CNJ e SDH/PR discutem ações para implantação da Lei do Sinase
Data: 18/04/2012
No dia em que entra em vigor a Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – Sinase (Lei nº12.594),
a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República (SDH/PR), reuniu-se nesta quarta-feira (18), em
Brasília, com a corregedora do Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
Eliana Calmon, para discutir um plano de ações de enfrentamento à
violação de direitos de crianças e adolescentes em conflito com a lei.
Durante
a audiência, que também contou com a presença de um representante do
Conselho Nacional do Ministério Público, ficou acertado, entre outras
ações, a realização de um encontro nacional, com a presença de gestores e
representantes do Unicef e dos Conselhos de Direito, entre outras
entidades. O objetivo do encontro, previsto para o mês de julho, é
promover uma grande pactuação nacional para a implantação do Sinase, que
foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff em 18 de janeiro deste
ano.
Ficou acertado ainda um
compartilhamento entre o Sistema de Informação de Atendimento
Sócioeducativo – SIPIA/SINAE, gerido pela SDH, e o Cadastro Nacional de
Adolescentes em Conflito com a Lei, gerido pelo CNJ. A medida, segundo a
Secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA),
Carmen Oliveira, que também participou da reunião, vai possibilitar o
acompanhamento, em tempo real, da situação dos adolescentes em conflito
com a lei.
Plano Decenal –
Também foram iniciados os diálogos para a criação de um Grupo de
Trabalho interministerial e interinstitucional para a formulação do
Plano Nacional Decenal e de Diretrizes e Normas do atendimento
socioeducativo. A meta do governo, segundo a secretária da SNPDC, é que o
Plano seja concluído até o final do próximo ano. O processo de
elaboração será participativo e contará com contribuições dos estados e
municípios, mediante consulta pública . “Assim que concluirmos este
plano, estados e municípios terão um ano para elaborarem seus planos
decenais, que terão como base o Plano Nacional”, explicou Carmen.
A
secretária informou ainda que está sendo construída uma agenda com os
ministérios da Educação, Saúde, Trabalho, Assistência Social, Cultura,
Justiça/Segurança Pública e Esporte, para atendimento dos adolescentes
inseridos no Sinase.
De acordo com a
legislação, que entra em vigor a partir desta quarta-feira (18), em um
prazo de seis meses todos os programas municipais e estaduais deverão
estar inscritos nos respectivos conselhos de direitos de criança e
adolescentes. A lei prevê ainda que no prazo de um ano deverá ocorrer a
inserção dos adolescentes na rede pública de educação, em qualquer fase
do período letivo, faixa etária e níveis de instrução.
Também
no mesmo prazo, todos os programas de restrição e privação de liberdade
deverão ficar com os governos estaduais. Da mesma forma, os programas
em meio aberto ficarão sob responsabilidade dos municípios. Ao término
deste período, nenhum programa de atendimento deverá ser executado pelo
poder judiciário.
Assessoria de Comunicação Social
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