Mais de 12% das brasileiras nunca fizeram exame de papanicolau Segundo levantamento, 12,9% das brasileiras nunca foram submetidas ao exame de papanicolau.
O procedimento básico para a prevenção contra o câncer cervical. O problema acontece em todo o país, mas é maior na Região Norte
Bruna Sensêve
Publicação: 27/07/2013 04:00
Santiago — Apesar
de fazer parte da rotina da consulta ginecológica, o exame de
papanicolau para a detecção precoce do câncer cervical nunca foi
realizado por 12,9% das brasileiras. Se forem levados em consideração os
dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em que foi registrado um total 97.348.809 mulheres
no país, são mais de 12 milhões de brasileiras que nunca se submeteram
ao rastreamento.
Os dados são de um levantamento nacional realizado pelo
Grupo Latino Americano de Investigação Clínica em Oncologia (Glico),
publicado na edição deste mês da revista científica Preventive Medicine.
O trabalho detalha ainda diferenças muito grandes de acesso ao exame
com base em diferenças sociodemográficas e etnográficas das
participantes.
Segundo entrevista feita durante evento em Santiago com o principal autor do estudo, Carlos Henrique Barrios, presidente da Glico e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), as discrepâncias encontradas entre as regiões do país são os dados mais significativos.
Segundo entrevista feita durante evento em Santiago com o principal autor do estudo, Carlos Henrique Barrios, presidente da Glico e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), as discrepâncias encontradas entre as regiões do país são os dados mais significativos.
A Região Norte teve o
percentual mais elevado de mulheres nunca rastreadas, 17,4%, quase o
dobro do menor índice, o do Centro-Oeste, que é de 9,7%.
As áreas com o
baixo índice de rastreamento também são aquelas em que os óbitos por
câncer de colo do útero superam o número de mortes por câncer de mama,
normalmente mais incidente.
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