
5 - Obstrução dos caminhos dentro de casa como móveis, escadas, tapetes: 11%
Fonte: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
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