sexta-feira, 6 de abril de 2012

Treinamento

Agentes de saúde em Ituiutaba, MG, combatem a violência doméstica

Agentes passam por treinamento (Foto: Reprodução/TV Integração)

Do G1 Triângulo Mineiro


Iniciativa do Ministério da Saúde quer dar apoio para vítimas de violência.
Agentes de saúde passam por treinamento para ajudar a identificar casos.

Uma iniciativa do Ministério da Saúde promete dar apoio às famílias vítimas de violência doméstica. A ideia é oferecer capacitação para agentes de saúde darem apoio e orientação para a comunidade. Em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, os agentes de saúde passam por treinamento. Segundo o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Ituiutaba, por mês, aproximadamente 50 mulheres são vítimas de violência. Nos últimos anos o número de denúncia de violência doméstica aumentou em 80%.
Segundo a referência técnica de promoção e saúde da Gerência Regional de Saúde (GRS), Lúcia Fátima Vargas, esta é a primeira vez que o treinamento é oferecido para agentes do Programa Saúde da Família e enfermeiras de cidades do Triângulo Mineiro. “Nosso papel é monitorar com atenção o que é um flagelo social e questão de saúde pública”, afirmou.

A partir de agora esses profissionais vão notificar os casos de violência doméstica nos bairros onde trabalham. De acordo a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Minas Gerais é o quarto estado no ranking nacional com o maior número de casos de violência doméstica. Apenas no ano passado, quase 4 mil mulheres procuraram ajuda.
Para a delegada da mulher, Fabíola Bitu Braga, a situação na cidade de Ituiutaba é tranquila e as mulheres estão cada vez mais conscientes que precisam denunciar. “A situação está dentro da normalidade e com um índice bom de procura. As mulheres nós procuram cada vez mais”, disse.
Casada há 30 anos, uma dona de casa que não quis se identificar, teve que abandonar a casa onde vivia para não ser morta pelo marido. Ela contou o drama que viveu e as ameaças que enfrentou. “Ele tentou me matar com faca e com toalha na boca. Ficamos separados por três meses e depois eu voltei. A única coisa ruim dele é beber e me. Agora quero encontrar uma casa para poder viver melhor”, relatou a vítima.

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