quarta-feira, 4 de abril de 2012

Redução

Publicada em 04/04/2012

Brasil reduz casos de tuberculose

Dados do Ministério da Saúde revelam que número de casos de tuberculose registrados no último ano caiu 3,54%: foram 71.790 (2010) contra 69.245 (2011). Na última década, o Brasil registrou queda de 15,9% na taxa de incidência por tuberculose. Em 2011, foram registrados 36 casos da doença para cada 100 mil habitantes, contra 42,8 casos em 2001. Com relação aos óbitos, a redução foi ainda maior: a taxa de mortalidade caiu 23,4,% em uma década. O país registrou 3,1 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes em 2001, passando para 2,4 em 2010.

Apesar dos avanços, a doença preocupa as autoridades de saúde. Afinal, no Brasil, a tuberculose representa a quarta causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com aids. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que seja realizado o teste anti-HIV em todos os pacientes com a doença. Em 2010, 60,1% dos casos novos foram testados para HIV. "É importante fecharmos o ano, pela primeira vez, com menos de 70 mil casos. Os dados que temos apontam redução da taxa de incidência. Mostra que o caminho está correto e que a tuberculose foi elencada como tema prioritário", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante evento em Brasília que marcou a passagem do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose (24/3). "Neste contexto, é importante articularmos as ações de tuberculose com a Atenção Básica para não só efetuar o diagnóstico como ampliar a atenção ao tratamento", acrescentou.

Incidência
O Sudeste foi a região que apresentou a maior redução da taxa de incidência da doença no último ano. Em 2010, esta taxa foi de 40,6. Já, em 2011, 37,6. Na região Nordeste, a taxa caiu de 36,9 para 35,9. A região Norte manteve o mesmo índice no período (45,2), enquanto as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram pequenas reduções, de 0,2 e 0,6, respectivamente.

A doença é mais frequente entre grupos populacionais que vivem em condições desfavoráveis de moradia e alimentação e entre pessoas com sistema imune deficiente e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde definiu como prioritário as populações em situação de rua, a carcerária, os indígenas e as pessoas que vivem com HIV/aids.

Entre as medidas estratégicas do Ministério da Saúde para o controle da doença, se destacam a expansão do tratamento diretamente observado, oferecido por 71,5% das unidades de saúde e o aumento da cobertura das equipes de Saúde da Família. No ano passado, 56,3% dos casos de tuberculose foram notificados na Atenção Básica, sendo que, em 2001, eram 25,2%.

Outra ação desenvolvida é o projeto de diagnóstico de tratamento da tuberculose entre pessoas que vivem com HIV. O projeto está sendo realizado em 13 municípios brasileiros onde mais de 20% dos pacientes com tuberculose estão infectados pelo vírus.

Campanha publicitária
No dia 26 de março, o ministro Alexandre Padilha lançou uma campanha para alertar e mobilizar a população e dar visibilidade nacional sobre o esforço e trabalho contra a doença. A ação faz parte das atividades que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. A mensagem central da campanha é ‘Tuberculose: tosse por mais de três semanas é um sinal de alerta. Quanto antes você tratar, mais fácil de curar. Procure uma unidade de saúde'.

Além do apelo explicativo de como se contrair a doença e das formas de prevenção, os textos reforçam que o tratamento é um direito de todos, garantido pelo SUS e não pode ser interrompido. Associar a campanha ao combate não somente da tuberculose, mas aos determinantes sociais que acarretam na doença, ou seja, hábitos prejudiciais à saúde, alimentação inadequada, entre outros, fazem parte da estratégia desenvolvida. O foco da campanha são homens entre 25 e 35 anos, público que responde a 66% dos casos da doença.

Com informações da Agência Saúde, no portal do Ministério da Saúde.

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