Saúde vai usar mensagens de texto e sistemas de sons em barcos na luta contra a tuberculose
Spots, outdoors, painéis, redes sociais e mensagens de texto pelo celular. Esses são alguns dos meios que vão ser utilizados pelo Ministério da Saúde para alertar a população sobre o combate à tuberculose. A mensagem principal da campanha é “Tuberculose: Tosse por mais de três semanas é um sinal de alerta. Quanto antes você tratar, mais fácil de curar. Procure uma unidade de saúde”. Além de explicar os sintomas da doença e a forma de se contrair, os textos reforçam que o tratamento é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O foco da campanha são homens entre 25 e 35 anos, público que responde a 66% dos casos da doença.
No ano passado, foi lançado um manual para ensinar os enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde a fazer o Tratamento Diretamente Observado, no qual a equipe acompanha diariamente o paciente ingerindo o medicamento. O tratamento contra a tuberculose dura, no mínimo, seis meses e não pode ser interrompido. Por isso, um serviço de SMS vai ser enviado ao telefone dos pacientes para que eles não se esqueçam de tomar o remédio.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica como funciona a ação, que tem como grande desafio reduzir o número do tratamento. “Nós escolhemos cinco grandes cidades, uma em cada região do País – Florianópolis, Vitória, Palmas, Aracaju e Brasília – para implantarmos um acompanhamento SMS, pelo celular. Todo paciente que começar o tratamento de tuberculose nessas cinco cidades vai receber diariamente uma mensagem pelo celular lembrando esse paciente da importância de tomar o remédio diariamente”, detalha. O envio de mensagens começará ainda este semestre.
Os circuitos de TV de metrôs e ônibus, e os sistemas de sons dos barcos no Norte do país – região em que não houve redução nos casos de mortalidade pela doença – também estão no plano de divulgação. “Vamos fazer campanhas específicas em rádios que falam mais com a região amazônica. Radialistas estão aderindo voluntariamente à ação para reduzirmos os números de casos por lá, sobretudo no estado do Amazonas. Ele tem uma situação específica: a alta concentração populacional na cidade de Manaus. Por muitos anos, a capital teve uma população que morou em situação pouco adequada de moradia. E quanto maior o número de pessoas em uma mesma casa, com baixa circulação do ar, maior o risco de transmissão familiar da tuberculose”, detalha o ministro.
A campanha vai associar outros pontos que influenciam na disseminação da doença como: hábitos prejudiciais à saúde e alimentação inadequada.
Mônica Plaza / Blog da Saúde e Amanda Mendes / Web Rádio Saúde
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