Nova vacina contra malária reduz 72% das infecções, diz estudo
Cientistas fizeram testes clínicos no Japão e em Uganda, de 2010 a 2011.
Dose inclui proteína do parasita 'Plasmodium' geneticamente modificada.
Uma equipe
de pesquisadores japoneses desenvolveu uma vacina contra malária que
pode diminuir até 72% o número de pessoas infectadas. O estudo foi feito
entre 2010 e 2011 com adultos no Japão e pessoas de 6 a 20 anos que
vivem em Uganda, na África, onde a doença é endêmica. Os resultados
foram publicados esta semana na revista científica americana "PLOS One".
Os autores,
da Universidade de Osaka, criaram uma vacina em pó seco, chamada
BK-SE36, por meio da alteração genética de uma proteína encontrada no
parasita do gênero Plasmodium, que causa a malária – a transmissão ao ser humano ocorre pela fêmea do mosquito Anopheles. Essa proteína foi, então, misturada a um gel de hidróxido de alumínio.
"Os efeitos
da vacina são melhores que os obtidos até agora com qualquer outra
vacina antimalária", informaram os cientistas em comunicado. Segundo o
texto, espera-se que a BK-SE36 reduza consideravelmente o número de
mortes provocadas pela doença em todo o mundo, principalmente na África.
De acordo
com os pesquisadores, nenhum dos testes apontou problemas de segurança. O
professor Toshihiro Horii, responsável pelo estudo, disse à agência de
notícias japonesa Jiji Press que deseja que a BK-SE36 possa estar em
atividade "cinco após após a realização de testes clínicos em crianças
de 0 a 5 anos, que representam a maior parte das mortes por malária".
A cada ano, a
doença mata 650 mil pessoas, a maioria crianças africanas com menos de 5
anos de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora
atualmente existam alguns medicamentos preventivos, os cientistas
afirmam que a resistência a esses remédios está crescendo.
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